Marcos abriu lentamente os olhos, com o olhar profundo. — José quer se meter nos assuntos do Pedro? Marcos não achava que José era o tipo de homem que se metia nos assuntos do irmão. Daniel estava um pouco preocupado, pois a família Santos e a família Silva da Cidade A já haviam sido implacáveis com Carolina. — Presidente Nono, a família Santos e a família Silva pegaram pesado com a senhorita Silva. Você tem certeza de que quer se envolver nesse problema? — Heh... — Marcos deu uma risada fria. — Se eu quero proteger uma mulher, a família Santos e a família Silva podem fazer o quê? Além disso, José não é do tipo que se envolve em tudo. — Mas o Presidente Santos ainda está procurando por ela. — Daniel não sabia como proceder. — Deixe ele procurar. — Marcos desligou o celular. Jogou o celular de lado e levantou-se para ir até a porta do quarto de hóspedes. Sua mão levantada parou no ar por um momento, e ele esfregou o rosto antes de entrar em seu próprio quarto. De
Carolina não disse nada, quase enfiando a cabeça no peito. — O Presidente Santos ainda não tomou café da manhã, né? A Carolina fez, quer experimentar? — Marcos, rindo, abraçou Carolina e fez a pergunta. O corpo de Carolina estava muito rígido, e seus olhos ficaram marejados. José olhou instintivamente para a posição da mesa de jantar; mesmo de longe, ele já conseguia sentir o cheiro. Inexplicavelmente, ele realmente queria provar a comida que Carolina tinha preparado. Marcos sorriu de forma enigmática, sentindo de repente uma sensação de perigo. Se fosse Pedro... ele não ligaria. Mas José, era diferente. — Não. — José disse em um tom grave, olhando para Carolina como se estivesse dando a última chance. Carolina, cabisbaixa, ainda não disse nada. — Vá com calma, vou bancar o jantar esta noite, meu assistente entrará em contato antes. — Marcos observou José sair. A expressão de José estava terrível, e seu olhar era um pouco complexo. Ele tinha acabado
Carolina ficou surpresa, seus olhos levemente inquietos. José... Procurou por ela a noite toda? — Não... não há relação, ele é irmão do Pedro. — Carolina desviou o olhar instintivamente. — Eu acho que ele é diferente do Pedro, parece realmente se importar com você. Se quisesse prendê-la, não precisaria procurá-la pessoalmente no meio da noite. — Matilde sacudiu a cabeça, achando que José não tinha más intenções com Carolina. — Matilde, chegou alguma encomenda para mim em casa? — Carolina mudou de assunto. Matilde percebeu que Carolina não queria falar mais sobre isso, então tirou uma sacola pequena da bolsa. — Aqui, foi enviada pelo seu irmão. Carolina deu uma olhada e respirou aliviada. — Obrigada. — Carolina, já que você decidiu recomeçar, não se prenda ao passado. Eu também achava que não conseguiria seguir em frente, mas depois tudo fica bem. — Matilde aconselhou Carolina. Carolina assentiu, apertando o pacote que continha o cabelo com folículo de Tiago em s
Ser empurrada para os holofotes não era exatamente uma coisa boa. — Carolina... Marcos entregou o café da manhã para Carolina e saiu. Sob os olhares perplexos de todos, Matilde puxou Carolina para o lado. — O que você está pensando? Carolina não disse nada. Marcos, ao agir assim, expôs sua posição, empurrando-a para o alto de um penhasco. Não havia mais caminho de volta para ela; sua única saída era se agarrar firmemente à grande árvore que era Marcos. — Ele está me pressionando. — Carolina, obviamente, percebeu o que Marcos queria. Ele a pressionou para que não tivesse mais saída, fazendo-a entender que apenas ele poderia ser seu apoio e refúgio. Matilde suspirou e abraçou Carolina. — Esses ricos, são uns desgraçados, todos eles... — Carolina, você e o Presidente Nono... — O gerente veio com uma cara bajuladora. Até mesmo Alice olhou chocada para Carolina. Carolina não sabia como explicar, abaixando a cabeça e permanecendo em silêncio. — Carolina e o Pre
— Enviou para fazer o teste de paternidade, com urgência. — Marcos entregou o cabelo a Daniel. Daniel olhou para Carolina com um olhar complexo, suspirou e saiu diretamente. Clube. Carolina voltou ao trabalho e, não demorou muito, Daniel chegou. Ele trouxe o laudo da instituição especializada. — Tão... rápido? — Carolina olhou para Daniel, surpresa e um pouco nervosa. Daniel acenou com a cabeça. — Sim, o resultado saiu em três horas Os dedos de Carolina estavam um pouco dormentes enquanto ela pegava o laudo. Com sentimentos confusos, Carolina não tinha certeza do que realmente queria como resultado. Ela abriu o saco selado, respirou fundo e retirou o relatório, sua respiração começou a tremer. — Na verdade, a criança é ou não é do Presidente Nono, o próprio Presidente Nono sabe melhor. — Daniel disse baixinho. Carolina levantou a mão para cobrir a boca, mordendo o dedo com força. O relatório mostrava que Marcos era o pai biológico de Tiago. — É ele... — Caroli
O assistente ainda estava expressando sua opinião. Pedro estava com uma expressão desagradável. — Ainda não encontrou Carolina? Ele queria usar a criança para forçar Carolina a voltar, mas não esperava que a criança não caísse na armadilha. O assistente recebeu uma ligação e correu até ele. — Senhor, encontramos Carolina. Pedro se levantou abruptamente. — Onde? — Foi para Cidade C. — Hã... achou que ao ir para Cidade C eu não conseguiria fazer nada com ela? — Pedro riu friamente. — Senhor... Carolina agora está no Clube Nocturno, ouvi dizer que é gente do Presidente Nono... O próprio Presidente Nono ainda trouxe café da manhã para ela. O assistente disse isso cautelosamente, sabendo que Pedro certamente ficaria furioso ao ouvir. Como esperado, a raiva de Pedro estava difícil de conter. — O que você disse? Quem? — Marcos... Presidente Nono, o Presidente da K Empresa. — O assistente disse nervosamente. Empurrando o assistente para o lado, Pedro respirou fundo. — Hã.
Clube Nocturno. Carolina fez a troca de turno e se preparou para sair do trabalho. Marcos lhe enviou uma mensagem no WhatsApp, pedindo que ela o aguardasse no clube. — Carolina, o Presidente Nono vai receber convidados aqui em breve, você pode falar algumas boas palavras por nós. — O gerente se aproximou, sorrindo. Carolina tinha fobia social e, ao ver pessoas, se esquivava involuntariamente. O gerente não se importou, puxou Carolina, fingindo estar muito próximo dela. — Quem é Carolina? — Do lado de fora, alguns seguranças vestidos de preto entraram com uma mulher. A mulher usava óculos escuros, saltos altos, uma saia de couro justa e um casaco Chanel, e estava especialmente bonita e gelada neste dia tão frio. Quando a mulher tirou os óculos escuros e os seguranças limparam o local, o gerente finalmente reconheceu quem era. Beatriz! O gerente pensou que não seria bom, seu coração deu um salto. — Você é Carolina? — Beatriz se aproximou de Alice e perguntou. Alic
Beatriz olhou para Carolina, surpresa. — Marcos recentemente... gosta desse tipo? Matilde protegeu Carolina e falou novamente. — O Presidente Nono é uma pessoa que evita problemas, não provoque as pessoas dele, você entende as regras. Beatriz fez um som de desdém. — Eu só queria ver quem estava competindo comigo por um homem. Afinal, era uma paciente mental. O rosto de Carolina estava pálido, e ela não tinha medo de Beatriz, mas sim de seus seguranças. Naquela época... Cátia a encurralou em um beco com seguranças, e se não fosse por Augusto ter chegado a tempo, ela já teria sido... Desde então, sempre que mais de dois homens se aproximavam dela, Carolina entrava em pânico, tinha dificuldade para respirar, tremia e não conseguia dizer uma palavra. — Carolina, está tudo bem. — Matilde sabia da condição de Carolina e se agachou do lado de fora do armário, falando em voz baixa para acalmá-la. — Já passou, pode sair, está bem?? Matilde passou dois anos e meio na prisão, e du