O assistente ainda estava expressando sua opinião. Pedro estava com uma expressão desagradável. — Ainda não encontrou Carolina? Ele queria usar a criança para forçar Carolina a voltar, mas não esperava que a criança não caísse na armadilha. O assistente recebeu uma ligação e correu até ele. — Senhor, encontramos Carolina. Pedro se levantou abruptamente. — Onde? — Foi para Cidade C. — Hã... achou que ao ir para Cidade C eu não conseguiria fazer nada com ela? — Pedro riu friamente. — Senhor... Carolina agora está no Clube Nocturno, ouvi dizer que é gente do Presidente Nono... O próprio Presidente Nono ainda trouxe café da manhã para ela. O assistente disse isso cautelosamente, sabendo que Pedro certamente ficaria furioso ao ouvir. Como esperado, a raiva de Pedro estava difícil de conter. — O que você disse? Quem? — Marcos... Presidente Nono, o Presidente da K Empresa. — O assistente disse nervosamente. Empurrando o assistente para o lado, Pedro respirou fundo. — Hã.
Clube Nocturno. Carolina fez a troca de turno e se preparou para sair do trabalho. Marcos lhe enviou uma mensagem no WhatsApp, pedindo que ela o aguardasse no clube. — Carolina, o Presidente Nono vai receber convidados aqui em breve, você pode falar algumas boas palavras por nós. — O gerente se aproximou, sorrindo. Carolina tinha fobia social e, ao ver pessoas, se esquivava involuntariamente. O gerente não se importou, puxou Carolina, fingindo estar muito próximo dela. — Quem é Carolina? — Do lado de fora, alguns seguranças vestidos de preto entraram com uma mulher. A mulher usava óculos escuros, saltos altos, uma saia de couro justa e um casaco Chanel, e estava especialmente bonita e gelada neste dia tão frio. Quando a mulher tirou os óculos escuros e os seguranças limparam o local, o gerente finalmente reconheceu quem era. Beatriz! O gerente pensou que não seria bom, seu coração deu um salto. — Você é Carolina? — Beatriz se aproximou de Alice e perguntou. Alic
Beatriz olhou para Carolina, surpresa. — Marcos recentemente... gosta desse tipo? Matilde protegeu Carolina e falou novamente. — O Presidente Nono é uma pessoa que evita problemas, não provoque as pessoas dele, você entende as regras. Beatriz fez um som de desdém. — Eu só queria ver quem estava competindo comigo por um homem. Afinal, era uma paciente mental. O rosto de Carolina estava pálido, e ela não tinha medo de Beatriz, mas sim de seus seguranças. Naquela época... Cátia a encurralou em um beco com seguranças, e se não fosse por Augusto ter chegado a tempo, ela já teria sido... Desde então, sempre que mais de dois homens se aproximavam dela, Carolina entrava em pânico, tinha dificuldade para respirar, tremia e não conseguia dizer uma palavra. — Carolina, está tudo bem. — Matilde sabia da condição de Carolina e se agachou do lado de fora do armário, falando em voz baixa para acalmá-la. — Já passou, pode sair, está bem?? Matilde passou dois anos e meio na prisão, e du
Matilde olhou para José, chocada, e se moveu para o lado, levantando-se discretamente para ficar à parte. O sexto sentido das mulheres é muito preciso, é fácil perceber se um homem tem más intenções. Pelo menos, José não tinha más intenções naquele momento. Ao lado, alguns gerentes também se entreolharam, surpresos. Quem era essa Carolina, afinal? O Presidente Nono pessoalmente trouxe o café da manhã, e José também veio pessoalmente para acalmá-la. Agora, todos estavam tensos, pensando em como tratar Carolina de forma adequada e razoável. — Presidente Santos... todos estão olhando. — Afonso estava ao lado, sem saber o que fazer, havia muitas pessoas no clube. José, O CEO e herdeiro do grupo Santos, estava se rebaixando para confortar uma mulher. Ao ver José estender a mão para ela, Carolina, como que compelida, quis levantar a sua. Mas, ao levantar a mão pela metade, Carolina a retirou, afastando-se de José, saindo lentamente. — Desculpe... Ela encolheu os ombros e pe
Essa foi a oliveira que José lançou, mas ela não sabia como aceitá-la. José também era um empresário, ele não oferecia bondade à toa. Sendo ambos sustentados, envolvidos em negócios sujos, Marcos e José, ela tinha que escolher. — Presidente Santos, você está tentando roubar alguém meu? O carro preto parou ao lado, e Marcos desceu, perguntando com um tom significativo. — Apenas uma competição. — José respondeu friamente. — Se não me engano, Carolina deveria ser a ex-noiva do seu irmão. — Marcos puxou Carolina para perto, sorrindo de forma provocativa. — Você mesmo disse, foi no passado. — A voz de José era profunda. — Presidente Santos não tem medo de que boatos sujem a sua reputação, conquistada com tanto esforço em Cidade A? — Marcos estava alertando José, Carolina estava envolvida em muitos escândalos, e ele não deveria se envolver. Carolina olhou para baixo, mas percebeu o significado subjacente nas palavras. Ela era suja. — O que é sujo são os boatos e
Carolina balançou a cabeça e não disse nada. Se arrepender? Claro que sim. Mas o arrependimento não adiantava. Ela não se arrependia de não ter feito um acordo com Marcos, mas sim... se arrependia de não ter morrido no ano em que nasceu. — Você descansa primeiro, eu faço o jantar. — A voz de Carolina era baixa, transparecendo cortesia e distância. Marcos franziu a testa e foi até a janela do chão, acendendo um cigarro. A aparência atual de Carolina claramente não era o que ele queria. Mas era apenas porque ela era Carolina. — Daniel, avise ao agente da Beatriz que ela anda muito arrogante ultimamente, é melhor ela se acalmar e não participar de nenhuma atividade comercial ou audições nos próximos seis meses. — Marcos disse com uma voz fria. Do outro lado da linha, Daniel entendeu que isso significava que Beatriz seria banida da indústria por pelo menos seis meses. Isso tudo porque Beatriz havia provocada Carolina hoje. — Entendido, Presidente Nono. Depois de d
Se eles soubessem pelas experiências horríveis que ela passou, provavelmente não teriam coragem de olhar para ela. Por que se preocupar? …… Clube Nocturno. Marcos saiu de casa e foi beber sozinho no bar. — Presidente Nono... — Beatriz, ao saber que Marcos estava sozinho, entrou na sala e se jogou em seus braços, fazendo charme. — Eu sei que errei... Ela já tinha ouvido de seu agente que Marcos queria bani-la. Ela seguiu Marcos por três anos, de uma menina anônima que se formou em uma escola de dança, ela alcançou o sucesso atual, tudo graças a Marcos. Embora ela já tivesse ganhado o suficiente ao longo dos anos, qual mulher não amaria um homem como Marcos? Comparada às outras mulheres do entretenimento que procuravam patrocinadores, Beatriz era como se tivesse ganhado na loteria. Para se ter uma ideia, outros grandes chefes eram geralmente homens gordos e carecas ou tinham vários fetiches estranhos, homens como Marcos, que eram bonitos e gostavam de se divertir, er
— Vá dormir. — Marcos soltou Carolina, com a voz rouca. Carolina, assustada, correu para o quarto e fechou a porta com força. Encostada no canto, Carolina deslizou lentamente até o chão. Ela mordeu os dedos com força, já não conseguia se controlar, suas mãos estavam dormentes e fora de controle. O que fazer... ela ainda não conseguia esquecer aquela noite. Parecia que nunca conseguiria escapar daquela sombra e daquele inferno. Aquelas pessoas a destruíram... Levantou a mão e puxou o cabelo, respirando cada vez mais rápido. Durante todos esses anos, ela já havia sentido ódio, raiva e até mesmo perdido o controle. Por que, por que fizeram isso com ela? O que ela havia feito de errado! Que direito ela tinha de escolher, por que toda a vingança recaía sobre ela? Ela estava louca para se vingar, queria arrastá-los para o inferno junto com ela. Mas a consciência... por que ela sempre a tinha? Por que ela deveria ser condenada, por que deveria se sentir triste, por q