Essa foi a oliveira que José lançou, mas ela não sabia como aceitá-la. José também era um empresário, ele não oferecia bondade à toa. Sendo ambos sustentados, envolvidos em negócios sujos, Marcos e José, ela tinha que escolher. — Presidente Santos, você está tentando roubar alguém meu? O carro preto parou ao lado, e Marcos desceu, perguntando com um tom significativo. — Apenas uma competição. — José respondeu friamente. — Se não me engano, Carolina deveria ser a ex-noiva do seu irmão. — Marcos puxou Carolina para perto, sorrindo de forma provocativa. — Você mesmo disse, foi no passado. — A voz de José era profunda. — Presidente Santos não tem medo de que boatos sujem a sua reputação, conquistada com tanto esforço em Cidade A? — Marcos estava alertando José, Carolina estava envolvida em muitos escândalos, e ele não deveria se envolver. Carolina olhou para baixo, mas percebeu o significado subjacente nas palavras. Ela era suja. — O que é sujo são os boatos e
Carolina balançou a cabeça e não disse nada. Se arrepender? Claro que sim. Mas o arrependimento não adiantava. Ela não se arrependia de não ter feito um acordo com Marcos, mas sim... se arrependia de não ter morrido no ano em que nasceu. — Você descansa primeiro, eu faço o jantar. — A voz de Carolina era baixa, transparecendo cortesia e distância. Marcos franziu a testa e foi até a janela do chão, acendendo um cigarro. A aparência atual de Carolina claramente não era o que ele queria. Mas era apenas porque ela era Carolina. — Daniel, avise ao agente da Beatriz que ela anda muito arrogante ultimamente, é melhor ela se acalmar e não participar de nenhuma atividade comercial ou audições nos próximos seis meses. — Marcos disse com uma voz fria. Do outro lado da linha, Daniel entendeu que isso significava que Beatriz seria banida da indústria por pelo menos seis meses. Isso tudo porque Beatriz havia provocada Carolina hoje. — Entendido, Presidente Nono. Depois de d
Se eles soubessem pelas experiências horríveis que ela passou, provavelmente não teriam coragem de olhar para ela. Por que se preocupar? …… Clube Nocturno. Marcos saiu de casa e foi beber sozinho no bar. — Presidente Nono... — Beatriz, ao saber que Marcos estava sozinho, entrou na sala e se jogou em seus braços, fazendo charme. — Eu sei que errei... Ela já tinha ouvido de seu agente que Marcos queria bani-la. Ela seguiu Marcos por três anos, de uma menina anônima que se formou em uma escola de dança, ela alcançou o sucesso atual, tudo graças a Marcos. Embora ela já tivesse ganhado o suficiente ao longo dos anos, qual mulher não amaria um homem como Marcos? Comparada às outras mulheres do entretenimento que procuravam patrocinadores, Beatriz era como se tivesse ganhado na loteria. Para se ter uma ideia, outros grandes chefes eram geralmente homens gordos e carecas ou tinham vários fetiches estranhos, homens como Marcos, que eram bonitos e gostavam de se divertir, er
— Vá dormir. — Marcos soltou Carolina, com a voz rouca. Carolina, assustada, correu para o quarto e fechou a porta com força. Encostada no canto, Carolina deslizou lentamente até o chão. Ela mordeu os dedos com força, já não conseguia se controlar, suas mãos estavam dormentes e fora de controle. O que fazer... ela ainda não conseguia esquecer aquela noite. Parecia que nunca conseguiria escapar daquela sombra e daquele inferno. Aquelas pessoas a destruíram... Levantou a mão e puxou o cabelo, respirando cada vez mais rápido. Durante todos esses anos, ela já havia sentido ódio, raiva e até mesmo perdido o controle. Por que, por que fizeram isso com ela? O que ela havia feito de errado! Que direito ela tinha de escolher, por que toda a vingança recaía sobre ela? Ela estava louca para se vingar, queria arrastá-los para o inferno junto com ela. Mas a consciência... por que ela sempre a tinha? Por que ela deveria ser condenada, por que deveria se sentir triste, por q
Desde que a família Silva e Pedro não machucassem Tiago, ela poderia se esconder um pouco lá fora. — Marcos... ele te tratou bem? — Augusto já havia suspeitado que Carolina estava com Marcos. — Ele... me tratou bem. — Carolina pensou um pouco e falou novamente. — Ele realmente foi muito bom; na verdade, Marcos é uma pessoa... se você seguir o que ele quer, ele é bem generoso. Ela se lembrava de quando Marcos a perseguia, ele realmente a impressionava com dinheiro, comprando joias de milhões, dizendo “vou comprar” e “vou dar” sem pensar duas vezes. No entanto, depois de viver como uma rica por vinte anos na casa dos Silva, era difícil para Carolina ter sua visão de mundo distorcida por dinheiro. Carolina também entendia por que Rui estava tão obcecado em destruí-la, em arruinar tudo que ela tinha. Porque Rui sabia que todo o brilho dela vinha da família Silva. Então, ele achava que a família Silva tinha o direito de recuperar tudo. — Se você estiver se sentindo mal, volt
Carolina explicou desesperadamente, quanto mais ela explicava, mais nervosa ficava. Nos últimos anos, Carolina ficou cada vez pior em se explicar. Marcos segurou o pulso de Carolina e a puxou para perto. — Tudo bem... As palavras que Carolina queria dizer não saíram, olhando para ele em estado de choque.— Você pode pedir o que quiser, eu vou aceitar. — Marcos olhou para o pulso de Carolina, onde havia cicatrizes, marcas de cortes. — Foi difícil lá dentro...? — Marcos perguntou em voz baixa. Carolina sentou-se no chão à frente de Marcos, olhando para baixo, sem forças. Difícil? Não era tão difícil assim. Afinal, o inferno era interconectado. Lá fora ou lá dentro, era apenas a diferença entre o décimo oitavo e o décimo sétimo círculos do inferno. — Essas cicatrizes podem ser removidas. — Marcos olhou para Carolina. Carolina puxou o pulso de volta e cobriu com a roupa. — Não... não precisa. Por que fazer algo que só a enganaria? — Você não precisa mais ir para o
— Senhorita, você é... — O gerente correu para frente e perguntou. A mulher empurrou o gerente, olhou ao redor e, ao reconhecer Carolina, foi direto até ela. Pá! Um tapa alto ecoou, e todo o salão ficou em silêncio. Carolina levantou a cabeça, paralisada, e ao ver quem a havia agredido, virou-se instintivamente para correr. — Correr? — Cátia sorriu, encostada no bar, observando Carolina fugir. — Continue correndo, se você não se ajoelhar e me implorar hoje, eu vou vender seu filho para a favela. Os passos de Carolina hesitaram, e ela virou-se ofegante para olhar Cátia. — O que você quer... fazer...? — Não vai correr mais? — Cátia sorriu e se aproximou lentamente de Carolina. — Quem é você? — Alice, ainda recuperando-se do choque, se posicionou bravamente na frente de Carolina. — Como você pode agredir alguém assim? O gerente e a segurança também reagiram e correram para lá. — Vocês todos estão cegos? — Cátia levantou o queixo com arrogância, sua voz irônica. — Eu sou
— Não exagere... — Alice ficou um pouco irritada. Cátia realmente estava sendo muito abusiva. — Carolina e o Presidente Nono só se conheciam antes, não tinham nenhum outro tipo de relação. Se você não acredita, pode ligar para o Presidente Nono. Cátia sorriu. Na verdade, ela não se importava se Carolina e Marcos tinham algo ou não. Ela só queria intimidar Carolina e se impor, e era só isso. — Senhorita Cátia, já informamos o Presidente Nono... é melhor você voltar para casa e resolver isso... — O gerente também estava um pouco assustado. Ele temia que algo sério acontecesse. Mas Cátia não estava disposta a deixar Carolina em paz. — Esses vídeos, eu os tenho todos guardados. Eu posso postar na internet para todo mundo ver, que tal? Carolina balançou a cabeça em pânico. — Não faça isso... — Se você não quer que eu poste, então se ajoelhe e me implore. — Cátia queria que Carolina se ajoelhasse como há cinco anos. Nos vídeos da viela, eles também forçaram Carolina a se ajoelh