— Você está certo. — Edner sorriu enquanto falava: — Eu sempre tive muita fé em você. Se você assumir o lugar de José, definitivamente não será pior que ele. Nos últimos anos, sempre foi ele que o dominou e não deixou espaço para você se desenvolver.— Na minha opinião, você não é pior que José.Pedro resfolegou: — O que é meu, eu devo recuperar.As ações eram, e Carolina também.Edner saiu do escritório e Marcos ligou para Pedro.Pedro esfregou a testa irritado e atendeu o telefone.— Sua mãe, pôs ácido sulfúrico na água? Era para prejudicar Carolina? — A voz de Marcos era muito baixa e tinha um tom de interrogatório: — Sua mãe quer morrer?— Sr. Marcos, é um mal-entendido. — Pedro falou com a cara feia.— Mal-entendido? — Marcos sorriu sarcasticamente: — Você acha que eu sou burro?— Pedro… diga à sua mãe para não brincar comigo. Se ela tocar em um único fio de cabelo de Carolina novamente, vai pagar as consequências. — Marcos ameaçou Pedro.Pedro esfregou a testa: —José próprio levo
— A sua pele é tão boa! Como você cuida dela? — Edner ficou mais ousado e estendeu a mão para afagar os cabelos de Carolina.Carolina ficou toda rígida e o coração começou a bater muito rápido.Aquela sensação de sufocamento voltou novamente.Ela estava com muita nojo.Mas ela… precisava se conter.Se ela quisesse eliminar Edner por José, precisava… o deixar ficar arrogante demais e perder a cabeça.— Os cosméticos... também são muito caros. — Carolina começou a falar tremendo, se esforçando para se acalmar.Edner sorriu e se aproximou de Carolina, achando que Carolina estava lhe dando uma sugestão: — Assistente Carolina, ouvi dizer que muitos rapazes da Cidade A conhecem você, parece que você tem realmente capacidade.Edner estava fazendo uma alusão: — Quando você tiver um dia de folga, vamos jantar juntos?Carolina acenou com a cabeça: — Bem…Toc-toc! Houve um toque na porta.Edner ficou muito aborrecido, era óbvio que estava culpando a pessoa do lado de fora por interromper suas coi
— Não me toque! — Carolina afastou-se assustada de Afonso, respirando rapidamente.Após se recuperar, Carolina ficou parada no lugar, olhando para frente sem reação:—Desculpe… desculpe, estava distraída.Afonso foi assustado com o movimento repentino de Carolina e os olhos dela estavam cheios de pavor: — Não faz mal…Carolina baixou a cabeça com vergonha, com os olhos vermelhos.— O Sr. José está te esperando. Você está bem? — Afonso achou que o estado de Carolina não estava certo.Retirou algumas chocolate do bolso e deu a Carolina: — Você parece muito pálida.— Tudo bem… Talvez não tenha dormido bem ontem à noite. — Carolina explicou em voz baixa.— Carolina. — No final do corredor, Pedro estava ali esperando Carolina: — Venha aqui.Carolina tremeu assustada e se escondeu instintivamente atrás de Afonso.Afonso franziu as sobrancelhas e se pôs na frente de Carolina: — Desculpe Sr. Pedro, agora é horário de trabalho e nosso Sr. José está procurando Carolina.— Assistente Afonso, você
José protegeu Carolina e deu um chute no estômago de Pedro: — Você está procurando a morte? Mexendo com a minha pessoa.— José! Carolina é minha! — Pedro limpou o sangue do canto do olho e olhou para José com muita raiva: — Nós estivemos juntos aos dezesseis anos. Pergunte a ela se ainda me ama!— Aos dezesseis anos? Você realmente tem coragem de dizer isso. Quando crianças brincam de casinha, sabem o que é amor? — A voz de José era baixa e ele protegeu Carolina a apertando forte nos braços.Ele não precisava perguntar a Carolina se havia Pedro em seu coração. Se havia ou não, não importava.Ele só precisava fazer o que deveria fazer. Se Carolina iria ou não se apaixonar por ele era a liberdade dela.— Carolina, diga a ele que ainda me ama, diga a ele que a pessoa que você ama sou eu! — A voz de Pedro tremia, parecendo muito com uma criança se esforçando para se mostrar, pedindo infantilmente uma confirmação e uma resposta.Carolina tremia todo, com os sintomas de ansiedade fazendo com
José apenas deixou que ela chorasse.— Eu… — Não sabia por quanto tempo havia chorado, mas Carolina tentou falar, com a voz rouca. — Eu… — José deu leves tapinhas nas costas dela.— Não amo… Não amo o Pedro.Ao ouvir a explicação, José curvou os lábios, de excelente humor. — Bom, eu sei. — Só um idiota continuaria amando um canalha daquele.Carolina não era uma idiota, era uma raposa esperta que sabia morder quando necessário.— Ele… Ele é mau.— Sim, não é mesmo um bom sujeito. — José concordou.Carolina voltou a chorar. — Desculpa… Eu bati nele…Ela parecia ter quebrado a cabeça de Pedro. A família Santos aproveitaria certamente a situação para criar problemas para José.— Você realmente errou… Por não ter batido mais forte e acabado com ele. — José bagunçou os cabelos de Carolina de leve.Carolina ergueu o rosto e olhou para José com os olhos vermelhos, mas incrivelmente brilhantes.José prendeu a respiração. Os olhos de Carolina… Eram provavelmente os mais bonitos que ele já tinha
— Segurança agora virou uma simples formalidade? — José perguntou em um tom grave a Afonso.Afonso parecia confuso, afinal, o setor de segurança não era responsabilidade dele.O Sr. José andava estranho ultimamente, sempre implicando com ele…— Sr. José, vou já falar com o gerente do departamento de segurança e pedir que tome as providências necessárias. — Respondeu Afonso em voz baixa.— José… — Sofia, com os olhos levemente marejados, falou suavemente. — Vim como representante da família Reis. Precisamos conversar sobre o caso da Cátia.José olhou para o calendário. Amanhã era o prazo final que ele havia dado à família Reis.Ele fechou a porta do escritório e, com um tom estritamente profissional, conduziu Sofia até a sala de reuniões VIP.Lá havia câmeras de segurança.Tudo seria aberto e transparente.José estava deixando claro que queria tratar tudo de forma estritamente profissional com Sofia.Sofia respirou fundo, contendo a emoção, e o seguiu até a sala de reuniões.— Dessa vez
Sofia suspirou e voltou a falar:— José, você sabe muito bem que a Carolina disse a todos que o Tiago é filho do Marcos, e o Marcos e o Sr. Nono acreditam nisso. Além disso, o Sr. Nono está muito envolvido com o Tiago. Porém, as famílias Reis e Nono têm uma relação de aliança matrimonial. Se a nossa família Reis agora assumir publicamente o erro da Cátia, estaremos praticamente sacrificando essa aliança. O Sr. Nono certamente ficará ressentido com a Carolina, e se por acaso…As palavras de Sofia eram gentis, acompanhadas de uma expressão preocupada, como se ela estivesse realmente preocupada com a situação da Carolina.Mas, em cada frase, deixava implícito que Carolina era uma mentirosa nata, da boca dela não saía uma única verdade.José ignorou Sofia e abriu o envelope, tirando de dentro o resultado do teste de DNA e dando uma rápida olhada.O resultado mostrava que o Sr. Nono e Tiago não tinham qualquer relação de parentesco.Isso significava que o Sr. Nono não era bisavô de Tiago.F
— Sr. José, está procurando alguma coisa? — Carolina, ao ver José mexendo em algo, se aproximou e fez a pergunta.— Nada… Nada de mais. — José, instintivamente, escondeu a foto no cofre e pigarreou. — Vá até o departamento financeiro e peça para trazerem o relatório do último trimestre.Carolina, um pouco confusa, assentiu e saiu do escritório.Relatório do último trimestre? O departamento financeiro não entregou para o Sr. José?Assim que Carolina saiu, José respirou aliviado. Ele nunca havia se sentido tão culpado na vida…Tiago parecia demais com ele quando era criança.Passou a mão pela testa, esfregando as têmporas, e então saiu rapidamente do escritório.— Afonso, proteja a Carolina. Mesmo se ela for ao banheiro, fique esperando do lado de fora. Não quero o Pedro se aproximando dela. — José apontou para Afonso em tom de advertência. — E use a cabeça quando estiver na empresa.— O senhor está indo a algum lugar? Não quer que eu o leve? — Afonso coçou a cabeça.— Eu mesmo dirijo. S