Casa de José.Quando chegou em casa, José desligou o celular diretamente.Deixe Ricardo ligar para ele como um louco. Ele simplesmente não ia ouvir.Quanto menos se vê, menos se incomoda.— Sr. José… — Carolina queria dizer algo, mas não ousou.— Agora não é tempo de trabalho. — José apontou para o relógio de pulso.Carolina baixou a cabeça e se reuniu coragem para falar: — José… você já pensou em uma saída de escape?— Tem alguma boa ideia? — José sorriu.— Você precisa pensar em uma saída e se preparar para o pior. Se Ricardo ficar bravo e retirar as ações que deveriam ser suas e dar para Pedro… — Carolina disse para ele se preparar para o pior.— O Grupo Santos só é o Grupo Santos atual comigo. — José tinha confiança suficiente.Se Ricardo não acreditasse, ele podia tentar.— Quanto à saída… — José ficou em silêncio por muito tempo e falou novamente: —Desde que prometi proteger você, definitivamente não vou deixar você cair na lama novamente.Ele faria o que prometeu a Carolina.Sua
— Você está certo. — Edner sorriu enquanto falava: — Eu sempre tive muita fé em você. Se você assumir o lugar de José, definitivamente não será pior que ele. Nos últimos anos, sempre foi ele que o dominou e não deixou espaço para você se desenvolver.— Na minha opinião, você não é pior que José.Pedro resfolegou: — O que é meu, eu devo recuperar.As ações eram, e Carolina também.Edner saiu do escritório e Marcos ligou para Pedro.Pedro esfregou a testa irritado e atendeu o telefone.— Sua mãe, pôs ácido sulfúrico na água? Era para prejudicar Carolina? — A voz de Marcos era muito baixa e tinha um tom de interrogatório: — Sua mãe quer morrer?— Sr. Marcos, é um mal-entendido. — Pedro falou com a cara feia.— Mal-entendido? — Marcos sorriu sarcasticamente: — Você acha que eu sou burro?— Pedro… diga à sua mãe para não brincar comigo. Se ela tocar em um único fio de cabelo de Carolina novamente, vai pagar as consequências. — Marcos ameaçou Pedro.Pedro esfregou a testa: —José próprio levo
— A sua pele é tão boa! Como você cuida dela? — Edner ficou mais ousado e estendeu a mão para afagar os cabelos de Carolina.Carolina ficou toda rígida e o coração começou a bater muito rápido.Aquela sensação de sufocamento voltou novamente.Ela estava com muita nojo.Mas ela… precisava se conter.Se ela quisesse eliminar Edner por José, precisava… o deixar ficar arrogante demais e perder a cabeça.— Os cosméticos... também são muito caros. — Carolina começou a falar tremendo, se esforçando para se acalmar.Edner sorriu e se aproximou de Carolina, achando que Carolina estava lhe dando uma sugestão: — Assistente Carolina, ouvi dizer que muitos rapazes da Cidade A conhecem você, parece que você tem realmente capacidade.Edner estava fazendo uma alusão: — Quando você tiver um dia de folga, vamos jantar juntos?Carolina acenou com a cabeça: — Bem…Toc-toc! Houve um toque na porta.Edner ficou muito aborrecido, era óbvio que estava culpando a pessoa do lado de fora por interromper suas coi
— Não me toque! — Carolina afastou-se assustada de Afonso, respirando rapidamente.Após se recuperar, Carolina ficou parada no lugar, olhando para frente sem reação:—Desculpe… desculpe, estava distraída.Afonso foi assustado com o movimento repentino de Carolina e os olhos dela estavam cheios de pavor: — Não faz mal…Carolina baixou a cabeça com vergonha, com os olhos vermelhos.— O Sr. José está te esperando. Você está bem? — Afonso achou que o estado de Carolina não estava certo.Retirou algumas chocolate do bolso e deu a Carolina: — Você parece muito pálida.— Tudo bem… Talvez não tenha dormido bem ontem à noite. — Carolina explicou em voz baixa.— Carolina. — No final do corredor, Pedro estava ali esperando Carolina: — Venha aqui.Carolina tremeu assustada e se escondeu instintivamente atrás de Afonso.Afonso franziu as sobrancelhas e se pôs na frente de Carolina: — Desculpe Sr. Pedro, agora é horário de trabalho e nosso Sr. José está procurando Carolina.— Assistente Afonso, você
José protegeu Carolina e deu um chute no estômago de Pedro: — Você está procurando a morte? Mexendo com a minha pessoa.— José! Carolina é minha! — Pedro limpou o sangue do canto do olho e olhou para José com muita raiva: — Nós estivemos juntos aos dezesseis anos. Pergunte a ela se ainda me ama!— Aos dezesseis anos? Você realmente tem coragem de dizer isso. Quando crianças brincam de casinha, sabem o que é amor? — A voz de José era baixa e ele protegeu Carolina a apertando forte nos braços.Ele não precisava perguntar a Carolina se havia Pedro em seu coração. Se havia ou não, não importava.Ele só precisava fazer o que deveria fazer. Se Carolina iria ou não se apaixonar por ele era a liberdade dela.— Carolina, diga a ele que ainda me ama, diga a ele que a pessoa que você ama sou eu! — A voz de Pedro tremia, parecendo muito com uma criança se esforçando para se mostrar, pedindo infantilmente uma confirmação e uma resposta.Carolina tremia todo, com os sintomas de ansiedade fazendo com
José apenas deixou que ela chorasse.— Eu… — Não sabia por quanto tempo havia chorado, mas Carolina tentou falar, com a voz rouca. — Eu… — José deu leves tapinhas nas costas dela.— Não amo… Não amo o Pedro.Ao ouvir a explicação, José curvou os lábios, de excelente humor. — Bom, eu sei. — Só um idiota continuaria amando um canalha daquele.Carolina não era uma idiota, era uma raposa esperta que sabia morder quando necessário.— Ele… Ele é mau.— Sim, não é mesmo um bom sujeito. — José concordou.Carolina voltou a chorar. — Desculpa… Eu bati nele…Ela parecia ter quebrado a cabeça de Pedro. A família Santos aproveitaria certamente a situação para criar problemas para José.— Você realmente errou… Por não ter batido mais forte e acabado com ele. — José bagunçou os cabelos de Carolina de leve.Carolina ergueu o rosto e olhou para José com os olhos vermelhos, mas incrivelmente brilhantes.José prendeu a respiração. Os olhos de Carolina… Eram provavelmente os mais bonitos que ele já tinha
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo