— A sua pele é tão boa! Como você cuida dela? — Edner ficou mais ousado e estendeu a mão para afagar os cabelos de Carolina.Carolina ficou toda rígida e o coração começou a bater muito rápido.Aquela sensação de sufocamento voltou novamente.Ela estava com muita nojo.Mas ela… precisava se conter.Se ela quisesse eliminar Edner por José, precisava… o deixar ficar arrogante demais e perder a cabeça.— Os cosméticos... também são muito caros. — Carolina começou a falar tremendo, se esforçando para se acalmar.Edner sorriu e se aproximou de Carolina, achando que Carolina estava lhe dando uma sugestão: — Assistente Carolina, ouvi dizer que muitos rapazes da Cidade A conhecem você, parece que você tem realmente capacidade.Edner estava fazendo uma alusão: — Quando você tiver um dia de folga, vamos jantar juntos?Carolina acenou com a cabeça: — Bem…Toc-toc! Houve um toque na porta.Edner ficou muito aborrecido, era óbvio que estava culpando a pessoa do lado de fora por interromper suas coi
— Não me toque! — Carolina afastou-se assustada de Afonso, respirando rapidamente.Após se recuperar, Carolina ficou parada no lugar, olhando para frente sem reação:—Desculpe… desculpe, estava distraída.Afonso foi assustado com o movimento repentino de Carolina e os olhos dela estavam cheios de pavor: — Não faz mal…Carolina baixou a cabeça com vergonha, com os olhos vermelhos.— O Sr. José está te esperando. Você está bem? — Afonso achou que o estado de Carolina não estava certo.Retirou algumas chocolate do bolso e deu a Carolina: — Você parece muito pálida.— Tudo bem… Talvez não tenha dormido bem ontem à noite. — Carolina explicou em voz baixa.— Carolina. — No final do corredor, Pedro estava ali esperando Carolina: — Venha aqui.Carolina tremeu assustada e se escondeu instintivamente atrás de Afonso.Afonso franziu as sobrancelhas e se pôs na frente de Carolina: — Desculpe Sr. Pedro, agora é horário de trabalho e nosso Sr. José está procurando Carolina.— Assistente Afonso, você
José protegeu Carolina e deu um chute no estômago de Pedro: — Você está procurando a morte? Mexendo com a minha pessoa.— José! Carolina é minha! — Pedro limpou o sangue do canto do olho e olhou para José com muita raiva: — Nós estivemos juntos aos dezesseis anos. Pergunte a ela se ainda me ama!— Aos dezesseis anos? Você realmente tem coragem de dizer isso. Quando crianças brincam de casinha, sabem o que é amor? — A voz de José era baixa e ele protegeu Carolina a apertando forte nos braços.Ele não precisava perguntar a Carolina se havia Pedro em seu coração. Se havia ou não, não importava.Ele só precisava fazer o que deveria fazer. Se Carolina iria ou não se apaixonar por ele era a liberdade dela.— Carolina, diga a ele que ainda me ama, diga a ele que a pessoa que você ama sou eu! — A voz de Pedro tremia, parecendo muito com uma criança se esforçando para se mostrar, pedindo infantilmente uma confirmação e uma resposta.Carolina tremia todo, com os sintomas de ansiedade fazendo com
José apenas deixou que ela chorasse.— Eu… — Não sabia por quanto tempo havia chorado, mas Carolina tentou falar, com a voz rouca. — Eu… — José deu leves tapinhas nas costas dela.— Não amo… Não amo o Pedro.Ao ouvir a explicação, José curvou os lábios, de excelente humor. — Bom, eu sei. — Só um idiota continuaria amando um canalha daquele.Carolina não era uma idiota, era uma raposa esperta que sabia morder quando necessário.— Ele… Ele é mau.— Sim, não é mesmo um bom sujeito. — José concordou.Carolina voltou a chorar. — Desculpa… Eu bati nele…Ela parecia ter quebrado a cabeça de Pedro. A família Santos aproveitaria certamente a situação para criar problemas para José.— Você realmente errou… Por não ter batido mais forte e acabado com ele. — José bagunçou os cabelos de Carolina de leve.Carolina ergueu o rosto e olhou para José com os olhos vermelhos, mas incrivelmente brilhantes.José prendeu a respiração. Os olhos de Carolina… Eram provavelmente os mais bonitos que ele já tinha
Cidade A, prisão.- Ao sair, não olhe para trás, viva bem.Carolina se virou e se curvou, ficou tremendo no vento frio.Cinco anos.Quando foi presa, tinha apenas 21 anos.- Entre no carro.Ao lado da estrada, estacionava um Maybach preto, e a voz do homem era fria.Ele era o irmão de Carolina, a quem ela chamou de irmão por 21 anos, até descobrir subitamente que não tinha laços de sangue com ela.- Irmão... - Carolina disse com a voz rouca, olhando para baixo de forma desconfortável.- Não sou seu irmão, não me enoje. - Rui Silva ficou sério e verificou o relógio. - Você roubou vinte e um anos da vida de minha irmã, a fez sofrer abusos naquela casa, como ousa me chamar de irmão.Carolina mexeu os lábios rachados, mas não conseguiu dizer uma palavra.A Silva de Cidade A tinha apenas uma filha, Carolina, filha do empregada, enquanto a verdadeira herdeira da família Silva havia sido secretamente substituída pela filha do empregada.- Desculpe... - Carolina murmurou com a voz rouca após u
Houve um apagão diante de seus olhos quando Carolina foi forçada a entrar no carro, tremendo e desesperada, encolhida no canto.Ela não podia doar um rim. Ela ainda não podia morrer.- Carolina, como foram esses cinco anos na prisão? - Pedro olhou para a mulher encolhida no canto, já não foi mais a mulher orgulhosa e altiva de tantos anos atrás, uma complexidade inexprimível ecoava em seu coração.Carolina deu uma esquivada, talvez um reflexo da violência que sofreu na prisão, e, com medo, segurou a cabeça.- Perdeu a língua? - Pedro olhava com desgosto para a Carolina nesse estado, levantou a mão e segurou o queixo dela, o sangue escuro na testa contrastando fortemente com o rosto pálido.- Estou bem... - A voz de Carolina tremulava, o desespero e o ódio foram evidentes em seu olhar.Sob a interferência de Pedro, sua vida na prisão foi pior do que a morte.No dia em que foi liberta, a colega de cela que a intimidava há tanto tempo finalmente não aguentou e lhe contou a verdade, que fo
A repulsa nos olhos de Pedro cresceu com a menção do filho bastardo, e ele desejava que Carolina morresse.Naquela época, Carolina fazia sexo com outro homem, envergonhando a família Santos, e depois engravidou. Antes de entrar na prisão, deu à luz aquele bastardo.Carolina olhou desesperadamente para Pedro, como se nunca o tivesse conhecido. - A criança, a criança é inocente!- Inocente? Quando Luana foi trocada e levada para viver uma vida inferior em sua casa, ela também era inocente. - Ana gritou agudamente, dando a Carolina mais dois tapas.Se não fosse João intervir, ela teria continuado a bater em Carolina para aliviar sua raiva.Com a cabeça baixa, os olhos inchados e vermelhos, Carolina permitiu-se ser espancada.Vinte e um anos de criação, essa era a dívida que ela tinha que pagar.Respirando fundo, Carolina encheu os olhos de lágrimas, olhou para Pedro, sua voz fraca e determinada. - Vou doar...Desde que não mexam com seu filho, ela faria qualquer coisa.- Você é realmente
A água do balde não conseguiu deixar Carolina acorda, mas a febre repentinamente a acometeu.- O que está acontecendo? Rápido, vamos salvá-la! - Coincidentemente, um médico estava fazendo sua ronda e, ao ver a palidez de Carolina, fez uma avaliação preliminar. - Leve-a imediatamente para a sala de emergência!Pedro permaneceu parado, com os dedos dormentes, agarrando bruscamente a gola da camisa de Rui. - Você disse que ela estava fingindo?Rui também estava nervoso e, ao afastar a mão de Pedro, respondeu: - Como eu poderia saber? Ela é uma mestre em fingir, já ouviu a fábula do Lobo em Pele de Cordeiro?- Não se preocupe, ela não vai morrer. - Ana, exibia toda a sua aura de senhora rica, calçando saltos altos, afirmou com firmeza. - Doutor, já que ela concordou em doar um rim para a nossa Luana, por favor, aproveite para verificar se os rins dela são compatíveis.O médico franzia o cenho. - Primeiramente, vamos salvá-la.- Dr. Pinto, seu pai e o pai do nosso João são bons amigos, há c