As pessoas também eram incentivadas a se envolver em brigas, a testar drogas e até a participar de experimentos cruéis. Esses experimentos eram tão terríveis que a dor que causavam parecia até pior que a morte. Quando Esther ouviu tudo isso, ela não pôde deixar de sentir uma angústia profunda. Esse lugar não deveria ser chamado de "campo de escravos". Deveria ser renomeado como "campo dos demônios".A garota deu uma risada amarga e falou:— Aqui, até os corpos depois de mortos são usados para experimentos.Ela começou a detalhar como os corpos eram aproveitados após a morte, e Esther, ao ouvir, sentiu o couro cabeludo formigar de horror. Se o lugar já parecia um inferno vivo, agora parecia um pesadelo sem fim....Do outro lado do complexo, em um ambiente completamente diferente, havia um quarto luxuoso. A cama era enorme, com um mobiliário elegante e adornos caros por todo lado. Estrella estava no centro do quarto, em sua mesa, onde havia joias caras e uma seleção de doces e bebidas
Um olhar de fúria cruzou os olhos de Estrella.Ela já havia trazido Esther para aquele lugar e não iria permitir que ela saísse viva.No entanto, pouco depois de o homem ir embora, alguém bateu na porta de seu quarto.— Entre. — Ela disse com frieza. Logo um homem alto entrou, carregando uma tigela de sopa de ginseng. Ele se aproximou de Estrella, com uma postura extremamente respeitosa.— Srta. Estrella, o Faraó mandou que eu trouxesse essa sopa para a senhora, para ajudar a repor suas energias.— Pode deixar aí, vou trocar de roupa e já como. — Estrella deu uma rápida olhada na sopa e se virou, deixando o homem a observar seu costas.Desde que chegou ali, ela havia recebido sopa de ginseng várias vezes, mas a verdade era que ela sempre acabava vomitando.O homem obedeceu e colocou a sopa sobre a mesa.— O Faraó pediu que eu ficasse aqui e visse a senhora beber tudo.Estrella não respondeu, mas, depois de trocar de roupa, foi até a mesa e pegou a tigela. O cheiro forte de frango mist
Desde que foi presa, Esther não tinha visto nenhum homem.Quando a garota estava prestes a dizer algo, a porta do quarto se abriu de repente, e Ivana apareceu na entrada. Ela olhou para Esther e falou com firmeza:— Sai daqui.Esther franziu a testa e se levantou.A garota observou a figura de Esther se afastando e seu semblante se fechou. Ela havia começado a desconfiar da verdadeira identidade de Esther, e agora Ivana estava a levando pessoalmente. Será que iam puni-la? Ou talvez fizessem algo pior com ela?A garota apertou os punhos com força. Se tivesse que morrer, pelo menos queria levar Ivana junto. Caso contrário, todo o sofrimento que ela havia passado não teria valido a pena.Do outro lado, Esther seguia Ivana com cautela. Ela se mantinha alerta, sem saber o que esperar. Ivana não fez nada além de guiá-la até uma área diferente, onde a levou até um homem.Quando Esther o viu, logo o reconheceu. Era o Vasco, o homem que a tinha resgatado de Ivana pouco tempo atrás.— Sr. Vasco,
No hotel, tudo estava uma bagunça.Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.As meias-calças estavam rasgadas por ele.Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.Ela quem tinha chamado.Exatamente o tipo que Marcelo Mendes go
Ao ouvir as suas palavras, Esther ficou surpresa e quase torceu o tornozelo. Perdendo o equilíbrio, ela se apoiou nele. Marcelo sentiu seu corpo inclinar e segurou sua cintura. O calor do toque trouxe de volta as lembranças da noite passada, quando ele a tomou com intensidade.Esther tentou se acalmar e levantou a cabeça para encarar ele. Seus olhos profundos eram sérios, com um misto de questionamento e dúvida, como se estivessem prestes a desvendar seus segredos. O coração de Esther batia acelerado. Ela não ousava sustentar o olhar dele por mais um segundo e, instintivamente, abaixou a cabeça.Quando ele pensou que a mulher que estava com ele ontem era aquela que acabou de ver, ficou furioso. Se soubesse que era ela, o destino dela não seria muito diferente.Mas ela não podia aceitar isso. Se Marcelo soubesse que era ela, será que o casamento deles poderia durar um pouco mais?Ela não teve coragem de olhar nos olhos dele: - Por que está perguntando isso?Apenas ela própria sabi
Ela levantou a cabeça e viu Sofia com um avental, segurando uma concha.Quando viu Esther, seu sorriso vacilou por um instante, mas logo voltou a ser acolhedor: - É uma amiga da tia? Acabei de fazer uma sopa, entre e se sente.Sua postura era tranquila, com uma atitude totalmente de dona da casa.Parecia que Esther era a visitante de longe.De fato, em breve ela seria uma estranha.Esther franziu a testa, se sentindo extremamente desconfortável.Quando se casou com Marcelo, fez um anúncio para toda a cidade. Sofia até enviou uma carta de felicitações. Então não tinha como ela não saber que ela era a esposa do Marcelo.Vendo que Esther não se mexia na porta, Sofia logo se aproximou e segurou sua mão: - Quem vem é sempre bem-vindo. Não seja tímida, entre.Quando ela se aproximou, o ar trouxe um leve aroma de jasmim, o mesmo perfume que Marcelo tinha dado a Esther no aniversário do ano passado, exatamente igual.Esther sentiu a garganta doer e a respiração ficar pesada, como se tivesse
- A Esther parece que não está muito bem hoje, ela não quis vir entregar os documentos, então só eu vim. - Sofia colocou sua mão queimada na frente dele. - Marcelo, você também não precisa culpar a Esther, acho que não foi de propósito, não atrasou nada, né.Os documentos da empresa acabaram indo parar nas mãos erradas, e esta foi a primeira vez que Esther fez algo assim.Marcelo estava com o semblante fechado, mas diante de Sofia ele conteve a raiva, apenas ajustou a gravata e falou num tom neutro: - Não tem problema. - Mudando de assunto, ele continuou. - Já que está aqui, que tal sentar um pouco?Ouvindo ele dizer isso, Sofia se sentiu um pouco animada. Pelo menos ele a aceitava, não a detestava.- Você não ia ter uma reunião? Não vou te atrapalhar?Marcelo então fez uma ligação: - A reunião foi adiada em meia hora.Sofia sorriu de canto, antes de vir, ela estava preocupada se ele guardava rancor por ela ter partido sem avisar, mas as coisas não pareciam tão ruins quanto imaginava
Esther parou de repente, não havia aquela harmonia de casal entre eles, mas sim uma distância mais como de um superior para uma subordinada. - Sr. Marcelo, tem mais alguma ordem? - Ela perguntou.Marcelo se virou para encarar o rosto distante de Esther, com um tom de comando em sua voz. - Se sente.Esther de repente não entendeu o que ele queria fazer.Marcelo se aproximou.Esther o observava se aproximando, e nesse momento, algo parecia diferente, fazendo ela sentir o ar rarefeito. Era puro ervosismo, com uma sensação estranha.Ela não se moveu, mas Marcelo tomou a iniciativa de segurar sua mão.Quando a palma quente dele tocou a dela, foi como se fosse queimada, queria puxar ela para longe, mas Marcelo segurou firmemente, não dando a ela a chance de se soltar, levando ela para o lado e perguntando com a testa franzida: - Você machucou sua mão, e não percebeu?Sua preocupação surpreendeu Esther. - Eu... Está tudo bem.- Sua mão está com bolhas. - Marcelo perguntou. - Por que não