A aliança de homem não tinha o diamante tão grande quanto a feminina, mas era um pouco maior, e o círculo de pequenos diamantes brilhava de maneira encantadora. O mais importante era que podiam gravar algo nelas.Ela olhou para Bernardo, seus olhos brilhavam de expectativa, e perguntou: — Podemos colocar nossos nomes? Daqui a um mês, o seu anel será meu. Eu pago... Não quero que você se sinta na obrigação de fazer isso.Bernardo não queria causar desconforto, mas ele nunca faria uma mulher pagar por algo. — Se quer gravar, grave. Quanto ao pagamento, eu cuido disso. — Bernardo respondeu suavemente.Ele fez um sinal para a vendedora, com um olhar que dizia claramente “faça o pagamento”.— Não precisa embrulhar, vamos levar assim mesmo. — Julia rapidamente interrompeu, ansiosa. — Podemos usar agora.Os olhos de Julia estavam cheios de esperança e alegria. Ela estendeu a mão, com ansiedade e expectativa visíveis.Bernardo não recusou. Quando colocou a aliança na mão de Julia, ela não co
Vitor olhou para Marcelo com frieza, seu olhar profundo era impossível de ler.Em outro momento, para Vitor, Marcelo não era exatamente alguém com quem ele tivesse uma relação próxima, mas pelo menos se dava bem com ele. Vitor nunca se envolvia nas questões da família, deixava que fosse Marcelo quem comandasse tudo. Mesmo após os erros de Joana, ele havia ficado ao lado de Marcelo.Mas agora...Marcelo, com uma expressão indiferente e um tom de voz calmo, porém firme, disse: — O que meu avô deixou para você, eu não vou pegar.Ou seja, o que não foi dado a ele, Vitor jamais teria acesso.Vitor franziu a testa, surpreso por Marcelo ser tão irredutível. Ele apontou para Marcelo e disse com a voz mais grave e ameaçadora: — Marcelo, não se esqueça, se não fosse pela família Mendes, você não estaria onde está hoje. Algumas coisas, eu não quero deixar explícito... Faço isso para te dar uma chance, mas se você... — Quer mesmo dizer que não sou da família Mendes? — Marcelo interrompeu, solta
No hotel, tudo estava uma bagunça.Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.As meias-calças estavam rasgadas por ele.Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.Ela quem tinha chamado.Exatamente o tipo que Marcelo Mendes go
Ao ouvir as suas palavras, Esther ficou surpresa e quase torceu o tornozelo. Perdendo o equilíbrio, ela se apoiou nele. Marcelo sentiu seu corpo inclinar e segurou sua cintura. O calor do toque trouxe de volta as lembranças da noite passada, quando ele a tomou com intensidade.Esther tentou se acalmar e levantou a cabeça para encarar ele. Seus olhos profundos eram sérios, com um misto de questionamento e dúvida, como se estivessem prestes a desvendar seus segredos. O coração de Esther batia acelerado. Ela não ousava sustentar o olhar dele por mais um segundo e, instintivamente, abaixou a cabeça.Quando ele pensou que a mulher que estava com ele ontem era aquela que acabou de ver, ficou furioso. Se soubesse que era ela, o destino dela não seria muito diferente.Mas ela não podia aceitar isso. Se Marcelo soubesse que era ela, será que o casamento deles poderia durar um pouco mais?Ela não teve coragem de olhar nos olhos dele: - Por que está perguntando isso?Apenas ela própria sabi
Ela levantou a cabeça e viu Sofia com um avental, segurando uma concha.Quando viu Esther, seu sorriso vacilou por um instante, mas logo voltou a ser acolhedor: - É uma amiga da tia? Acabei de fazer uma sopa, entre e se sente.Sua postura era tranquila, com uma atitude totalmente de dona da casa.Parecia que Esther era a visitante de longe.De fato, em breve ela seria uma estranha.Esther franziu a testa, se sentindo extremamente desconfortável.Quando se casou com Marcelo, fez um anúncio para toda a cidade. Sofia até enviou uma carta de felicitações. Então não tinha como ela não saber que ela era a esposa do Marcelo.Vendo que Esther não se mexia na porta, Sofia logo se aproximou e segurou sua mão: - Quem vem é sempre bem-vindo. Não seja tímida, entre.Quando ela se aproximou, o ar trouxe um leve aroma de jasmim, o mesmo perfume que Marcelo tinha dado a Esther no aniversário do ano passado, exatamente igual.Esther sentiu a garganta doer e a respiração ficar pesada, como se tivesse
- A Esther parece que não está muito bem hoje, ela não quis vir entregar os documentos, então só eu vim. - Sofia colocou sua mão queimada na frente dele. - Marcelo, você também não precisa culpar a Esther, acho que não foi de propósito, não atrasou nada, né.Os documentos da empresa acabaram indo parar nas mãos erradas, e esta foi a primeira vez que Esther fez algo assim.Marcelo estava com o semblante fechado, mas diante de Sofia ele conteve a raiva, apenas ajustou a gravata e falou num tom neutro: - Não tem problema. - Mudando de assunto, ele continuou. - Já que está aqui, que tal sentar um pouco?Ouvindo ele dizer isso, Sofia se sentiu um pouco animada. Pelo menos ele a aceitava, não a detestava.- Você não ia ter uma reunião? Não vou te atrapalhar?Marcelo então fez uma ligação: - A reunião foi adiada em meia hora.Sofia sorriu de canto, antes de vir, ela estava preocupada se ele guardava rancor por ela ter partido sem avisar, mas as coisas não pareciam tão ruins quanto imaginava
Esther parou de repente, não havia aquela harmonia de casal entre eles, mas sim uma distância mais como de um superior para uma subordinada. - Sr. Marcelo, tem mais alguma ordem? - Ela perguntou.Marcelo se virou para encarar o rosto distante de Esther, com um tom de comando em sua voz. - Se sente.Esther de repente não entendeu o que ele queria fazer.Marcelo se aproximou.Esther o observava se aproximando, e nesse momento, algo parecia diferente, fazendo ela sentir o ar rarefeito. Era puro ervosismo, com uma sensação estranha.Ela não se moveu, mas Marcelo tomou a iniciativa de segurar sua mão.Quando a palma quente dele tocou a dela, foi como se fosse queimada, queria puxar ela para longe, mas Marcelo segurou firmemente, não dando a ela a chance de se soltar, levando ela para o lado e perguntando com a testa franzida: - Você machucou sua mão, e não percebeu?Sua preocupação surpreendeu Esther. - Eu... Está tudo bem.- Sua mão está com bolhas. - Marcelo perguntou. - Por que não
Ela estava tonta, com estrelas nos olhos, ouvindo alguém ansioso dizer: - O que está acontecendo com vocês? Como foi possível esse erro! Esther, Esther...À medida que a voz se afastava, Esther desmaiou.Ao acordar novamente, Esther estava no hospital, olhando para o teto branco, ainda tonta, com uma dor de cabeça intensa.- Esther, você acordou! - Fernanda se levantou com os olhos vermelhos da cadeira, preocupada, perguntando sobre sua condição. - Você está se sentindo mal em algum lugar? Preciso chamar o médico.Esther olhou para ela, mesmo estando fraca, ainda se sentou instintivamente: - Estou bem, e como está a situação no canteiro de obras? Alguém mais se machucou?Fernanda disse: - Não se preocupe com o que está acontecendo no canteiro agora. Você teve uma concussão, me assustou muito, pensei que você não fosse acordar.Ela começou a chorar novamente. Fernanda era sua assistente que sempre a acompanhava e Esther cuidava muito dela.Ela era jovem e nunca tinha enfrentado uma