Sr. Marcelo se desabou em lágrimas ao encontrar o exame de gravidez
Sr. Marcelo se desabou em lágrimas ao encontrar o exame de gravidez
Por: Solange Silva
Capítulo 1
No hotel, tudo estava uma bagunça.

Esther Moura acordou com uma dor intensa pelo corpo.

Ela massageou a testa, pronta para se levantar, e olhou para a figura alta deitada ao lado dela.

Um rosto exageradamente bonito, com traços definidos e olhos profundos.

Ele ainda dormia profundamente, sem sinal de despertar.

Esther se sentou, o cobertor deslizou, revelando seus ombros brancos e sensuais, marcados por algumas manchas.

Ela desceu da cama, e no lençol havia marcas claras de sangue.

Ao ver a hora, percebeu que estava quase na hora de ir para o trabalho. Pegou o tailleur que estava jogado no chão e vestiu.

As meias-calças estavam rasgadas por ele.

Ela as amassou e jogou no lixo, calçando os sapatos de salto alto.

Ao mesmo tempo, alguém bateu na porta.

Esther já estava vestida e pronta, parecendo novamente a secretária eficiente, pegou sua bolsa e foi em direção à saída.

Quem entrou foi uma jovem de aparência pura e inocente.

Ela quem tinha chamado.

Exatamente o tipo que Marcelo Mendes gostava.

- Você só precisa deitar na cama e esperar o Sr. Marcelo acordar, não precisa dizer mais nada. - Esther disse.

Ela olhou para trás, vendo o homem adormecido na cama, e um gosto amargo subiu de repente. Mesmo assim, ela saiu do quarto.

Esther não queria que Marcelo soubesse que eles tinham dormido juntos na noite anterior.

Eles tinham um acordo, depois de três anos de casamento secreto, poderiam se divorciar.

Durante esse tempo, ela não poderia fazer nada impróprio.

Esther foi a secretária pessoal de Marcelo por sete anos e sua esposa por três.

Desde o dia em que se formou, ela esteve ao lado dele, sem nunca se afastar.

Foi também naquele dia que ele a advertiu de que a relação deles deveria ser apenas profissional.

Eles não poderiam ultrapassar essa linha.

Esther estava na janela do corredor, ainda pensando no que aconteceu ontem. Ele a segurou na cama, chamando por "Fifi".

Seu coração doeu.

A Fifi era o primeiro amor dele. Ele a via como uma substituta de Fifi.

Ela conhecia Marcelo. Ele não queria que algo acontecesse entre eles.

Esse casamento, que apenas ela levava a sério, tinha que acabar.

O que aconteceu na noite passada seria o ponto final nos três anos deles juntos.

Ela pegou o celular e viu uma manchete: “Nova estrela da música, Sofia Júnior, retorna ao país com seu noivo!”

Esther apertou o celular com força, sentindo um gosto amargo no coração e o nariz ardendo.

Finalmente entendeu por que ele bebeu tanto na noite passada e por que chorou em seus braços.

O vento frio soprava sobre ela. Esther deu um sorriso amargo, guardou o celular e tirou uma caixa de cigarros da bolsa.

Acendeu um cigarro, o segurando entre o dedo indicador e o médio. A fumaça envolveu seu rosto solitário e belo.

Nesse momento, Fernanda Pires veio correndo, ofegante:

- Esther, a roupa do Sr. Marcelo chegou. Vou levar para ele agora.

Esther foi interrompida em seus pensamentos e se virou.

Ela deu uma olhada rápida:

- Espera aí.

Fernanda parou:

- Mais alguma coisa, Esther?

- Ele não gosta de azul, troque por preto. A gravata, pegue uma listrada e passe de novo, não deixe nenhuma dobra. Ah, e não coloque no saco plástico, ele odeia o barulho de plástico. Coloque no cabide e leve assim.

Esther, como uma espécie de governanta particular do Marcelo, lembrava de cada hábito dele. Em todos esses anos, nunca tinha errado.

Fernanda ficou chocada. Nos três meses trabalhando ali, ver o rosto do Sr. Marcelo com aquela cara de poucos amigos já era o suficiente para deixar ela apavorada.

Hoje, por pouco, fez besteira de novo.

Fernanda correu para trocar:

- Obrigada, Esther.

De repente, um grito baixo veio da suíte:

- Fora!

Logo em seguida, veio o grito apavorado de uma mulher.

Pouco depois, a porta do quarto se abriu.

Fernanda saiu com os olhos vermelhos, cabisbaixa.

Ela tinha levado uma bronca.

E dessa vez, o Sr. Marcelo estava bem irritado.

Ela olhou para Esther, pedindo ajuda:

- Esther, o Sr. Marcelo pediu para você entrar.

Esther olhou para a porta aberta, também com receio de não dar conta:

- Pode descer.

Ela apagou o cigarro no cinzeiro e foi direto para a suíte.

Ela estava na porta e viu que o interior da suíte estava uma bagunça completa, as coisas ao redor de Marcelo estavam todas espalhadas.

Um abajur quebrado, uma tela quebrada e um celular que ainda vibrava.

A mulher que ela tinha chamado estava tão assustada que não se movia, nua, sem saber onde se colocar, com um olhar culpado nos olhos.

Marcelo estava sombrio, sentado na cama, com um corpo bem proporcionado devido ao seu exercício regular. Seus músculos estavam bem definidos, com um peito amplo e abdominais destacados, as linhas do abdômen levemente visíveis sob as cobertas. Parecia muito atraente, só que seu rosto bonito estava completamente sombrio, olhos carregados, à beira de explodir em fúria.

Esther deu alguns passos para frente, levantou o abajur e colocou um copo de água na mesa de cabeceira.

- Sr. Marcelo, você tem uma reunião às nove e meia. Pode se levantar agora.

Os olhos de Marcelo estavam com um olhar frio e intenso fixos na mulher. Parecia que ele ainda não conseguia acreditar no que via.

Esther percebeu isso e disse à mulher:

- Pode ir embora agora.

A mulher, aliviada, pegou suas roupas e saiu rapidamente, sem ousar parar nem por um momento.

Tudo ficou em silêncio novamente.

Marcelo desviou o olhar e voltou a focar em Esther. Como de costume, Esther entregou um copo de água a ele e colocou a camisa ao lado da cama:

- Sr. Marcelo, pode vestir a camisa agora.

Marcelo estava com uma expressão séria, sua insatisfação era evidente em seus olhos, ele disse friamente:

- Onde você estava ontem à noite?

Esther ficou momentaneamente surpresa. Ele estava a culpando por não ter cuidado ele adequadamente, permitindo que outra mulher se aproximasse, desapontando sua Fifi?

Ela respondeu com um tom suave:

- Sr. Marcelo, você estava bêbado, agindo de forma imprudente por causa do álcool. Somos adultos, não há necessidade de se preocupar tanto.

Seu tom era tranquilo, como se estivesse prometendo resolver tudo, assegurando que nenhuma outra mulher viria atrapalhar ele.

Ele a encarou intensamente e, com veias saltando em sua testa, perguntou:

- Vou te perguntar pela última vez, onde você estava ontem à noite?

Esther se sentiu um pouco nervosa:

- Tenho trabalhado muito recentemente, estava tão cansada que acabei adormecendo no escritório.

Mal ela terminou de falar, ouvindo Marcelo resmungar friamente.

Ele estava com uma expressão severa, com os lábios firmemente selados, se levantou da cama e pegou uma toalha para se enrolar.

Esther observou suas costas, seus olhos se umedeceram um pouco.

Ele sempre se escondia na frente dela. Parecia que ser olhado por ela era algo extremamente repulsivo. Mas na noite passada, quando a tratou como Fifi, ele não foi assim.

Quando ela se deu conta, Marcelo já havia terminado de tomar banho e estava em pé diante do espelho.

Esther se aproximou e, como de costume, começou a abotoar sua camisa.

Ele era alto, com seus 1,88 metros de altura. Embora ela também tivesse 1,68 metro, ainda faltava um pouco de altura para conseguir colocar a gravata nele.

Ele parecia ainda estar irritado por ter se sujado, se desculpando com sua Fifi, e estava tão frio e orgulhoso que não se curvava.

Ela teve que ficar na ponta dos pés, segurando a gravata ao redor do pescoço dele.

Enquanto ela estava concentrada em amarrar a gravata, a respiração quente de Marcelo se espalhou pelo ouvido dela, e ele falou com a voz rouca:

- Esther, aquela mulher de ontem à noite era você, né?
Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo