— Professora, muito obrigada! Você é realmente uma ótima professora! — Sílvia disse, com um sorriso cheio de gratidão. — A propósito, a nossa Melissa está bem com você? Ela não te deu nenhum trabalho, deu?

Natacha hesitou por um momento. Ela não sabia como falar com Sílvia sobre Melissa.

Enquanto observava Isabela, que começou a cozinhar logo ao entrar em casa, Natacha viu o quanto o corpo pequeno da menina, provavelmente por conta de uma má nutrição, mal alcançava a altura do fogão.

Olhou novamente para Sílvia, que, apesar de ter apenas um pouco mais de quarenta anos, já tinha tantos cabelos brancos e um rosto marcado pela vida difícil que levava.

De repente, todas as palavras que Natacha tinha a dizer ficaram presas em sua garganta.

Vendo que Natacha permanecia em silêncio, Sílvia continuou:

— A nossa Melissa sempre foi muito estudiosa. Se não fosse pela família em que nasceu, alguém tão inteligente como ela nunca teria que trabalhar como empregada. Infelizmente, eu e o pai dela nos