Maya— Acho melhor você ficar mansinha comigo, porque eu tenho testemunhas de que você tem ficado no LasGold com aquele velho bilionário do Texas. O que está fazendo, Maya? Se prostituindo? — A sua arrogância fez o meu sangue ferver. — É isso que dá fazer faculdade solta por aí, longe da família. Não sabia que a falta de uma figura materna dentro de casa faria de você uma vadia. — O meu sangue transbordou e eu parti para cima dela.Acertei-lhe um forte tapa no seu rosto, jogando-a no chão. Parti para cima dela e agarrei os seus cabelos desferindo um soco abaixo do olho. Ela gritou pedindo por socorro e tentando livrar-se de mim. Acertei mais um soco mirando a sua boca e só saí de cima dela quando vi sangue escorrer por seu lábio.— Você nunca mais trate a minha mãe como se ela já estivesse morta, porque ela não está! A respeite e saiba que a vadia aqui é você! Saia da minha casa! — gritei e ela levantou-se com dificuldades, pegando a chave caída no chão. — Me dê isso aqui. — Tomei as c
MayaNo dia seguinte, acordei com Bow em cima de mim, latindo alto no meu ouvido. Sentei-me na cama e peguei o meu celular, assustando-me com as horas que eram. Passavam das duas da tarde, eu havia perdido toda a manhã. Com uma leve dor de cabeça, levantei à procura de um remédio na cozinha. Depois de tomá-lo, sentei-me à mesa e comi um prato de biscoitos com gotas de chocolate, acompanhado de um copo de leite. Bow estava agitado dentro de casa, ele não parava de latir e arranhar a porta da frente.— Pare, Bow. O seu latido ecoa na minha cabeça — pedi alto, mas ele continuou. — O que quer lá fora uma hora dessas? — perguntei irritada.Fui até ele e acariciei os seus pelos antes de abrir a porta. Ele mal esperou que eu a abrisse e saiu espremendo-se por uma fresta. Quando saí na varanda, havia um lindo arranjo de flores vermelhas sobre a pequena mesa redonda de vidro ao lado do sofá de bambu. Bow sentou-se ao meu lado e finalmente se calou. No arranjo, havia um cartão. Eu o peguei com a
MayaAmanheceu e o meu despertador no celular tocou as sete, acordando-me em um susto com a música estridente e alta. Tomei um banho e me arrumei para a viagem.— Se é a coisa certa a se fazer, eu não sei. Só sei que quero ir — disse para mim mesma, enquanto escovava os meus cabelos na frente do espelho do banheiro.Desci para a cozinha e a cafeteira havia acabado de passar o café. Servia-me de uma caneca quando a porta da sala foi aberta e o meu pai entrou com a cara tão amarrotada quanto a roupa.— Bom dia. — Estendi-lhe a caneca que havia arrumado para mim.— Eu pego outra — disse aproximando-se de mim.— Tudo bem. Pode pegar essa. Parece estar precisando mais do que eu.Ele sorriu e pegou a caneca da minha mão, antes de me dar um beijo na testa.— Obrigado, filha. Para que é a mala na sala? — perguntou sentando-se à mesa.— Eu vou passar uns dias em Seattle com alguns amigos da faculdade. Achei que a mamãe tivesse lhe dito — menti me servindo de café.— Não disse. Quando volta?— E
MayaBrandon estava imóvel e de olhos fechados no chão. Abaixei-me ao seu lado e chequei os seus sinais vitais, ele havia apenas desmaiado. Olhei para Victor e ele ainda estava sendo segurado por seus outros seguranças. Ele tinha o seu olhar vidrado em mim e o seu rosto estava vermelho de raiva.— Me soltem! — ordenou Victor em um grito e os homens o obedeceram. — Tirem esse traste daqui! — mandou antes de sair do quarto.— Você está bem, Maya? — perguntou Noberto ao se aproximar de mim.— Hum-hum... — resmunguei assentindo.Saí do quarto e parei diante de uma porta aberta no corredor. Era uma sala não muito grande, uma mistura de biblioteca com escritório. Nas paredes havia algumas estantes cheias de livros. Ao canto, um jogo de sofá e poltronas brancas. Próxima à janela, uma grande mesa de escritório e depois dela, estava Victor sentado em uma cadeira com os cotovelos apoiados sobre a mesa e o seu rosto afundado nas mãos. Entrei e aproximei-me dele lentamente. Toquei o seu ombro e co
MayaDepois do banho, vesti uma calça jeans e uma blusa de mangas compridas, o clima estava começando a esfriar. Fui para a sala e encontrei Victor sentado no sofá, tomando uísque enquanto observava o fogo na lareira elétrica. Caminhei até ele e sentei-me ao seu lado. Victor estendeu o seu braço esquerdo, o oferecendo para me aconchegar nele e assim eu fiz. Depois do jantar nos sentamos na varanda enrolados em um cobertor bebendo vinho e admirando a espetacular vista noturna da cidade.— Onde será o baile? — perguntei-lhe.— Você não precisa saber. Só tem que estar perfeita para esta noite — respondeu antes de tomar mais um gole do seu vinho.— Vamos para a cama? Está ficando mais frio aqui.— Vamos — concordou levantando-se.Fomos para o quarto e ele se trocou colocando uma calça de seda preta para dormir. Depois de vestir uma camisola, deitei-me do outro lado da cama e me ajeitei confortavelmente debaixo dos cobertores. Victor deitou-se ao meu lado e me puxou para ele. Fiquei ali nos
MayaAo chegamos à frente do prédio, o motorista abriu a porta e estendeu-me a sua mão para me ajudar a descer. O lugar era lindo, de uma arquitetura bem moderna e vidros espelhados por todo o edifício no lado de fora. Era tão alto, que o seu topo se perde em meio às nuvens e o arranha-céu. Entramos e logo Victor foi abordado por uma mulher que o esperava no hall com pastas na mão. Ela vestia um vestido preto e justo até os joelhos e com um decote um tanto exagerado para um ambiente de trabalho.— Senhor White. Seja bem-vindo a Cash Dynasty — disse estendendo a sua mão para ele, que aceitou o seu cumprimento. — Eu sou Celeste. Serei sua nova subalterna.Odiei a forma como ela se ofereceu a ele com os seus seios à mostra e apresentando-se por seu primeiro nome. Odiei mais ainda como a palavra “subalterna” saiu da sua boca. Quem ainda diz essa palavra hoje em dia?— Obrigado, senhorita... — disse Victor esperando que ela pronunciasse o seu sobrenome.— Hank — disse diminuindo o seu sorri
MayaDepois de algumas horas sentada no sofá, conversando com Penny e a minha mãe por mensagens, saímos para almoçar. Victor me levou até o Sky City, um luxuoso restaurante dentro do Space Needle, que eu nem mesmo sabia que existia.— Boa tarde. Sejam bem-vindos ao Sky City — um rapaz nos recepcionou. — Qual o seu nome, senhor, para que eu possa verificar a sua reserva? — perguntou pegando um iPad nas mãos.— Scott! — chamou uma mulher.— Sim, Sra. Reynolds — disse ele virando-se para ela.— Desculpe-me, Victor. Scott é novato aqui — explicou ela com um sorriso sem graça no rosto. — Como vai, querido?— Olá, Jillian — cumprimentou ele antes de trocar beijos no rosto com a mulher. — Vou bem e você?— Muito bem, obrigada — respondeu e virou o seu rosto para mim, esperando apresentações.— Esta é Maya Valentine. Maya, esta é uma velha amiga, Jillian.— Velha não, Victor. Por favor. Antiga é mais apropriado — disse humorada, arrancando um riso do Victor. — A sua secretária? — perguntou-lhe
MayaFinal da tarde chegou e voltamos para a suíte no hotel. Mal entramos e problemas de trabalho já surgiram para Victor. Ele se trancou no pequeno escritório com Noberto e outros três homens que o aguardavam no hall de entrada do hotel quando chegamos. Tomei um banho relaxante para aliviar o cansaço de um dia todo andando pelas ruas de Seattle e resolvi descer para andar pelas lojas no térreo do hotel, acompanhada por um dos seus seguranças, é claro. Passei por uma loja e algo chamou a minha atenção na vitrine. O preço não era muito convidativo, mas eu ainda tinha um dinheiro guardado na minha conta bancária, do meu antigo emprego no Roger's. Não era muita coisa, mas dava para comprar a lingerie mais bonita que eu já tinha visto.— Como posso ajudá-la? — perguntou a vendedora assim que entrei na loja. — Gostei daquela lingerie no manequim da vitrine. — Ela acompanhou com o seu olhar para onde eu apontava e sorriu para mim.— Tamanho quarenta? — perguntou ela, analisando o meu corpo