MayaNo dia seguinte, Victor foi para o trabalho após deixar-me no campus. Da hora que acordei até o momento que desci do seu carro, ele apenas me dirigiu poucas palavras necessárias. Devia ainda sentir raiva pelo meu erro e eu não o culpava por me odiar.Saí para caminhar com a Penny no parque e depois iríamos nos encontrar com Dirck para um café no centro da cidade. Durante a caminhada, contei-lhe tudo o que houve desde o final de semana. Ela disse que não sabia o que me dizer, até mesmo porque nunca viveu um "relacionamento" como o qual estava envolvida no momento.Quando chegamos ao café, Dirck já nos aguardava sentado à mesa no mezanino. Nós conversamos e rimos como costumávamos fazer antes, ao menos uma vez por semana. Nós nos despedimos da Penny na calçada, onde ela tomou um táxi e seguiu para seu próximo compromisso. Eu iria pegar outro até o campus, mas Dirck ofereceu-me uma carona e eu aceitei.Ao chegarmos, despedi-me dele com um abraço e o agradeci antes de descer do carro
Maya— Victor... Se isso chegar aos olhos e ouvidos da minha família... eu estou ferrada! — falei, entrando em completo desespero. — O que os meus pais vão pensar sobre isso? O meu pai, principalmente, ele é um homem de mente fechada e acreditaria fácil nessa notícia m*****a. Vão me odiar pelo resto da vida deles. — Senti um pouco de falta de ar.— Calma, Maya — pediu levantando-se e vindo até mim. — Eu já tenho uma equipe trabalhando para retirar isso da internet e as malditas revistas das bancas. Também pedi a pessoas da minha confiança para descobrirem quem foi a fonte segura desse jornalista de merda. — Victor abraçou-me, aconchegando a minha cabeça junto ao seu peito e acariciou as minhas costas. Passei os meus braços à volta do seu corpo juntando-me mais a ele e sentindo o calor dos seus braços. — Não fique assim, minha querida. Aquilo são apenas bobagens cuspidas em um computador.— Eles estão dizendo a verdade — disse baixo.— Não, Maya! Você é minha submissa, não uma acompanha
MayaVoltei para a cozinha e terminei o jantar. Estava colocando a mesa quando a porta da frente foi aberta e o meu pai passou por ela.— Maya! — disse surpreso vindo até mim.— Oi, pai — cumprimentei-o indo até ele e o abraçando apertado.— O que faz aqui? Achei que iria demorar a voltar para casa.— Sim, mas... eu decidi que férias são férias e você e a mamãe são mais importantes que qualquer outra coisa.Ele sorriu e beijou-me na testa.— Esse cheiro bom significa que fez o jantar? — perguntou sorrindo e indo em direção ao fogão.— Sim. Tentei reproduzir o bolo de carne da mamãe, mas não prometo que tenha ficado tão bom quanto o dela — respondi terminando de pôr a mesa.— Ah, querida... eu vou amar tudo que não venha em uma caixa de papelão. Já estou ficando com o gosto daquilo impregnado na minha boca — disse com a boca cheia do purê que estava sobre a mesa.— Pode pegar o bolo no forno, por favor?— Mas é claro.Ele colocou a travessa de porcelana sobre a mesa e sentou-se à minha
MayaAbri o meu armário à procura de algo para vestir e peguei um vestido preto que não usava desde o colegial. Ele foi presente da minha avó. Preto com brilhos prateados, alças de correntes finas, decote em "V" nos seios e de comprimento até o meio das coxas. Lembro-me do dia em que ganhei aquele vestido, o meu pai teve um surto de ciúmes. Ficou sem falar com a minha avó pôr dias. Acusou-a de tentar me transformar em uma mulher aos dezessete anos.Vesti e fiquei surpresa por ainda caber no meu corpo. Ele estava mais justo no busto, mas ainda assim ficou perfeito. Coloquei um cinto fino e preto na cintura, e calcei sandálias pretas de salto alto. Peguei a minha jaqueta de couro preto e uma bolsa pequena para colocar apenas o essencial, que seria minha carteira de motorista, chaves, dinheiro e um batom. Quando abri a minha gaveta da cômoda para pegar o batom, vi um preservativo no canto. Confesso que foi tentador pegá-lo também e guardar na bolsa. Se fosse algumas semanas atrás, eu o pe
MayaNoberto estacionou o carro à frente do prédio da Grace e saiu para abrir a porta. Desci logo depois dela para me despedir, agradecer pela noite e desculpar-me pelo modo como tudo acabou.— Eu te ligo amanhã — tranquilizei-a antes de soltá-la do meu abraço e entrar novamente no carro. — Como ele me achou? — perguntei ao Noberto quando pôs o carro em movimento.— Olhos em todos os lugares, srta. Valentine. Olhos em todos os lugares — disse encarando a estrada à frente.O carro seguiu viagem e logo paramos à frente do Hotel LasGold, no centro da cidade, e outro homem, que deduzi trabalhar no hotel, veio até nós e abriu a porta para mim. Saí com a sua ajuda e Noberto guiou-me para dentro. Atravessamos o luxuoso saguão com decoração em marfim, branco e dourado, em direção ao elevador privado que nos levou até a cobertura. Quando as portas do elevador se abriram, havia dois homens de pé na porta da suíte de braços cruzados à frente do peito. Um deles abriu a porta para nós e eu entrei,
MayaVictor se levantou e estendeu-me as suas mãos para me ajudar a levantar. Ele pegou-me no seu colo e nos levou ao banheiro, colocando-me sentada à beira da banheira. Ligou a água quente e agachou-se à minha frente, tomando o meu tornozelo nas suas mãos e retirando as sandálias que eu calçava. Victor beijou a minha coxa e deixou uma leve mordida. Olhando-me nos olhos, escorregou a sua mão por baixo do vestido, até tocar a minha calcinha. Tive vontade de empurrá-lo para longe de mim e sair correndo, mas tive medo de que ele não me deixasse ir e me batesse outra vez.Ele desligou a torneira que enchia a banheira, mandando que eu tirasse o meu vestido e a minha calcinha. Victor despiu-se na minha frente e não pude deixar de notar que ele estava completamente excitado. Toda essa situação o excita? Não acredito! Ele entrou na banheira e me ajudou a entrar em seguida. Sentei-me dentro da água quente, entre as suas pernas, sentindo a sua ereção cutucar as minhas costas. Se fosse em outro m
Maya— Estou pronta — disse a Brandon ao entrar na sala.Ele abriu a porta e nós saímos tomando o elevador para o térreo, onde um carro nos aguardava na frente do hotel. Entramos e logo ele colocou o carro em movimento.— Brandon — chamei-o curvando-me para frente, chegando mais perto do seu banco.— Sim, senhorita. Deseja passar em algum lugar antes de irmos ao hospital? — perguntou educadamente.— Não, direto para lá. Mas quero te pedir outra coisa.— O que desejar.— Será que você pode ficar do lado de fora do hospital? — perguntei e ele olhou-me pelo retrovisor. — Eu sei que as suas ordens são de ficar comigo o tempo todo, mas é que o meu pai... quer dizer... não só ele, mas todos da minha família, não sabem sobre o Victor. Eles podem achar um pouco estranho ver você na minha cola. Entende? — Desculpe-me, senhorita, mas não posso me afastar por mais do que três metros. São ordens do sr. White.— Claro — tentei controlar a minha irritação e peguei o meu celular dentro da bolsa, par
MayaPassei a manhã com a minha mãe e à tarde tivemos a companhia da minha avó que nos levou um maravilhoso bolo. À noite, o meu pai insistiu em ficar com ela. Despedi-me de todos e saí em direção ao elevador. Brandon veio logo atrás de mim como um cachorrinho adestrado. Dentro do elevador, reparei que ele mandava uma mensagem a alguém. Provavelmente ao Mestre controlador doente. Todas as vezes do dia que passei por Brandon, ele estava exatamente no mesmo lugar. Entrei no carro e logo já estávamos entre as luzes dos faróis e da iluminação da rua. Distraída no celular, nem mesmo percebi que não estávamos seguindo o caminho para minha casa.— Não vou voltar para o hotel. Vou para minha casa — disse impacientemente a Brandon.— Estou apenas obedecendo ordens, senhorita.Peguei o meu celular e liguei para o Victor, mas ele não atendeu. Insisti mais algumas vezes, mas fui ignorada novamente. Quando percebi, o carro já estava estacionando à frente do hotel. O porteiro abriu a porta e eu desc