Maya— O quê? Por quê? — questionei-a ficando de pé em um pulo, sentindo o desespero tomar conta de mim como uma avalanche.— Por favor, querida... Me compreenda. Eu não aguento mais viver naquele hospital. Os médicos dizem que não, mas eu sinto que não tenho mais cura. O câncer que estava estagnado voltou a se espalhar. Em alguns dias estarei com metástase e aí meu ciclo chegará ao fim. Eu desejo encerrar esta vida com quem mais amo neste mundo: minha família.Solucei alto em meio ao choro.— Perdoe-me, Maya. Mas entenda que não estou desistindo de você e do seu pai. Estou apenas desistindo de viver para alimentar esta doença maldita.— Mas, mãe... Talvez... Talvez a gente possa ir para outro lugar e tentar um novo tratamento, eu posso...— Ela não quer, Maya — disse meu pai parado na porta. — Deixe-a viver seus últimos dias como desejar vivê-los. Não podemos mais obrigá-la a mais tratamentos por puro egoísmo da nossa parte... por medo de perdê-la. Sua mãe está sofrendo. Eu estou sof
MayaSoltei-o e o vi sorrir para mim, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.— Desculpe por perder a noite de ontem. Só tivemos autorização para levantar voo às quatro da manhã.— Tudo bem. Mas vamos deixar combinado desde agora, que no próximo Natal você não irá trabalhar nem no dia ou na véspera.— Prometido. — Riu acariciando meu rosto.— Café? — Ofereci a ele.— Sim, por favor.Entramos e Victor cumprimentou a todos. Servi uma caneca cheia de café puro fumegante, sem açúcar e entreguei-a a ele.— Obrigado. — Sorriu e selou meus lábios. — Feliz Natal — sussurrou.— Feliz Natal, amor. — Sorri abertamente.Depois do desjejum, nos sentamos na sala e logo Clarice chegou com Sammy e Grace. Minutos depois, Will, o “amigo” da vovó, apareceu se juntando a nós. Meu pai conversava com Sammy em um canto próximo a escada. Eu estava sentada ao lado da minha mãe e Victor ouvia atentamente o filho contar como havia sido o seu dia anterior. Distraída em uma conversa, não vi quando Vict
Maya— Ela me ligou há três dias e me contou sobre a decisão dela. Ela só queria dizer que confiava você a mim. Pediu-me para cuidar de você até o fim. Fez-me jurar nunca te abandonar ou te magoar. Como se para fazer isso, fosse preciso prometer a alguém. — Sorriu deprimido.— Quando ela se for... vai doer muito? — Lágrimas começaram a escorrer em abundância pelo meu rosto.— Sim. Irá doer muito. Você vai achar essa dor insuportável e pensar que pode conviver com ela, mas terá de ser forte. Vai haver dias em que você se pegará esperando o telefone tocar e ser ela a te ligar, mas aí se lembrará de que isso não pode mais acontecer. E nesse momento... a dor vai voltar e você irá se culpar. Se culpar por aquele fim de semana que decidiu sair com os amigos ao invés de ficar em casa com ela ou por aquela ligação que prometeu retornar, mas se esqueceu. — Secou minhas lágrimas. — Mas, apesar de ela não estar mais em carne com você, ela estará aqui — apontou para o meu coração — para todo o se
MayaA semana até o Ano Novo passou muito rápido. Victor precisou viajar a trabalho na manhã seguinte ao Natal, mas permitiu que Caleb ficasse comigo. Meus pais se mudaram para a casa da minha avó, que, a propósito, fez um jantar em família para contar que ela e Will estavam começando um relacionamento amoroso com calma. Achei isso incrível, afinal, para amar e viver o amor não se tem idade.Sentada na varanda da frente da casa, terminei de ler para a minha mãe as últimas páginas do livro: A culpa é das Estrelas. Ela estava toda emocionada com a história e eu também. Eu quase conseguia sentir a dor dos pais da Hazel e Augustus, por saber que logo mais os perderia. Era sufocante essa sensação e desesperador esse pensamento.— Você tem um desejo, mãe? Um sonho que gostaria de realizar antes de ir, como a Hazel tinha de conhecer Peter Van Houten ou ir à Disney?— Tenho. — Sorriu. — Mas o meu é algo bem mais simples.— O que é?— Viajar com a família para o Havaí. Esse sempre foi o meu pl
MayaSua mão direita desceu pelas minhas costas até minha bunda, apertando-a de leve. Nosso beijo começou a ficar cada segundo mais voraz e quente. Sua outra mão subiu para a minha nuca e agarrou meus cabelos com força, mantendo-me imóvel. Seus lábios deixaram os meus e trilharam beijos pescoço abaixo até meu ombro onde deixou uma leve mordida que me fez gemer baixinho de olhos fechados e mordendo o lábio. Sua boca voltou à minha com um beijo guloso e possessivo. A mão que estava em minha bunda agora agarrava meu seio apertando-o com cuidado por baixo da blusa. Gemi novamente implorando para ser fodida ali mesmo. Já senti a excitação umedecer minha calcinha e estremecer meu ventre. Como era possível? Como era possível ele mal me tocar e eu logo me desmanchar de desejo por ele? Esse homem tinha um imenso poder sobre mim, era fato!— Pai! — Caleb chamou-o em grito, entrando na cozinha.Assustada, desprendi-me dele, mas Victor me puxou de volta para os seus braços.— Dá o fora, moleque!
MayaVictor abaixou a cabeça e assentiu. Podia ver a vergonha que ele sentia por ela.— Tenho algo para você. — Tirou do bolso interno do seu paletó uma caixinha retangular de veludo e a entregou-me. — Abra!Abri-a e dentro havia uma linda pulseira de platina com diamantes incrustados nela.— É assim que vai ser?— Vai ser... o quê?— Você irá prometer estar presente, mas então aparecerá um imprevisto no trabalho, o qual você vai julgar que todos são incapazes de resolvê-lo. Fará a escolha de me deixar esperando por você a noite toda e, quando finalmente chegar em casa, acha que pode consertar tudo com um presente caro. Não me trate como sua amante, Victor. Trate-me como sua esposa. Aquela que tem prioridade na sua vida depois do seu filho!Fechei a caixa e joguei-a sobre o sofá, indo ao banheiro e trancando-me lá dentro. Eu já estava há quatro dias em Houston e as coisas não estavam muito legais. Era hora de voltar para casa. Para os meus pais. Após o café da manhã, no dia seguinte,
Maya— Está se sentindo bem? Ficou pálida de repente.— Preciso me sentar.— Claro. — Ele me acompanhou até minha mesa. — Vou pedir para que tragam uma água para você.— Obrigada.— Querida... O que houve? — interrogou Victor com preocupação, puxando uma cadeira e sentando-se à minha frente.— Estou bem. — Sorri. — Só senti uma tontura de repente.— Sua água, senhorita. — O garçom estendeu-me o copo.— Obrigada. — Tomei toda a água e recostei-me na cadeira.Victor me observava em silêncio com um olhar preocupado.— Você devia ir ao médico. Sempre tão preocupada com todos e cuidando de tudo, menos de si mesma.— Eu preciso é de férias. — Coloquei o copo sobre a mesa e curvei-me em sua direção, segurando suas mãos em meu colo.— Vou agilizar nossa viagem ao Havaí. Que tal?— Ah... Isso seria ótimo! — dramatizei.— Okay. A gente viaja no fim do mês. Uma semana inteirinha para descansar e curtir nossa família.— Perfeito! — Beijei-o.***Os dias foram passando e a nossa tão esperada viagem
MayaEle imediatamente se colocou de pé e caminhou apressado até mim com sua postura rígida e passos pesados.— Pare! — mandei alto e ele parou, encarando-me sério com um olhar que me dizia: cuidado. — De joelhos. — Sorri com cinismo.— Não abusa, Maya, ou eu...— Não mandei você falar! — interrompi-o ríspida, mas incapaz de esconder meu divertimento. — Quero que me chupe... Agora!Rangendo os dentes, ele se aproximou e ficou de joelhos, agarrando minhas coxas. O toque das suas mãos fez-me estremecer. Victor puxou-me para a beirada do estofado e afundou seu rosto entre minhas pernas, começando a sugar-me lentamente. Ao sentir sua língua quente beijar minha boceta, que clamava por ele, agarrei seus cabelos e tentei curvar-me um pouco para frente fechando as pernas, mas ele me impediu. Gemi alto tentando controlar meu desespero por ele e por mais, mas não tinha forças para interrompê-lo empurrando-o para longe, assim como faz comigo quando me domina e percebe minha gula por ele. Bela Dom