Capítulo 13

Maya

No dia seguinte, ele bateu na porta dizendo que já passava das oito da manhã. Depois de me arrumar, desci para o café e saímos juntos para o hospital. Quando as portas do elevador se abriram no quarto andar, senti um enorme frio se instalar no meu estômago. Caminhamos pacientemente pelo corredor movimentado até o quarto. O meu pai abriu a porta e avistei a minha mãe deitada na cama. Aproximei-me dela e a observei dormir com tranquilidade.

A sua cabeça, sem nem um fio de cabelo, estava coberta por um lenço que lhe dei quando descobrimos o câncer de mama. Ela estava pálida e bem mais magra que a última vez que a vi. Senti-me tão culpada por estar longe de casa naquele momento tão delicado e doloroso das nossas vidas.

Sem perceber, uma lágrima quente e solitária escorreu por meu rosto sem nenhum aviso. Segurei a sua mão magra, notando que a sua pele estava marcada por hematomas de uma cor amarelada misturada com algumas pequenas manchinhas roxas. Eram marcas que denunciavam onde a s
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