MayaEla se levantou quase dando pulinhos de alegria e saiu para a área de lazer com o celular na mão. Continuei a tomar meu café da manhã e peguei o jornal sobre a mesa que ela lia. A notícia estampada na primeira página era sobre a morte da garota que Sasha comentou. Seu nome era Luiza Baywood. Ela tinha apenas vinte e quatro anos. Nada foram roubados da vítima, seus pertences estavam jogados ao lado do seu corpo encontrado com a cabeça mutilada, nu e com hematomas no pescoço que indicavam estrangulamento. A causa da morte ainda era desconhecida. Em seus punhos e tornozelos também tinham marcas que mostravam que a vítima havia sido amarrada. Senti meu estômago embrulhar e um calafrio percorrer meu corpo. Ainda bem que Clarice ou minha avó não sabiam onde estava, porque se soubessem surtariam e apareceriam em menos de cinco horas para me levarem embora.Deixei o jornal sobre a mesa e me levantei para ir até a Sasha. Sentei-me na espreguiçadeira próximo dela e esperei até que terminas
Maya“Meu anjo”. Era assim que Victor me chamava, às vezes. Como pude passar de anjo para vadia em sua vida, em tão pouco tempo? Allan entrou em seu carro e foi embora. Eu subi direto para o meu quarto, com uma tristeza enorme em meu peito. Será mesmo que devo me deixar envolver com o Allan agora? Não é cedo demais, por mais que não seja nada sério? Estava tentando ignorar completamente o fato de que amava um homem que me odiava e que me feriu profundamente. A dor que sentia de não estar com ele era dilacerante! Mas chegou ao ponto que, aos poucos, estava adormecendo.Victor foi alguém extremamente importante em minha vida e eu não podia negar. Não havia como esconder isso, mas não podia mais viver presa a esse sentimento torturante. Eu precisava seguir em frente. Afinal, foi para isso quem vim parar aqui! Tomara que minha aproximação com Allan, não fira nenhum de nós. Talvez, eu deva conversar com ele, pôr tudo em cartas brancas sobre a mesa. Dizer que amo outra pessoa e pedir para i
MayaEu continuei sentada, assistindo aos meus dois novos amigos pagarem mico no palco. Definitivamente, não sabia quem cantava pior, mas, mesmo desafinados, eles eram uma dupla incrível.— Oi, princesa — disse um homem alto, de cabelos presos em um coque, sentando-se ao meu lado na cadeira em que estava ocupada por Allan.— Estou acompanhada. Pode dar licença, por favor? — pedi encarando-o séria e depois voltei minha atenção para o palco.— Qual é, lindinha? Não estou vendo ninguém aqui — debochou falando perto do meu rosto e, então, eu pude sentir o cheiro forte de álcool.— Escuta aqui, cara! — disse irritada, encarando-o novamente. — Mesmo se eu estivesse sozinha, a resposta para você continuaria sendo “não”!Uma mão caiu pesada sobre o ombro do homem, apertando-o com força. Olhei para cima e vi Allan encará-lo com uma feição nada satisfeita.— Talvez uma noite em uma cela te faça entender melhor que ela não quer sua companhia! — ameaçou Allan. — Dá o fora daqui!O homem me olhou
MayaAllan beijou meu pescoço, desceu para os meus seios e os sugou por longos minutos arrancando-me gemidos cheios de desejo. Seus lábios desceram por minha barriga, até minha intimidade e a invadiu com sua língua quente e molhada. Gemi arqueando minhas costas e agarrando seus cabelos. Gritei de desejo quando ele mordeu meu clitóris e os sugou com pressão. Não demorou muito e gozei necessitada pedindo por mais, quando seus dedos invadiram lentamente minha entrada lubrificada.— Que delícia você é. Tão apertada! — sussurrou em meus lábios e beijou-me em seguida.Seus dedos saíram e senti seu pênis roçar em meu clitóris, deixando-me ainda mais louca de desejo por ele. Gemi suplicando para que parasse de me torturar, mas ele não parou. Continuou a roçar seu pau longo, grosso e rígido, enquanto apertava meu seio com uma de suas mãos e sugava o outro. Seu membro deslizava para baixo, indo do clitóris até minha entrada, pressionando-a um pouco, e depois deslizava para cima novamente. Um tr
MayaComemos nosso café da manhã e conversamos sobre assuntos mais leves. A ligação que ele esperava ansiosamente interrompeu nossos beijos no sofá da sala. Enquanto me vestia, ele se arrumava com uma carranca séria e imaginei o quanto seu trabalho deveria ser tenso. Prendi meus cabelos em um rabo de cavalo, desci e pegando meus pertences na saída. Allan me deixou no hotel e depois de me despedir, ele se foi. Caminhei em direção a recepção e encontrei Sasha e Kim conversando e rindo alto quando entrei.— Olha só. Não precisa mais ligar para a polícia, Kim — zombou Sasha, quando me viu entrar.— Com as mesmas roupas de ontem? Então a noite foi boa — falou Kim, dando-me um sorriso malicioso.— Foi ótima! — confirmei, sorridente. — E você... — Virei-me para Sasha. — Deixa de drama. — Revirei os olhos fingindo tédio.— Não é drama. Você ao menos poderia ter ligado para dizer que estava bem. Chicago tem um assassino em série à solta, decapitando mulheres — falou Sasha com um pouco de tensã
MayaQuando o relógio marcou cinco horas, fui para a parada e peguei o ônibus chegando em meia hora no trabalho. Ao entrar, a primeira pessoa que avistei foi o Pette parado no meio da pista de dança espelhada, em reunião com os seguranças. Ele encarou-me com sua feição fechada e aquele olhar estranho intimidou-me. Abaixei minha cabeça e fui para o vestiário encontrando Zoe ao entrar.— E aí, menina? — cumprimentou-me ela.— Oi, Zoe. Pette me disse no sábado, para eu pegar o novo uniforme da área VIP com você.— Ele me avisou. Já coloquei no seu armário. Você está linda! Tem cabelos muitos bonitos para ficarem sempre presos em um rabo de cavalo sem graça. — Sorriu.— Obrigada. — Retribuí seu sorriso.Abri meu armário, guardei minha bolsa e peguei a camiseta do uniforme. Segurei-a estendida à minha frente e encarei o pedaço de pano com o logotipo da Wilcox.— Gostou? — perguntou ela.— Não! Olha para isso, meus seios vão ficar saltando para fora e minha barriga à mostra.Zoe gargalhou n
MayaJá passavam das cinco quando saímos do bar. Eu estava tão cansada, que nem me lembrei de chamar um táxi para voltar ao hotel. Esqueci completamente de que não tinha companhia para minha caminhada noturna.— Vai voltar sozinha para casa? — perguntou Tyler, quando saímos na calçada.— Sim. Minha companheira está de folga hoje, se lembra?— Se quiser, eu te levo até o hotel. Nunca se sabe se sua caminhada será perigosa ou não, ainda mais com esse maníaco à solta.— Não precisa — disse uma voz masculina conhecida.Olhei para o lado e vi Allan se aproximar de nós.— Tudo bem. Vou nessa... Tchau, Maya.Tyler saiu em direção do seu carro e Allan parou à minha frente dando-me um beijo leve nos lábios.— Você está bem? — perguntou acariciando meu rosto.— Estou cansada. E você?— Estou bem. — Sorriu docemente. — Desculpe-me não te ligar durante a tarde, é que foi tudo uma loucura hoje.— Eu soube do outro corpo que encontraram.— É... Por isso vim buscá-la.— Não estava trabalhando por pe
MayaEntramos e seguimos para o bairro de Bucktown. À primeira vista, se parecia ser um ótimo lugar para se morar. Muitos comércios, como: cafeterias, restaurantes, floriculturas e etc.. As ruas eram limpas e as calçadas organizadas, nada de barraquinhas de comida montadas sobre elas, apenas algumas mesas de restaurantes eram postas ali fora, de modo que não atrapalhava o fluxo dos pedestres. O prédio era de esquina e meio antigo, se percebia pelo design retrô da obra, porém, recém-reformado.Descemos do carro e subimos pelo elevador direto para o quarto andar. Allan tirou a chave do bolso de sua calça e abriu a porta dando-me passagem para entrar primeiro. O apartamento era pequeno e lindo. As paredes brancas davam um ar clean ao lugar. Era gostoso e aconchegante de se estar ali, já pude até me imaginar morando com Sasha. As janelas da sala eram de vidro e iam de um metro acima do piso de madeira clara, até o teto. Uma ilha espaçosa de pedra clara com uma pia acoplada e banquetas alta