MayaPegamos nossas coisas sobre a mesa e seguimos com nosso “plano turístico”, assim chamado por Sasha, caminhando pela cidade. Já passava das quatro quando voltamos de táxi para o hotel. Atravessamos o estacionamento conversando e rindo, quando Maggie apareceu dando broncas em Kim por ter demorado tanto. Assumi a culpa, já que era verdade, explicando-lhe que perdemos a noção do tempo no passeio pela linda Chicago.Subi para o meu quarto e tomei um banho renovando minhas energias e disposição para trabalhar até as quatro da manhã. Prontas, eu e Sasha pegamos o ônibus e fomos para a Wilcox. Já sabia como tudo funcionava e devia ser. Fui direto para o vestuário feminino e troquei de camiseta, indo depois para o bar pegar minha bandeja, o avental e o tablet. Estávamos prestes a abrir as portas, quando Pette veio até mim e me chamou em seu escritório.— Feche a porta! — mandou rude. Eu a fechei e caminhei até sua mesa, parando à frente dele. — Vou ser direto, não sou de rodeios. Já tive
MayaNo dia seguinte, passamos a tarde na recepção conversando sobre bobagens e ideias para a decoração do casamento da Kim, que aconteceria em janeiro.— Oi, amor — cumprimentou Jack ao passar pela porta.— Oi, lindinho — retribuiu Kim, indo até ele e lhe dando um beijo nos lábios. — Estamos vendo ideias de decoração para o casamento. Quer opinar?— Não, eu confio em você — disse ele sorridente, puxando-a pela cintura.Os dois começaram a sussurrar e rir baixinho no canto, trocando alguns beijos e carícias no rosto. Senti-me uma intrusa ali. Olhei para Sasha, que estava de pé à minha frente, escorada no balcão, e fiz um sinal com minha cabeça para sairmos dali. Ela assentiu e eu me levantei saindo de fininho à frente dela.— Eles são tão fofos, não são? — perguntou ela rindo.— Até demais. — Ri também.— Oi, Maya — cumprimentou uma voz masculina, vinda do estacionamento. Olhei e vi Allan se aproximar de nós. — Não deu para ficar muito lá, não é? — Riu.— Oi, Allan. Não. — Sorri aprox
MayaSaímos todos juntos do bar pela porta da frente, rindo das piadinhas clichês que Tyler fazia da própria cultura. A madrugada estava fria e eu não via hora de chegar logo no hotel e tomar um banho quente antes de ir para a cama.— Opa! — disse Zoe apreensiva. — “Tira” na área, galera — sussurrou para nós o alerta.Todos encaravam tensos algo atrás de mim. Virei-me e encontrei um cara bonito encostado em seu carro preto que reluzia a pintura encerada sob a luz do poste na calçada.— Está tudo bem. Eu o conheço — disse baixo, acalmando-os antes de me afastar deles.— Oi — cumprimentei Allan com um sorriso tímido.— Oi — retribuiu ele, desencostando-se do carro e dando alguns passos até mim.— O que faz nas ruas tão tarde, detetive?— Fui chamado para uma emergência não muito longe daqui e resolvi vir buscar você. Conheço esse bar e sei que fecha tarde.— Então vamos ter carona? — perguntou Sasha parando ao meu lado.— Você é uma chata, mas vou dar carona para você também — respondeu
MayaAcordei às oito horas com a conversa alta das pessoas que passavam pelo corredor lá fora. Deitada na cama e encarando o teto, resolvi que era hora de dar sinal de vida para Clarice. Estava a ignorando há dias. Aliás, não só ela, mas também minha avó, Dick e Penny. Sentei-me na cama e peguei meu celular ao lado sobre o criado-mudo e busquei seu número na agenda. Ela atendeu no segundo toque. — Graças a Deus, Maya! — Senti o desespero em sua voz. — Sabe como estou preocupada com você? Quase não tenho dormido à noite.— Oi. Desculpe-me, Clarice. É que meus horários andam meio loucos e tenho trabalhado bastante. Como você está?— Furiosa com você, mas agora que sei que está bem, me sinto melhor. — Suspirou aliviada.— Perdoe-me — pedi ressentida em lhe causar isso. — Maya... Já é hora de me dizer onde está! Com o que está trabalhando?— Clarice... Desculpe-me, mas não vou dizer onde estou. — Não podia. Sabia que ela viria atrás de mim. — Eu estou bem, fique tranquila. Estou trabalh
MayaEla se levantou quase dando pulinhos de alegria e saiu para a área de lazer com o celular na mão. Continuei a tomar meu café da manhã e peguei o jornal sobre a mesa que ela lia. A notícia estampada na primeira página era sobre a morte da garota que Sasha comentou. Seu nome era Luiza Baywood. Ela tinha apenas vinte e quatro anos. Nada foram roubados da vítima, seus pertences estavam jogados ao lado do seu corpo encontrado com a cabeça mutilada, nu e com hematomas no pescoço que indicavam estrangulamento. A causa da morte ainda era desconhecida. Em seus punhos e tornozelos também tinham marcas que mostravam que a vítima havia sido amarrada. Senti meu estômago embrulhar e um calafrio percorrer meu corpo. Ainda bem que Clarice ou minha avó não sabiam onde estava, porque se soubessem surtariam e apareceriam em menos de cinco horas para me levarem embora.Deixei o jornal sobre a mesa e me levantei para ir até a Sasha. Sentei-me na espreguiçadeira próximo dela e esperei até que terminas
Maya“Meu anjo”. Era assim que Victor me chamava, às vezes. Como pude passar de anjo para vadia em sua vida, em tão pouco tempo? Allan entrou em seu carro e foi embora. Eu subi direto para o meu quarto, com uma tristeza enorme em meu peito. Será mesmo que devo me deixar envolver com o Allan agora? Não é cedo demais, por mais que não seja nada sério? Estava tentando ignorar completamente o fato de que amava um homem que me odiava e que me feriu profundamente. A dor que sentia de não estar com ele era dilacerante! Mas chegou ao ponto que, aos poucos, estava adormecendo.Victor foi alguém extremamente importante em minha vida e eu não podia negar. Não havia como esconder isso, mas não podia mais viver presa a esse sentimento torturante. Eu precisava seguir em frente. Afinal, foi para isso quem vim parar aqui! Tomara que minha aproximação com Allan, não fira nenhum de nós. Talvez, eu deva conversar com ele, pôr tudo em cartas brancas sobre a mesa. Dizer que amo outra pessoa e pedir para i
MayaEu continuei sentada, assistindo aos meus dois novos amigos pagarem mico no palco. Definitivamente, não sabia quem cantava pior, mas, mesmo desafinados, eles eram uma dupla incrível.— Oi, princesa — disse um homem alto, de cabelos presos em um coque, sentando-se ao meu lado na cadeira em que estava ocupada por Allan.— Estou acompanhada. Pode dar licença, por favor? — pedi encarando-o séria e depois voltei minha atenção para o palco.— Qual é, lindinha? Não estou vendo ninguém aqui — debochou falando perto do meu rosto e, então, eu pude sentir o cheiro forte de álcool.— Escuta aqui, cara! — disse irritada, encarando-o novamente. — Mesmo se eu estivesse sozinha, a resposta para você continuaria sendo “não”!Uma mão caiu pesada sobre o ombro do homem, apertando-o com força. Olhei para cima e vi Allan encará-lo com uma feição nada satisfeita.— Talvez uma noite em uma cela te faça entender melhor que ela não quer sua companhia! — ameaçou Allan. — Dá o fora daqui!O homem me olhou
MayaAllan beijou meu pescoço, desceu para os meus seios e os sugou por longos minutos arrancando-me gemidos cheios de desejo. Seus lábios desceram por minha barriga, até minha intimidade e a invadiu com sua língua quente e molhada. Gemi arqueando minhas costas e agarrando seus cabelos. Gritei de desejo quando ele mordeu meu clitóris e os sugou com pressão. Não demorou muito e gozei necessitada pedindo por mais, quando seus dedos invadiram lentamente minha entrada lubrificada.— Que delícia você é. Tão apertada! — sussurrou em meus lábios e beijou-me em seguida.Seus dedos saíram e senti seu pênis roçar em meu clitóris, deixando-me ainda mais louca de desejo por ele. Gemi suplicando para que parasse de me torturar, mas ele não parou. Continuou a roçar seu pau longo, grosso e rígido, enquanto apertava meu seio com uma de suas mãos e sugava o outro. Seu membro deslizava para baixo, indo do clitóris até minha entrada, pressionando-a um pouco, e depois deslizava para cima novamente. Um tr