Lia acordou naquela segunda-feira como ela acordava sempre, pensando em sua irmã. As discussões em sua casa eram frequentes e por conta de ontem seu pai estava furioso, porém sua mãe era uma mulher mais furiosa ainda que amava suas filhas, mesmo estando triste ela defendia suas filhas com unhas e dentes de tudo que sei pai fazia ou falava. Sua mãe era dona de casa e no dia que sua filha caçula Camila, foi dada como desaparecida ela estava na rua fazendo compras, por conta disso a pequena perguntou a Lia se podia brincar com os amigos no parque da cidade, estava meio tarde, mas como a cidade é pequena não deveria haver problema. Por volta de oito horas da noite ela não voltou para casa. As filmagens das cameras de segurança das lojas mostram a pequena Camila voltando para casa, mas nunca chegou até ela.
Lia se culpou por ontem e pensou no que seu pai disse, sentir um pouco de alegria com sua irmã estando desaparecida estava errado? Pensou ela.
Na manhã sua mãe bateu em sua porta.
– Filha, tem um jovem te esperando na porta da frente. – Disse sua mãe.
– Um jovem? – Perguntou ela.
– Ele disse que seu nome é Raphael?
– Raphael? Tá já vou me vestir.
‘‘ O que o Raphael ta fazendo aqui? ‘‘, Pensou ela.
Lia demorou alguns minutos e se vestiu para ir ao colégio. O colégio não tinha roupas próprias dele então ela se vestiu do jeito que preferiu. Ela saiu do quarto e perguntou baixinho para sua mãe que estava esperando ela no corredor.
– Meu pai sabe que ele está aqui? – Perguntou Lia.
– Seu pai ainda está dormindo. Ele não precisa saber, aliás, é seu namorado?
– Não... É um amigo de infância, não lembra do Raphael?
– O pequeno Rafa? Ele voltou? Ele ficou bonito não é? Um bom partido.
– Para mãe, poxa...
– Não precisa ficar envergonhada, nas sua idade eu pegava todos!
– Mãe! Que isso...
– Ora.. Eu era solteira. Agora vai lá ele esta te esperando e depois me conta tudo ein.
– Aihn mãe eu vou logo, tchau.
Lia apressou seu passo até a porta de casa e a abriu, lá estava Raphael na porta da frente segurando uma mochila.
– Rafa? O que você ta fazendo aqui tão cedo?
– Vim te buscar para o colégio, sua casa fica do outro lado não? Ou me confundi, faz muito tempo que não venho aqui.
– Sim, demoro alguns minutos caminhando.
– Então, entra no carro vamos comer algo na padaria e ir para o colégio.
– Mas eu não tenho dinheiro...
– E eu te perguntei alguma coisa? Eu pago.
– Eu ein, grosso... – Ela reclamou mas adorou o mimo.
Lia entrou no carro e sentou no carona, nunca tinha ido ao colégio junto de alguém da sua idade e ainda por cima de carro.
‘‘ O que as minhas amigas no colégio vão pensar, meu deus do céu... ‘‘, ela já previa o que suas amigas iriam falar.
Logo eles chegaram a padaria e saindo da mesma estava seu avô, ao sair do carro ela comprimenta seu avô.
– Vovô, bom dia!
– Oh, bom dia para os dois, como estão? – Respondeu seu avô.
– A gente ta bem, Raphael ta me levando ao colégio.
– Que bom minha filha, tem dinheiro para comer no colégio?
– Raphael vai comprar algo aqui na padaria.
– Que bom, agora deixa eu voltar pro trabalho, comprei muitos desses clichês aqui e vou entregar para os policiais de plantão.
– Clichês? – Questinou Raphael.
– É assim que ele chama os Donuts... Sabe? Policial, Donut?
– Aaah, entendi...
E os três riram enquanto seu avô ia indo embora e eles se despediam. Eles entraram na padaria e Raphael perguntou o que ela queria que ele pagaria qualquer coisa.
– Nossa, você é rico? – Perguntou ela.
– Bom, depois que minha mãe faleceu eu herdei uma pequena fortuna. Nada demais, mas dá para o gasto.
– Ah... Bom, obrigada. – Ela agradeceu meio sem graça.
Lia pediu dois sanduiches naturais um para agora e um para comer no colégio. Dentro da padaria Raphael escutou uma conversa entre clientes.
– Você viu, desapareceu mais uma criança... – Disse uma cliente a outra.
– Minha nossa... Essa cidade ta indo por água a baixo. – Respondeu a outra.
Raphael logo pensou, será que era o mesmo cara que levou a irmã da Lia, poderia ser algum morador da cidade talvez.
– Talvez já tenha morrido, igual a irmã daquela moça ali.
Lia havia escutado também e logo se encolheu.
– Ela ainda está viva e esse outro menino também. – Respondeu Raphael as clientes. – Eu vou achar eles as senhoras podem ficar tranquilas.
Os olhos de Lia brilharam, ele realmente estava falando sério sobre o que eles conversaram.
– Toma moça, pode ficar com o troco, vamos embora Lia. – Disse Raphael entregando o pagamento dos sanduiches e puxando Lia para fora da padaria.
– Calma, eu não me abalo com essas conversas.
– Eu sei que você é forte, mas não é pra ficar escutando essas coisas. Vamos logo para o colégio, o hórario já deve tocar.
– E você, não vai comer nada?
– Eu como lá.
E os dois partiram para o colégio. No carro Lia comia o sanduiche com afinco, era um sanduiche comun mas tinha sido pago com carinho e ela queria mostrar para ele que tinha apreciado o ato.
Eles chegaram no colégio e ele estacionou em uma vaga no estacionamento do mesmo, ele trancou o carro e obeservou o prédio.
– Preciso que você me proteja tá. – Disse Raphael a Lia.
– Te proteja? – Indagou ela.
– Sim, eu não curto muito colégios, tenho memorias ruins deles. Quero que você não me deixe ficar estressado, eu sei que é pedir demais, mas você consegue?
– Claro! Senta do meu lado na aula que vai dar tudo certo. – Disse ela com um leve sorriso no rosto.
Ao entrarem no colégio o hórario já tinha tocado e os alunos já estavam em suas respectivas salas e a sala dos dois já estava em aula. Os dois bateram na porta e o professor mandou entrarem.
– Professor, desculpa o atraso. – Disse Lia entrando junto a Raphael.
– Não tem problema, foi apenas alguns minutinhos. Aliás é você o novo aluno? – Disse o professor.
– Sou eu sim. – Respondeu Raphael.
– Gostaria de se apresentar?
– Claro.
E um murmurinho começou pela sala. Os dois terem entrado juntos cria coisas na mente dos adolescentes e logo uma fofoca dos dois estarem juntos se criou.
– Olá, meu nome é Raphael. Tenho desessete anos de idade e minha comida preferia e strogonoff. – Raphael se apresentou a turma.
E o grupinho do fundo já ria dele. No fundo sentava os bullys, os caras babacas do ensino médio que todo colégio tem.
– Bem vindo Raphael. – Disse o professor. – E turma, sejam bonzinhos com ele.
Raphael se sentou ao lado de Lia na sala, o que levantou mais fofoca. A aula transcorreu normalmente como qualquer outra e no intervalo ele foi até a cantina ver algo para comer. Na sala ainda Lia conversava com suas amigas.
– E ae...? Quem é ele? – Disse Ashley, amiga de Lia.
– Um amigo... – Respondeu ela.
– Ah claro e agora amigo te traz de carro pro colégio? – Disse Amanda, outra amiga.
– Vocês viram?! – Exclamou Lia.
– Todo o colégio viu amiga... – Ashley completou.
– Meu deus... Mas é sério ele é só um amigo...
Na cantina Raphael olhou para todos pensando em como todos eram adolescentes zonzos. Ele se sentia muito deslocado naquele lugar. Na mesma cantina ele notou um cartaz na parede com a foto de uma garotinha.
Procura-se por essa garota.
Se você viu ou tem alguma informação,
contate a policia imediatamente.
‘‘ Eles ainda estão procurando... Que bom. ‘‘, pensou ele. ‘‘ Acho que não vou comprar nada. Ver isso me embrulhou. ‘‘
Raphael seguiu até o patio e olhou o céu... Estava nublado como sempre e a floresta ao longe estava escura. Os galhos balançando com o vento o lembravam do sonho que teve na primeira noite na cidade e lembrou da historia do ‘‘ monstro ‘‘. Era impossivel que existisse realmente um monstro dentro da floresta, historia para crianças se comportarem, mas algo veio em sua mente. Talvez o cara que está raptando as crianças realmente seja da cidade e porém não foi achado até agora porque não more exatamente na cidade. Talvez dentro da floresta.
Quando Lia chegou a cantina com suas amigas elas se sentaram em uma mesa para comer o que tinham levado ao colégio e Lia foi até Raphael o chamando para se sentarem com elas.
– E ae... Olhando as nuvens? – Disse Lia.
– É... É tão calmo por aqui. – Respondeu ele. – Porém ha crianças por ai desaparecendo. Sua irmã está lá fora agora em algum lugar.
– Eu sei... Meu pai disse que eles vão interrogar os últimos moradores na lista deles, tomara que descubram algo.
– Sim. Eu estava pensando, quer vir comigo até a floresta de noite?
– Por que?
– Teu avô me contou que você vai lá sozinha. Procurar por ela.
– Ah, ele te contou...
– Por isso eu to te chamando. Se você vai de qualquer jeito, eu vou com você, se algo acontecer a ideia foi minha.
– Vai virar meu protetor agora?
– Não, eu sei que você sabe se defender. Mas como eu disse ontem. Vamos achar ela, juntos!
Enquanto conversavam Lia e Raphael vêem um dos alunos de sua sala, Michael e seus amigos, inportunando um garoto da mesma sala deles.
Lia corre até eles e Raphael a segue.
– Michael deixa ele em paz. Que inferno todo dia isso... – Gritou Lia para Michael.
– Ih alá, é a filhinha do policial mediocre que não consegue achar a própria filha. – Disse Michael em um tom de arrogancia. – Ah, e o namoradinho dela...
– Vaza daqui o nojenta. – Gritou um dos amigos de Michael.
– Calma galera não queremos criar alarde. – Disse Michael.
Mas já tinham criado, todos os alunos já se juntavam em grupinhos longe deles, olhando tudo aquilo.
– Deixa ele em paz chefe... – Disse Raphael.
– Não se mete não aluno novo. – Disse um dos colegas de Michael.
– Exatamente. Não se mete o seu bosta! – Exclamou Michael.
Lia foi até o menino que estava sofrendo a agressão e puxou seu braço para tirar eles de lá, quando encostou de relance no braço de Michael que em seguida deu um empurrão em Lia. Raphael se encheu de raiva novamente e partiu para cima de Michael e Lia entrou na frente.
– Calma Raphael... É assim que é o colégio. Lembra do que você me pediu? Eu vou te proteger. – Disse Lia.
– Mas quem te protege Lia? – Questionou Raphael.
As amigas de Lia chegaram para apartar a briga e foram recebidas a gritos por Michael.
– Caiam fora suas vagabundas! E você, garotinha nojenta se tu se meter comigo novamente eu faço contigo o que aconteceu com sua irmazinha querida.
– Vamos embora Raphael. – Disse Lia puxando o outro menino.
– É isso ai vai embora... Igual tua irmãzinha fez, desapareceu com um estranho, ela deve ta dand...
Antes mesmo que Michael pudesse terminar sua frase, Raphael saiu da frente de Lia e deu um soco em cheio na boca de Michael, que caiu para trás cheio de sangue em seus lábios.
– Olha aqui, se você disser isso de novo! Eu vou quebrar todos os seus dentes!
Os amigos de Michael o levantaram e enquanto ele cuspia sangue e um dente junto.
– Seu desgraçado! – Gritou Michael partindo para cima de Raphael com um canivete que ele retirou do bolso.
Raphael andou dois passou para trás e deu um chute na cabeça de Michael, como se fosse um lutador profissional, fazendo-o cair no chão de grama sem se mexer. Os amigos de Michael partiram para cima de Raphael enquanto Lia gritava para eles irem embora até que um professor chegou no momento em que Raphael desferia um soco em um dos valentões.
– Parem já com isso! – Gritou o professor e todos pararam.
Michael estava no chão ensanguentado. Aconteceu tudo de novo que Raphael não queria, outra briga. Todos os alunos que se envolveram foram levados para diretoria e a policia foi chamada, havia um aluno desacordado por conta da briga e isso iria além dos poderos do colégio. Na diretoria estava Lia, o aluno que foi oprimido e dois dos valentões. Michael foi levado para o hospital pois estava sangrando muito.Dentro da diretoria o diretor chamou Raphael e Lia para entender o que aconteceu.– O que diabos aconteceu Lia?! Um menino está hospitalizado por conta do que houve e Raphael, o que diabos você fez?! – Questionou o diretor irritadíssimo.– Diretor... Eu vou ser bem sincero e contar o que houve, sem tentar me defender ou algo. Um dos meninos estava sofrendo agressões vindo de um grupo de meninos. Simplesmente eu e Lia fomos apartar. Um tal de Michael se estressou e agrediu Lia
A avó de Raphael sempre morou em Earthsea desde que ela se conhece por gente, ela estudou na cidada e se casou na cidade e nunca saiu de lá, do seu casamento veio uma filha, Ana. Ana era uma garota doce e gentil com todos na cidade, ela já era amada desde pequena por todos ao seu redor. Quando cresceu foi estudar em uma faculdade em montreal, já que Earthsea não tinha universidades. Cursou pedagogia durante quatro anos e durante esses anos fazia estágios em colégios da região. Nos quatro anos Ana aprendeu tudo que podia aprender e decidiu que sua vida não seria nas cidades grandes e decidiu voltar para a cidade onde nasceu, para tentar uma vaga de emprego nos únicos dois colégios que existiam lá.Ana havia voltado e sua mãe Amelia não estava mais do que feliz, pois ela não só retornou a cidade como conseguiu a vaga de emprego que tanto queria, no colégi
– Vó, estamos indo dar uma volta okey? – Disse Raphael.– Uma volta, essa hora? Já ta quase pronta a janta.– Vai ser rápido dona Amelia. – Completou Lia– Tá, mas levem um casaco a chuva passou mas ainda está muito frio lá fora.Os dois pegaram seus casacos, uma lanterna e sairam pela porta de trás da casa, pois a mesma era quase encostada na floresta. Eles andaram pelo jardim de trás e logo entraram na floresta.A floresta estava quase seca por conta dos grandes pinheiros que tapavam a entrada da chuva e não viram nem se quer uma poça de água no chão. Enquanto caminhavam floresta adentro eles conversavam.– Por que você quis vir agora para cá?. – Perguntou Lia.– Eu estive pensando em uma coisa, Thomas foi encontrado na floresta e sua irmã desapareceu, o parque da cidade n&atil
Lia ficou sentanda lá bastante tempo com a água quente caindo sobre sua cabeça, o banheiro inteiro se encheu de vapor. Raphael ficou sentado ao lado dela do outro lado da cortina só esperando ela terminar, quanto tempo fosse. Quando Lia se levantou ela desligou o chuveiro e se secou com uma tolha que Raphael deu a ela e pediu para que ele esperasse ela em seu quarto e foi o que ele fez. Raphael se sentou na cama esperando Lia e não demorou muti até ela chegar. Lia entrou no quarto só de toalha, Raphael automáticamente se virou de costas e pegou algumas roupas suas e as entregou.– E-eu não vou virar, prometo. P-pode se vestir.– Gaguinho... – Disse ela rindo.Lia se vestiu com Raphael de costas para ela como ele prometeu.– Pode virar... – Disse Lia com as roupas de Raphael.– Agora sim, essas tão bem mais largas que as outras que eu te e
Enquanto a criatura de dois metros e meio o encarava, Raphael não se intimidou, algo dentro dele dizia que era para não ter medo, que tudo ia ficar bem.– Eu não tenho medo de você... – Disse Raphael encarando a criatura.– POIS DEVERIA... – Disse Michael, porém sua voz estrava tremula, grossa e perturbadora.– O que é isso?!– MICHAEL É APENAS UM RECEPTACULO QUE VEIO A MIM DE BOM GRADO... – E novamente da boca de Michael saia palavras tremulas.Raphael não tirou os olhos da criatura em sua frente. Ela conversava com Raphael atravez de Michael, sua boca não o permitia falar e mesmo sendo Michael falando, ele não retira-va seus olhos do monstro.– Onde está Lia e sua irmã Kate!?– ...– Vai ficar calado? To vendo que você não pode me atacar né? Se não já
– Ah... Aquela coisa na floresta? A senhora sabe algo sobre isso? – Perguntou Lia.– Sim, gostaria de não saber, mas acabou que no final talvez sirva de algo a informação de uma velha...- Não fala isso da senhora dona Amelia, você é muito melhor que muita gente por ai e é muito mais útil.. Veja meu pai, um saco.- Que bom ouvir isso de você Lia...– Bom, eu quero ficar para ouvir, já liguei para minha mãe e meu pai e eles já estão vindo para cá, minha mãe desligou na minha cara quando eu contei para ela. Na verdade eu acho que ela deixou cair o telefone...- Que bom Lia, que sua irmã está de volta. Nem precisou de minha ajuda... - Disse Raphael.- E você também, cala boca, se não fosse por você Michael não teria me sequestrado... Pera, isso ficou meio idiota da minha pa
– Lia, tem alguma coisa entre você e o Raphael? – Perguntou Amelia no corredor do hospital. – Não senhora, a gente é só amigo. – É uma pena querida, mas ao mesmo tempo fico feliz. – É uma pena, mas fica feliz? – Sim, vocês dois dariam um lindo casal. Mas eu não gostaria que o Raphael morresse tão cedo por conta de um filho repentino. – É só a gente não ter filho dona Amelia. – Então você quer ter algo com ele?! – A-ah não, não é isso... Ah você entendeu. – Te peguei viu. – Amelia piscou para Lia, rindo. – Agora vai ficar tudo bem não é? – Perguntou Lia se sentando em uma cadeira do corredor. – Vai querida, vai ficar tudo bem. - Amelia passou a mão em sua cabeça. – Mas aquela coisa tá lá fora ainda... Na floresta. – Sim, mas vamos deixar esse problema para mais tarde, o Raphael estando com a gente ele não pode sair da floresta. – Sim eu sei, mas e se alguém entrar na floresta? Aliá
O tempo passou bem rápido em Earthsea depois doque houve, dias viraram semanas e as semanas viraram um mês. Raphael se recuperou de todos os seus ferimentos mas a dor de um ferimento persistiu, Lia deixou de falar com ele, não por raiva, mas por pedido dele. Naquela noite no hospital, foram as últimas palavras que Lia e Raphael trocaram. – Lia... Sinto muito, não sou igual o Tristan da historia de minha vó... Muito pelo contrário, eu nunca fiz nada por ninguém e só machuco as pessoas, ou a culpa é sua, foi eu me envolver com você nessa cidade que minha vida foi por água abaixo. Então porfavor, saia do meu quarto. Eu nãoquero ter mais nenhum tipo de relação com você. – Raphael se virou na cama para o outro lado. – Rapha... – Lia se retirou do quarto chorando. – Raphael! Porque você fez isso? – Perguntou Amelia. – Vó... Pode me dar licença? – Raphael... Tudo bem. – Amelia saiu do quarto. Raphael estava chorando naquele dia e ele nã