– Lia, tem alguma coisa entre você e o Raphael? – Perguntou Amelia no corredor do hospital.
– Não senhora, a gente é só amigo.
– É uma pena querida, mas ao mesmo tempo fico feliz.
– É uma pena, mas fica feliz?
– Sim, vocês dois dariam um lindo casal. Mas eu não gostaria que o Raphael morresse tão cedo por conta de um filho repentino.
– É só a gente não ter filho dona Amelia.
– Então você quer ter algo com ele?!
– A-ah não, não é isso... Ah você entendeu.
– Te peguei viu. – Amelia piscou para Lia, rindo.
– Agora vai ficar tudo bem não é? – Perguntou Lia se sentando em uma cadeira do corredor.
– Vai querida, vai ficar tudo bem. - Amelia passou a mão em sua cabeça.
– Mas aquela coisa tá lá fora ainda... Na floresta.
– Sim, mas vamos deixar esse problema para mais tarde, o Raphael estando com a gente ele não pode sair da floresta.
– Sim eu sei, mas e se alguém entrar na floresta? Aliá
O tempo passou bem rápido em Earthsea depois doque houve, dias viraram semanas e as semanas viraram um mês. Raphael se recuperou de todos os seus ferimentos mas a dor de um ferimento persistiu, Lia deixou de falar com ele, não por raiva, mas por pedido dele. Naquela noite no hospital, foram as últimas palavras que Lia e Raphael trocaram. – Lia... Sinto muito, não sou igual o Tristan da historia de minha vó... Muito pelo contrário, eu nunca fiz nada por ninguém e só machuco as pessoas, ou a culpa é sua, foi eu me envolver com você nessa cidade que minha vida foi por água abaixo. Então porfavor, saia do meu quarto. Eu nãoquero ter mais nenhum tipo de relação com você. – Raphael se virou na cama para o outro lado. – Rapha... – Lia se retirou do quarto chorando. – Raphael! Porque você fez isso? – Perguntou Amelia. – Vó... Pode me dar licença? – Raphael... Tudo bem. – Amelia saiu do quarto. Raphael estava chorando naquele dia e ele nã
Era sabádo e Lia só queria dormir, mas sua mãe a acordou com batidas em sua porta, o dia anterior foi animado demais e no final acabou da pior forma possível. Ela queria falar com Raphael sobre o que houve, porém tinha medo do que ele poderia responder. – Lia... – Disse sua mãe batendo em sua porta. – Eu vou no shopping com sua irmã comprar algumas roupas, ela está se sentido meio para baixo hoje, quer vir com a gente? – N-não mãe... Obrigada. Quero ficar em casa hoje. – A gente vai comprar sorvete, quer? – Passar ao rum, só. – Tudo bem, melhoras tá, mais tarde a gente conversa. – ... Beijo... Lia respondeu sua mãe ainda com a cabeça deitada no travesseiro, sua mente estava um turbilhão, a perde de seu pai a um mês, a ‘‘ sombra ‘‘ ainda na floresta e o pior, Raphael não falava com ela e ela nem o via direito, apenas no colégio e quando viu fora, estava saindo da floresta ensanguentado. Mas decidiu que esses pensamentos não iria
A mina não era aberta a muito tempo e estava interditada por risco de desabamento. As duas pularam os cavaletes que impediam a chegada na mina e abriram as duas grandes portas mina, logo um ar quente as atingiu como se mina tivesse assoprado nelas, o ar tinha um cheiro forte de mofo e terra molhada, era inebriante. – Credo... Esse cheiro é muito forte, me deixou tonta. – Disse Amanda tapando seu nariz com os dedos. – Sim... Vamos ser rápidas, ele pode estar aqui. – Tomara que esteja mesmo. Ao olhar para dentro da mina, as duas viam um grande corredor de terra descendo até o fundo da mesma. Era escuro e as duas logo acenderam os flash de seus celulares. Ao entrarem começaram a descer o corredor e cada vez escurescia mais, a luz da porta da mina ficava ainda mais escassa a medida que entravam e só o que iluminava seus arredores eram os flashs dos celulares. Seguiram o corredor por vinte metros e logo chegaram a um bifurcação. – E agora? – Pergun
Enquando Amanda era puxada para a escuridão, Lia a seguiu e pôs todas a força que tinha em suas pernas. Quando chegou no grande hall olhou para cima e viu ‘‘ ele ‘‘. A sombra gigantesca estava em sua frente, seus olhos brilhantes cravados no breu, era fácil de se confudir o que era a criatura e o que não era. E Amanda estava de cabeça para baixo sendo segurada pelas pernas nas mãos da criatura. – L-lar... La... LARGA ELA SUA BESTA! – Gritou Lia relutante. A criatura fitou seus olhos nos de Lia que a fez congelar de medo. A sombra balançava na escuridão e mesmo ainda segurando Amanda, ela desceu se esgueirando pelo chão por seu ‘‘ rosto ‘‘ colado no de Lia. – LIA! LIA! ME AJUDE! – Disse a criatura com a voz de sua irmã kate, porém a boca da mesma não se abria. – ... – Lia caiu para trás largando seu telefone no chão com o flash para cima. Ela so conseguia olhar, seu corpo não se movimentava, a criatura então voltou seus olhos para Amanda e abri
No mesmo sabádo, Raphael acordou dolorido e cansado. A duas semanas atrás, após a sua melhora rápida, Raphael ‘‘ visitou ‘‘ a criatura na floresta. Ele caminhou por uma hora na floresta até encontrar um pequeno coelho de olhos cor púrpura. Ele parou em frente ao animal e o encarou e o mesmo o encarou de volta, imóvel. Alguns minutos se passaram e o coelho entrou em uma moita, porém quando a pequena e indefesa criatura saiu, já não era mas um coelho e sim Michael, que se levantou do arbusto. – Gostou da forma Tristan? – Disse Michael. – Vim barganhar criatura... – Respondeu Raphael. – Barganhar? Mas você acabou de chegar... Vamos, sente-se ai mesmo, vamos conversar. Raphael ficou calado. – Ah, oque foi, está com medo? Esqueceu que eu não posso te ferir? – Gesticulou o monstro. – Eu vou repetir, eu vim barganhar, igual ao primeiro Tristan. – Raphael... Raphael Tristan era o nome do homem. Vejo que seu querido papai, que deus o te
Lia quando recebeu a nóticia correu novamente para a mina, a chuva ainda estava forte eela tirou forçasde onde não tinha. Já chegando, Lia avistou várias viaturas de policia paradas e uma ambulância em frente a mina abandonada,um oficialestavadentro de uma das viaturas falando ao rádio,ela correu até ele e bateu em sua janela.– Senhor! Senhor! – Gritou ela.– Opa, que susto. – Disse o policial, abaixando o vidro da viatura. – Lia, é você? Você está ensopada!– Sim, a chuva e... Mas isso não é importante, oque houve? Raphael está machucado?– Como ficou sabendo?– O oficial na delegacia.– Ah, sim... Parece que Raphael está ferido na floresta. Mas você não pode ir lá, assunto de polic... Lia!Lia correu para dentro da f
Todos no hospital ficaram espantados, especialmente os enfermeiros e o médico Simon. Raphael já havia sido declarado como morto e como Lázaro, retornou dos mortos. Um silêncio atingiu o quarto logo após o berro de Raphael ecoar pelo mesmo. Ele não sentia mais dores e parece que voltou com mais energia que antes, em baixo de suas fachas não havia nenhum ferimento. Simon, o médico de plantão ficou extremamente consternado e abismado, era literalmente impossível alguém voltar sem ajuda exterior de algo como a ‘’ morte ‘’ e ainda por cima, sem ferimentos, ele ordenou que todos saíssem do quarto e que só alguns enfermeiros ficassem para o ajudar.- Raphael... Como você está se sentindo? - Perguntou Simon.- Estou bem senhor, melhor do que nunca. - Respondeu Raphael na cama do hospital ensanguentada.- Bom... Você sabe o que aconteceu?
Naquele dia, Jack fechou a loja mais cedo. A trancou com a chave e deixou um bilhete para seu avô, explicando que se ausentaria por um tempo. Raphael o convenceu a embarcar em uma ‘’ aventura ‘’ por um dos bairros mais perigosos da cidade e diga-se de passagem, o canada é conhecido por ser um país bem tranquilo. Quando os três sairam da loja já estava escurecendo, por volta de dezessete e meia da tarde e um ar bucólico os acertou em cheio, o céu começava a ficar avermelhado com o sol se pondo. Raphael ligou seu carro com Lia no passageiro e Jack no meio do banco de trás, com suas mãos em cada banco da frente e sua cabeça ao lado dos dois que estavam na frente.- Por que eu concordei com você mesmo? - Perguntou Jack. - Eu odeio negociar com o Mickie, ele é um psicopata.- Eu sei Jackie... Porém, eu realmente preciso da arma. - Respondeu Raphael olhando