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ELLE NARRANDO

Depois daquela noite, eu não vi Henry por dois dias. Ele parece ter desaparecido do mapa, não que eu me importe... Ou pelo menos, é o que eu tento falar para mim mesma. Será que ele se arrependeu daquilo? Bom, se ele se arrependeu, eu me arrependi também.

Quando cheguei de mais um dia de trabalho da casa dele, eu estava tão nervosa e frustrada que fui até meu quarto, peguei uma boneca de pano que tenho em cima da cama e descontei toda minha raiva nela. Dei socos, apertei o pescoço dela e comecei a rosnar.

— Eu queria tanto que você fosse o Henry, bonequinha! — Falava, enquanto esganava a boneca.

Que ódio desse cara! Por que ele tem que mexer tanto com a minha cabeça e depois fugir? Ele é idiota? Eu não consigo parar de pensar nas reações do meu corpo quando Henry me toca, e ao mesmo tempo, não consigo parar de pensar nas coisas que ele me faz sentir só quando o vejo. Ele transformou meu cérebro em um furacão perfeito. Eu já não era boa do juízo, mas depois dele, as coisa
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