Sinto a claridade no meu rosto, me espreguiço calmamente e vou abrindo os olhos tentando me adaptar com a luz do sol entrando no quarto, mas antes eu tivesse com os olhos fechados, antes eu fosse cega, por que o quê eu vejo faz meu conto de fadas virar história de terror... Sheik está em pé, encostado no batente da porta do quarto, já está arrumado e seu olhar é de arrependimento... Puta que pariu, eu sabia que isso ia acontecer, ele estava bêbado e drogado ontem, mas eu não imaginei que ia doer tanto assim. Meus olhos já se enchem de lágrimas e antes que algo seja dito por mim ou por ele um furacão entra no quarto passando por ele, nos pegando desprevenidos. — Então é por isso que você nos proibiu de ir pro baile, neh Allan? Por isso não dormiu em casa! Passou a noite com uma puta qualquer enquanto suas mulheres estão em casa cuidando da sua filha neh? Filho da puta desgraçado!A mulher está possuída, ela grita igual uma louca. Alterno meu olhar assustada entre a mulher e sheik,
Três dias haviam se passado, eu não voltei pra casa, meu pai só enviou uma mensagem perguntando se eu estava bem, mas nem quis saber aonde eu estava, mandei um áudio dizendo que estava bem, assim ele não entrava em paranóia... Não surtem, eu não vou engravidar, a primeira coisa que fiz quando acordei foi comprar a pílula do dia seguinte, tomei duas vezes pra me certificar que não engravidaria, sei que minha menstruação vai ficar louca por causa da quantidade de hormônio que tomei, mas fazer o que, engravidar está fora de questão. Eu ia trabalhar, mas na hora de ir embora eu saia pelos fundos, lógico que pedi cobertura as meninas do trabalho que me limitei em dizer que estava querendo distância de um ex, elas acreditaram e me ajudaram, mas eu sempre tinha aquela sensação de estar sendo observada. Eu acabei bloqueando ele em tudo, no meu celular, nas redes sociais também... Hoje não tinha jeito, eu teria que voltar pra casa, não tinha como eu ficar com ela mais tempo, as enfermeira
Meu pai me olha e olha para o sheik... — Deixa eu adivinhar... Você é o tal sheik? — Em carne e osso! Seu olhar é de raiva. — Infelizmente não é um prazer te conhecer, mas ao mesmo tempo foi bom, assim você já convence ela de ficar longe de você! Meu pai está sério e não demostra medo algum de sheik. — E por que eu faria isso? Ele cruza os braços encarando meu pai. Eu estou aqui, no meio desses dois tentando pensar em algo rápido para evitar um assassinato. — Por que é o certo! Por que ela é só uma menina! Porque você é um traficante que está complicando a vida dela! Por que ela foi parar na delegacia por sua causa e pode ter a vida virada de cabeça pra baixo por te proteger! Sheik me encara por um tempo, ele está pesando os prós e os contras em relação ao que meu pai disse e antes que ele fale qualquer coisa eu me intrometo na confusão. — Vocês esquecem que já sou maior de idade e independente do que os dois falem quem decide o que vai acontecer sou eu! Eu estou irrit
Me levantei por volta das 6 da manhã, tomei meu banho e depois da minha higiene matinal desci as escadas para tomar meu café da manhã, meu pai já estava a mesa tomando o seu café para ir trabalhar. — Bom dia. Digo me sentando a mesa e já preparando meu pão. — Bom dia, já falei com seu tio, ele disse que... Antes que meu pai concluísse o que ia falar, eu já o interrompo. — Não vou viajar, não vou pra casa de ninguém! Vou manter minha rotina de sempre... — Mas Ju... — Não se preocupe, não vou vê-lo mais, não vou ter nenhum tipo de contato com ele... Mas mesmo que eu tivesse, não vou permitir nunca que façam escolhas pra mim! Sou curta e grossa! — Você tem o temperamento da sua mãe! Ele bufa. — Minha mãe viveu a vida dela, fez as escolhas dela e arcou com as consequências... É melhor arcarmos com as consequências das nossas escolhas, do que com as escolhas dos outros! Digo evitando entrar em uma briga com ele, por que era sempre o que acontecia, era só ele tocar na minha m
Como a comemoração seria na praia, optei por um top tomara que caia branco, uma saia longa com uma fenda grande em uma das pernas branca também, um colar longo e um chinelinho, alguns acessórios também.Meu irmã mandou um de seus seguranças vir me buscar e por volta das 20 horas eu já estava na praia. Foi montado um “cercadinho” na areia, era nosso espaço exclusivo. Tinha uma barraca com todos os tipos de comidas e bebidas e garçons para estar nos servindo. — Você veio... Minha cunhada vem até mim e me abraça. — Acho que não tive muita opção. Respondo rindo. — Não tinha mesmo, seu irmão surtaria... Vem, vou te levar até ele. Ela saí me puxando. Estavam todos ali, os amigos do meu irmão, minha madrinha, amigos dos meus pais... Todos me abraçaram e me beijaram, eu não gostava muito de ser o centro das atenções, não me sentia muito confortável, então sem que ninguém percebesse eu fui me afastando. Nossa posição era estratégica, estávamos de frente para o mar, onde teria as queim
Caminhamos pela areia até chegarmos no asfalto, seus seguranças sempre atrás da gente... Depois de uma caminhada de aproximadamente cinco minutos chegamos em frente ao Copacabana palace, puta que pariu, não acredito que ele vai entrar! Sim, entramos no Copacabana Palace e um homem bem vestido se aproxima de nós. — Boa noite, em que posso ajudar? — Quero a cobertura! Sheik é direto. — Senhor, infelizmente as coisas não funcionam assim, o senhor precisaria ligar e reservar... Sheik sem paciência como sempre nem deixa o pobre terminar de falar. — Chama o Ulisses pra mim, diz que é o Allan Ribeiro. O homem assente com a cabeça e saí, não demora muito e o tal do Ulisses chega. — Allan, quanto tempo. Ele está constrangido e é nítido que a presença de sheik ali o incomoda. — Cobertura! Sheik é ríspido e o tal Ulisses na hora faz sinal para que o acompanhemos.Em questão de minutos estamos no último andar do Copacabana Palace, simplesmente o hotel mais caro e famoso do Rio de Jan
Chego na praia e vejo Nathy quieta em um canto. — Aconteceu alguma coisa? Questiono estranhando o fato dela está quieta, Nathy chegou toda animada. — Você estava aonde? Ela pergunta tentando tirar o foco de cima dela, mas eu sou esperta. — Resolvendo um probleminha aí, mas me diz, por que está toda jururu? Ela olha para um canto da praia e o sigo seu olhar, vejo Nick beijando uma menina qualquer fora do cercado. — Nada, só estou cansada, acho que vou embora. — Você gosta dele? Pergunto ainda olhando na direção de Nick. — É um crush de infância, mas sei que é algo impossível. — Ele tem quantos anos? — Acho que 26... Sua voz é baixa. — Realmente uma diferença de idade muito grande... Você é nova Nathy, bonita... Curte com quem quiser e quem sabe uma hora ele se dá conta que você é a mulher da vida dele?Nathy gargalha. — E se ele não se der conta nunca? — Aí meu amor o azar é dele, por que tenho certeza que garotos atrás de você não faltará. Vem, vamos dançar. Passamos
Ainda Nathy...Duas semanas depois... Hoje era dia de baile e eu não tinha o hábito de ir sozinha, minha tia não deixava, então eu grudava no Estevão e fazia ele me levar. Claro que ele não gostava, mas se ele não me levasse eu não colocaria minhas amigas na fita dele e ainda faria propaganda errada. — Se você demorar mais um minuto eu juro que te deixo em casa, Natália! Estevão grita da sala. Eu estava me arrumando desde cedo, eu sempre me produzia toda esperando me olhar, não tem funcionado até o momento. — To pronta já, eu hein! Pra que tanto estresse?! Reclamou. — Estresse nenhum, hoje eu estou de trampo, posso atrasar não! Seguimos até o baile de moto, eu ficava irritada quando Estevão fazia isso, meu cabelo chegava todo embaraçado, mas melhor que ir a pé. Entramos na quadra e seguimos até o camarote, lá estava cheio... Eu conseguia vê as putas de sempre, mas meu colírio não havia chegado ainda. — Vê se fica de boa, não saí do camarote e vê se não fica de fogo com ma