Três meses depois... Hoje é o dia mais esperado da minha vida, dia que completo meu tão esperado 18 anos, nesse tempo eu mudei um pouco e resolvi não ir morar com meu irmão, pelo menos não agora, eu ainda me sinto muito insegura, tenho a sensação de estar sendo sempre observada, por isso vou seguir minha rotina de sempre. Meu irmão estava casado, não ia ficar legal eu atrapalhar ele e a esposa e apesar da briga com meu pai, eu sei que ele me ama e eu não vou deixá-lo sozinho... Sim, eu tenho mágoa dele pelo que aconteceu com minha mãe, mas ainda sim ele era o meu pai e só tinha eu como parente mais próximo. Mas algumas coisas mudaram, tipo, eu estar na maré em um baile funk comemorando meu aniversário. Em outro momento meu pai jamais deixaria, mas nesse momento ele não teve opção, primeiro que já sou maior de idade e segundo que eu ameacei ir embora de vez. — Animada pro seu primeiro baile? Minha cunhada me abraça empolgada. — Sim. Digo sorrindo. Entro naquela quadra lotada, g
— Você aqui?Ele pergunta confuso, mas seu olhar está preso nos meus. — Em carne e osso!Respondo lembrando do que ele disse pra mim no hospital quando eu perguntei se ele era o cara do telefonema errado e parece que ele se lembra, por que rir. — O que faz aqui?Antes que eu respondesse meu irmão se aproxima e a loira que veio com ele também. — O que está acontecendo aqui? João pergunta sério. — É, o que está acontecendo? A loira retruca. — Eu... Eu conheci ele... Eu estou igual uma idiota gaguejando, não consigo formular uma palavra se quer, até que João entende tudo. — Puta que pariu, é ele?Meu irmão tem os olhos arregalados de surpresa e eu só respondo com um balançar de cabeça. — Eu o que? Vocês também se conhecem?Sheik questiona sem entender nada. — Porra irmão! João abraça Sheik. —Foi você que salvou minha irmã? Obrigado, cara! Sheik me olha com a testa franzida, a ficha dele custava a cair. — Vocês são irmãos? Ele pergunta embasbacado. —Posso saber o que está
Eu saí do baile e deixei ele lá e toda vez que eu fechava os olhos só vinha a cena dele quase transando com a loiruda.— Droga Ju, tira ele da cabeça! Isso é vergonhoso! Eu falava comigo mesma. Era vergonhoso eu imaginar ter qualquer coisa com ele, nunca que ele teria olhos pra mim, não com uma puta gostosa do seu lado. Acabo pegando no sono e quando acordo já dou de cara com uma caixa em cima da cama. Ainda deitada pego ela e abro, dentro tinha um iPhone, procuro um bilhete, mas não acho. Ligo o aparelho e vejo que já foi feita as configurações e inclusive tem o whatsapp instalado, entro no mesmo e lá tem uma única mensagem, de um único número salvo. Gatinho...“Problema resolvido, agora eu tenho seu número e você o meu” “Qualquer b.o é só me ligar.” Esboço um sorriso, ele salvou o contato dele como “gatinho” e de alguma forma conseguiu por esse presente aqui. Resolvo enviar uma mensagem. “Como conseguiu ter acesso ao meu quarto?” “Tenho meus meios” Ele responde rápido.
Apesar de ainda estar brava com ele, resolvo não entrar nessa briga.— Você não vai comigo? Ele ainda me encara. — Vou fazer o que lá Sheik? Vai dar dez da noite e vai ficar tarde para voltar. — Dorme lá ué! — Dormir aonde? Sua esposa já sabe disso? Pergunto em um tom debochado — Cara, você é minha amiga e ela tem que aceitar, então não se preocupe. Ouvir ele dizer com todas as letras que somos amigos deu uma pontada no meu peito, mas ele não mentiu, realmente não tínhamos nada além de uma “amizade”, se é que somos amigos mesmo. Resolvo não dizer nada, só dou as costas a ele e sigo para minha cama e me deito nela me cobrindo. — Quando sair não faça barulho! Me cubro e fecho os olhos. Ouço barulho de algo caindo, abro os olhos rápido e ele está só de cueca, sem blusa e sem tênis, fico em choque observando aquele corpo, mas volto a mim. — O que você está fazendo? Se vista e qual parte de “não fazer barulho” você não entendeu? Digo afoita e assustada. — Ops, foi sem querer
Sheik... — Você vai aonde? Tom tom me tonteia. — Te interessa? Respondo escolhendo a blusa que vou usar pra ir ao pagode mais tarde. — Claro que interessa! Ou você esqueceu que é casado? — Somos? Tô sabendo disso não, pelo que sei não assinei documentos algum. Digo escolhendo uma blusa branca da Hurley. — Juntado de fé, casado é! Esqueceu sheik? — Antonella, vai caçar o que fazer vai! Ignoro o que ela fala e já vou escolher um boné. — Ok sheik, não quer dizer aonde vai, não diga! Estou indo no pagode! Aí fodeu tudo, era pro pagode que eu ia levar a Ju. No dia que resgatei ela senti uma parada estranhona, maior vontade de protegê-la, me senti até um boiola emocionado. No dia que ela foi embora minha vontade mesmo era de segura-la ali e eu podia fazer isso, já que ela queria ficar aqui no morro, mas eu estava me sentindo muito estranho ao lado dela, uma parada doida e o melhor era tirar ela do morro, além dela ser só uma adolescente cheia de problemas, eu tinha uma vida m
Não sei que porra de necessidade é essa que tenho de estar perto dela, nunca dormi tão bem na minha vida como dormi essa noite e olha que me mantive o mais longe dela possível. Dou as costas para ela trocar de roupa. Na minha frente, um pouco pro meu lado direito tem um espelho enorme e porra, eu consigo vê perfeitamente o seu corpo quase nu... Ela está de costas pra mim, mas usa uma calcinha rosa minúscula, totalmente encravada naquela bunda arredondada e arrebitada. Ela não usa sutiã e tem vários sinais nas costas... Minha boca saliva e meu pau quer me trair. — Pronto! Ela diz me tirando desse transe louco. — Vamos... Vamos... Digo apresado e já vou andando na frente dela, eu precisava acalmar meu amigão. — Vamos aonde? Ela está atrás de mim perguntando. — Conhecer minha comunidade. Respondo. ... Chego na entrada da minha comunidade, paro o carro e me preparo para descer. — Me aguarda só um minuto. Peço. Vou em direção ao moleques que estão na atividade, cumprimento g
Tomo um banho, coloco uma roupa e desço as escadas para ir pra rua, na sala encontro Duda emburrada, passo tentando ignorar. — Isso não está dando certo sheik! Ela diz do sofá e eu paro na porta e dou uma respirada fundo. — O que não está dando certo Eduarda? Volto meu corpo para sua direção. — Eu sei que você está interessado na novinha que a tom tom falou e sei que no final você sempre consegue o que quer... Não vou aceitar mais uma aqui, você não consegue dar conta de três, acha mesmo que vai dá conta de quatro? Aí ela mexeu com meu ego, quem disse que eu não dou conta de três? — Quem disse que eu não dou conta? Pergunto bolado. — Qual foi a última vez que transamos? Ela questiona. — Não transar com você não significa nada Duda, era o seu dia, mas calhou de ser no dia que tenho b.o pra resolver. Tento explicar a ela. — Você sempre tem b.o sheik, todo dia é um diferente, daqui a pouco viveremos como amigos nessa casa. Bom, se é sexo que ela quer, é sexo que terá...
— Qual foi sheik, as esquentadinhas estão fazendo greve de sexo? Nick zoa. — Pelo contrário, querem tanto que acabam falando merda! Digo sem entrar em detalhes. — Tú sabe que virou lenda neh? Sete de uma vez? Estevão diz rindo. — Seis! Uma ficou de castigo só assistindo e vamos voltar ao trabalho, vocês estão muito fofoqueiros. Chamo marreta para o meu escritório enquanto os outro voltam aos seus afazeres. — Conseguiu alguma coisa sobre o cara que comprou a Ju? — Tão revirando tudo sheik, tem infiltrados nossos em cada prostíbulo dessa cidade, uma hora eles ficam sabendo o nome do filho da puta. — Acredita que a garota cismou de trabalhar? — Porra! Você sabe que isso fode tudo, neh? Não tem como ela ficar por aí sozinha. Marreta coça a cabeça preocupado. — Tô ligado nisso, por isso que vou marcar em cima... Vou levá-la no trabalho e vou buscá-la também e no dia que não der mando Estevão. Nick e Breno(marreta) eram meus parças de infância, aqueles que sempre estavam comig