Bruno bateu animado no ombro dele:— Quando você chegou? Por que não avisou os amigos? A gente está com uma sala reservada lá em cima. Vamos beber juntos!Rafael massageou as têmporas:— Vou passar, vocês podem continuar.Ao vê-lo se afastar, Bruno ficou confuso.Ele nunca perdia essas reuniões. Será que… ele e Júlia fizeram as pazes? Faz sentido, recém reconciliados, ele deve estar sem tempo para baladas.— Bruno, o que você está olhando? Estamos esperando por você.Alguém chamou da escada, e Bruno deu de ombros, deixando a ideia de lado, e voltou para eles....Quando Rafael chegou na mansão, já eram dez da noite.O quarto e o vestiário já tinham sido arrumados, e todas as coisas de Júlia estavam organizadas novamente.Rafael mudou de direção e foi até o escritório.As estantes que cobraram uma parede inteira estavam cheias de livros de biologia.Embora Júlia não tenha continuado seus estudos, ela nunca deixou seu campo de lado. Passando horas no escritório sempre que podia, cercada
No caminho, os dois ficaram em silêncio, trocando apenas algumas palavras no início.José estava com seu carro habitual, percebeu que ela não estava de bem humor, dirigiu em uma velocidade constante e confortável.Ao chegarem na vila, o segurança na entrada reconheceu Júlia e acenou:— Srta. Júlia, faz tempo que não a vejo! Estava viajando?Júlia respondeu com um sorriso discreto, sem falar nada.José observou a expressão no rosto dela, mas não perguntou mais nada.Os dois seguiram em silêncio até a porta da mansão. José estacionou e perguntou:— Quer que eu ajude a carregar as coisas?Júlia balançou a cabeça:— Não precisa, são só alguns livros, consigo sozinha. Espera um pouco.Ela saiu do carro e se dirigiu à entrada da casa.Ao tocar a campainha, a voz de Ana ecoou do outro lado:— Já vai!Quando viu Júlia, Ana abriu a porta e exclamou com alegria:— Srta. Júlia! Você...Finalmente você voltou!Júlia sorriu levemente e explicou:— Só vim buscar umas coisas…Antes que pudesse termin
Júlia falou com a voz rouca, misturada com um tom de medo e desespero, como um pássaro assustado, frágil e perdido.Rafael sentia seu corpo esquentar ainda mais, abandonou a blusa dela e deixou suas mãos deslizaram diretamente por debaixo da saia.Júlia ficou chocada:— Rafael, você pode ter qualquer mulher que quiser! Por que precisa forçar uma ex-namorada que já terminou com você?! Se você quiser, posso ligar agora para a Viviane e chamá-la aqui. Não faça isso!Rafael olhava para ela, vendo seu rosto assustado, os olhos avermelhados demonstrando uma resistência teimosa. Uma chama de raiva subiu em seu coração:— O que foi? Em poucos dias já ficou tímida? Não é como se eu nunca tivesse te tocado antes. Para de fingir ser uma santa!Júlia tremeu de raiva:— Seu canalha!Ele deu um sorriso frio, segurando o queixo dela:— Você acha que, após me deixar, vai valer alguma coisa? Ninguém quer uma mulher que já esteve com outro homem.As lágrimas caíam de seus olhos sem controle, e Júlia ol
Rafael não ia deixar barato. Ele levantou o punho e partiu para cima de José, retrucando:— Você acha que pode me bater? Quem você pensa que é? Enquanto estavamos namorando, você nem fazia ideia de onde estava…José interceptou o soco de Rafael. Diferente do desespero de Rafael, ele manteve a calma, embora seus olhos mostrassem uma frieza inquietante.Ele disse calmamente:— E você? Qual é o seu papel? O ex-namorado que ainda permanece após o rompimento ou um estuprador??As palavras de José eram como facas afiadas, atingindo diretamente os pontos fracos de Rafael.— Você está pedindo para morrer! — Rafael tentou puxar o braço para soltar o punho preso.Mas José segurava firme, sem ceder.— Chega! — Júlia finalmente se recompôs e levantou-se do sofá, ajustando a jaqueta que José havia lhe emprestado, sem sequer lançar um olhar para Rafael.Ela se virou para José e abaixou a cabeça:— Professor José, desculpe por você presenciar isso.José franziu a testa e perguntou:— Precisa que eu c
Enquanto estudava, Júlia adorava a comida do segundo andar. A responsável por servir os pratos era uma senhora de rosto redondo, sempre sorridente, que não resistia a colocar uma porção extra de carne no prato de Júlia.De longe, Júlia avistou o balcão onde a senhora servia, do mesmo jeito de antes.Três anos após a formatura, Júlia não tinha certeza se a senhora ainda se lembrava dela.Esperando na fila, Júlia se aproximou. A senhora estava ocupada, mas quando sentiu o peso na colher, Júlia não pôde deixar de sorrir:— Obrigada, senhora.José passou o cartão e os dois escolheram um lugar para se sentar.Júlia lembrou-se de como era na época da universidade:— Costumava ficar tanto tempo no laboratório que esquecia de almoçar. Quando finalmente saía, já passava de uma e meia, e quase não sobrava comida, mas aquela senhora sempre guardava uma coxa de frango para mim.José estava logo atrás dela na fila, notou que a senhora, trocou a expressão cansada por um sorriso, quando reconhecer Jú
Ao entrar em casa, a primeira coisa que Júlia fez foi organizar aqueles livros. Após colocar cada um no lugar, estava suada.Após tomar um banho, ela foi para a sala e viu a pomada que estava sobre a mesa. Ela pegou-a, abriu o frasco e começou a aplicá-la cuidadosamente nas marcas roxas no peito e na cintura.A pomada gelada, com um leve aroma de hortelã, aliviou a dor rapidamente.Ainda era cedo, e ela pensou em ler um pouco. Mas, depois de um dia tão cansativo, sua cabeça latejava de dor, então ela se deitou exausta e adormeceu rapidamente.No meio da noite, Júlia teve um pesadelo. No sonho, Rafael se transformava em um monstro e a agarrava, e por mais que ela tentasse, não conseguia se livrar dele. O medo era tão real que ela acordou de repente, respirando com dificuldade.A noite ainda era longa, mas ela não tinha coragem de voltar a dormir.Ela pegou o celular e ligou para Patrícia imediatamente, mas ninguém atendeu.Ela segurou o celular e se levantou, mas percebeu que a luz da v
[Venha aqui.]Viviane quase pulou de alegria ao ver a mensagem enquanto estava aconchegada em sua cama.Ela já havia tentado várias vezes, intencionalmente ou não, até mesmo... com um pouco de sedução, para ver se Rafael responderia, mas ele nunca cedia. Achava que dessa vez não seria diferente, então a resposta positiva a surpreendeu.Imediatamente, ela se levantou, trocou de roupa e se preparou para sair.Sua colega de quarto, que ainda estava acordada, olhou curiosa:— Viviane, a essa hora, vai aonde?— Você não sabe mesmo? Uma noite com aquele namorado rico e lindo vale ouro. — Brincou outra colega, enquanto jogava videogame, fazendo Viviane corar.Antes, a hesitação de Rafael em tocá-la sempre lhe dava a sensação de que ele poderia desistir a qualquer momento, deixando-a sem segurança nenhuma.Dessa vez, se eles realmente transassem…Ela seria a namorada oficial de Rafael finalmente.Então, ela escolheu um conjunto especial de lingerie para a ocasião.Chegando à mansão, antes que
Bruno se endireitou no sofá com surpreso:— Finalmente decidiu ceder? Não vai continuar com essa vida de monge?Diante da provocação de Bruno, Rafael manteve-se impassível, sem sequer levantar os olhos.Ele disse:— Foi apenas um caso de uma noite, não seria a primeira vez.Bruno sorriu, satisfeito que seu amigo finalmente estivesse voltando ao normal:— Beleza, vou providenciar algo rápido, me certificar de que esteja limpo e não lhe causarei nenhum problema..Desligando o celular, em menos de cinco minutos Bruno enviou um endereço:[Endereço: Paraíso Secreto, quarto 1080][Essa garota eu estava de olho há um bom tempo, ainda é virgem. É toda sua.]Rafael deu um sorriso de canto, pegou o casaco e saiu.A noite estava escura, e o clima era perfeito para um encontro desses.Na manhã seguinte, Bruno saiu do quarto ao lado. Tinha bebido bastante na noite anterior e só acordou ao meio-dia.Paraíso Secreto era um dos empreendimentos da família de Bruno, ele estava hospedado em uma suíte lux