Admitindo a falta de conhecimento para lidar com a magia de Selene, a feiticeira Dourada já havia conversado com Grend, líder do clã de elfos da Montanha do Corvo, logo após a jovem curar as feridas de Cedric, causadas por um drider. A comunicação não prosseguiu pela resistência de Selene em voltar ao treinamento, agora superada.Atendendo as súplicas da jovem rainha, e indo contra a ordem do rei, Ayala começou a conjurar as águas dentro de longos pontes nos quatro cantos do cômodo, murmurando palavras ancestrais e movendo as mãos com graça e precisão até se formar a tela de comunicação.Enquanto as águas se moviam contorciam, Selene sentiu um arrepio percorrer sua espinha, ansiosa e tensa em conhecer o elfo que causava a expressão aborrecida de Gael. Patry observava com olhos curiosos. A feiticeira continuou seu ritual, canalizando sua energia e concentração na tarefa de estabelecer a conexão com Grend.Finalmente, as águas se aquietaram e revelaram a figura imponente do elfo da Mont
Selene sentiu uma onda de calor envolvendo-a quando Grend, líder dos elfos da Montanha do Corvo, concluiu o feitiço de teletransporte. Aconchegada em um ambiente mágico, ela encontrou-se no meio de uma floresta fechada, onde a luz do sol se filtrava através das folhas das enormes árvores. Ficou maravilhada com a beleza natural do local, mas também sentiu um leve medo diante da imponência e do olhar carrancudo de Grend.Grend, com sua imponente presença e semblante sério, permaneceu sentado em seu trono frondoso, o olhar penetrante analisando-a de cima a baixo.— Selene, bem vinda a Montanha do Corvo! Aviso que a submeterei a três testes antes de dar minha resposta ao seu pedido — declarou Grend, erguendo um dedo de cada vez ao citar quais seriam: — Do sangue, da mente e o do coração. — A fitou com intensidade ao comentar para surpresa da jovem: — Passou em um teste ao chegar aqui sem dificuldade.Selene abriu a boca, interessada em saber em qual conseguiu a aprovação do elfo, mas ele
O jardim de Magdala, outrora cheio de vida e esplendor, agora refletia o declínio do reino. As flores murchas e a grama ressequida testemunhavam a decadência que se instalara sob a influência de Mamba. Em meio a esse cenário sombrio, Mamba se reunia com Eriz, em sua forma humana.— Mestre, Grend da Montanha do Corvo aceitou ajudar Selene a controlar a magia lunar. — A expressão de Eriz mantinha-se impassível, mas mantinha-se alguns passos de distância. — De alguma forma ela o convenceu a permitir a passagem dela na montanha.Mamba cerrou os punhos, uma onda de fúria contorcendo seus traços.— Aquela mestiça não vai atrapalhar meus planos — urrou sua ira ecoando pelos corredores de ramos secos. Seus olhos alaranjados brilharam com intensidade diante de uma resolução. — Precisamos acelerar os planos, antes que Selene adquira conhecimento demais sobre o poder. Prepare os nossos comparsas, Eriz.Eriz assentiu com um aceno sutil, transformando-se de imediato em um falcão e voando em direçã
Chegando a Montanha do Corvo, depois de uma hora sentada e de olhos fechados, em um círculo formado pelos elfos da montanha, para captar a magia lunar em seu centro elemental, Selene foi levada por Grend e uma elfa de nome Genry até uma clareira.— Agora que você aprendeu a buscar o poder de seu centro elemental, é hora de avançar para uma forma mais prática de controle da magia — disse Grend, montado no cervo que sempre ficava ao lado dele, fitando-a jovem rainha com intensidade. — Hoje aprenderá como canalizar a magia, que circula ao seu redor, e lançá-la através das mãos e outras ferramentas.Selene assentiu em concordância.Em sete dias de ensinamentos já conseguia enxergar uma névoa azulada movendo-se por seu corpo, a magia lunar que Grend e os demais elfos garantiam que estava em volta dela o tempo todo. Embora ainda não irradiasse magia voluntariamente, a conexão com o poder lunar aumentava com as indicações e o aprendizado evoluía assim como a exaustão se fazia presente na mes
Selene acordou lentamente, sentindo o calor do sol filtrado pelas cortinas do quarto real. Se espreguiçou e olhou ao redor, ainda um pouco sonolenta e confusa. Cedric estava ao seu lado, observando-a com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, minha rainha. Dormiu bem? — ele perguntou, acariciando o rosto dela suavemente.— Sim, tirei um cochilo antes do almoço. — respondeu Selene, esfregando os olhos. — Vou jogar uma água no rosto, trocar de roupa e te acompanho na refeição — prometeu se sentando, as mãos tentam em vão alinhar o tecido da túnica branca com detalhes em dourado.Cedric soltou um breve riso, se levantou e estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo.— Tirou mais que um cochilo. Está dormindo desde ontem à tarde. Não te acordei por perceber o quanto está cansada nos últimos dias — explicou trazendo-a para junto de si em um abraço. — Falei para esquecer o estudo dos livros de contas das rainhas anteriores e deixar as tensões do palácio nas mãos do Benji — aconselhou ajeit
Sob o céu da Montanha do Corvo, Aodh planava suavemente através das densas copas das árvores. O vento sussurrava entre as folhas, criando uma sinfonia natural que ecoava pela floresta, acariciando a face de Selene, observando maravilhada a bela paisagem vista de cima.Aodh pousou suavemente no chão da floresta da Montanha do Corvo, as asas negras recuando enquanto tocavam a margem de um lago sereno, de águas límpidas refletindo o brilho do sol filtrado pela folhagem ao redor.O casal desmontou e o corvo, voltando ao tamanho original, voou em círculos acima deles, como se estivesse avaliando o local, antes de pousar no galho de uma árvore.— Venha, tenho algo especial para você. — Cedric sorriu caloroso, entrelaçando seus dedos aos de Selene para levá-la até uma pequena canoa. — Prometo que vai adorar — ele disse colocando-a na pequena embarcação e entregando a cesta para se alimentarem durante o passeio.Feliz com o empenho de Cedric em lhe dar um dia de tranquilidade, Selene sentou e
Tendo o corpo dominado pelos lábios e mãos de Cedric, Selene ofegava, os dedos emaranhados no cabelo dele, puxando-o para si. Estava sedenta pelas sensações intensas e excitantes que o corpo grande e forte de encontro ao seu lhe proporcionava.Ele ajeitou-se entre suas pernas, as mãos agarrando as coxas roliças, os dentes capturando a boca dela sedutoramente, se enterrando nela. Cobriu seus gemidos com beijos apaixonados, movendo-se em uma paixão febril, sentindo as unhas da esposa se afundar em sua pele. Ela lançou as pernas em volta dele, incentivando-o a ir cada vez mais fundo, forte e rápido até ambos caírem em um turbilhão de êxtase.Cedric moveu-se para colocá-la acima de si, afastando deles alguns dos potes que trouxe na cesta para se acomodarem melhor na manta. Deslizando os dedos preguiçosos pelos fios loiro-platinados, deixou-se levar pela paz encontrada naquele pequeno refúgio.A tarde seguiu tranquila, com conversas leves, Cedric e Selene permaneciam abraçados na manta est
Concentrado em seus afazeres no salão do trono, junto com o conselho de Eszter, Cedric tentava resolver as questões que atormentavam seu povo.O mordomo do palácio, junto com listas de suprimentos, pedidos e indicações alinhadas com Selene, buscava diariamente o rei para informar o que tinham feito pelos moradores das cidades-feudos, acomodados dentro da fortaleza desde os ataques orquestrados pelo Rei Perverso.Gael insistia que definisse um caminho para resolver as tensões políticas, causada pelo próprio estrategista ao inflamar os nobres, ao ponto que atormentavam o rei para dar chance a uma nova rainha. Cedric apenas simplesmente empurrava o tema para outro dia, seguindo para o tema que te fato os reunia: a guerra contra Magdala.Os informes pioraram desde que esztianos, dominados por uma magia semelhante a que jogaram em Cedric, e quase matou Selene, apareceram na muralha declarando que Phelix Volun declarava guerra contra Eszter.Pelo mar chegavam soldados de Magdala. Pelo que p