Logo pela manhã, como combinado com Gael, aproveitando que Cedric foi cuidar dos assuntos da guerra, Selene seguiu para o lugar combinado no dia anterior, ao encontro de Ayala para reiniciar as aulas de magia.Para despistar curiosos, contou a Patry, sua dama de companhia, o que faria para ajudar o reino, de forma a ter a companhia e o apoio da jovem. Também pediu que evitasse falar sobre o assunto perto de Aodh, evitando que a conexão da ave com Cedric entregasse seus planos cedo demais.Entraram na biblioteca real, repletas de corredores com estantes altas nos dois pisos do cômodo enorme. Fecharam a porta para isolar o local do olhar dos guardas no corredor, e seguiram até as estantes do fundo, atravessando um portal que as levou para as acomodações da feiticeira Dourada.Selene ficou impressionada com o local, maior que a sala de aula em que sempre encontrava a feiticeira Dourada. As paredes e janelas eram revestidas por seda dourada, dançando suavemente ao sopro do vento e reluzin
Admitindo a falta de conhecimento para lidar com a magia de Selene, a feiticeira Dourada já havia conversado com Grend, líder do clã de elfos da Montanha do Corvo, logo após a jovem curar as feridas de Cedric, causadas por um drider. A comunicação não prosseguiu pela resistência de Selene em voltar ao treinamento, agora superada.Atendendo as súplicas da jovem rainha, e indo contra a ordem do rei, Ayala começou a conjurar as águas dentro de longos pontes nos quatro cantos do cômodo, murmurando palavras ancestrais e movendo as mãos com graça e precisão até se formar a tela de comunicação.Enquanto as águas se moviam contorciam, Selene sentiu um arrepio percorrer sua espinha, ansiosa e tensa em conhecer o elfo que causava a expressão aborrecida de Gael. Patry observava com olhos curiosos. A feiticeira continuou seu ritual, canalizando sua energia e concentração na tarefa de estabelecer a conexão com Grend.Finalmente, as águas se aquietaram e revelaram a figura imponente do elfo da Mont
Selene sentiu uma onda de calor envolvendo-a quando Grend, líder dos elfos da Montanha do Corvo, concluiu o feitiço de teletransporte. Aconchegada em um ambiente mágico, ela encontrou-se no meio de uma floresta fechada, onde a luz do sol se filtrava através das folhas das enormes árvores. Ficou maravilhada com a beleza natural do local, mas também sentiu um leve medo diante da imponência e do olhar carrancudo de Grend.Grend, com sua imponente presença e semblante sério, permaneceu sentado em seu trono frondoso, o olhar penetrante analisando-a de cima a baixo.— Selene, bem vinda a Montanha do Corvo! Aviso que a submeterei a três testes antes de dar minha resposta ao seu pedido — declarou Grend, erguendo um dedo de cada vez ao citar quais seriam: — Do sangue, da mente e o do coração. — A fitou com intensidade ao comentar para surpresa da jovem: — Passou em um teste ao chegar aqui sem dificuldade.Selene abriu a boca, interessada em saber em qual conseguiu a aprovação do elfo, mas ele
O jardim de Magdala, outrora cheio de vida e esplendor, agora refletia o declínio do reino. As flores murchas e a grama ressequida testemunhavam a decadência que se instalara sob a influência de Mamba. Em meio a esse cenário sombrio, Mamba se reunia com Eriz, em sua forma humana.— Mestre, Grend da Montanha do Corvo aceitou ajudar Selene a controlar a magia lunar. — A expressão de Eriz mantinha-se impassível, mas mantinha-se alguns passos de distância. — De alguma forma ela o convenceu a permitir a passagem dela na montanha.Mamba cerrou os punhos, uma onda de fúria contorcendo seus traços.— Aquela mestiça não vai atrapalhar meus planos — urrou sua ira ecoando pelos corredores de ramos secos. Seus olhos alaranjados brilharam com intensidade diante de uma resolução. — Precisamos acelerar os planos, antes que Selene adquira conhecimento demais sobre o poder. Prepare os nossos comparsas, Eriz.Eriz assentiu com um aceno sutil, transformando-se de imediato em um falcão e voando em direçã
Chegando a Montanha do Corvo, depois de uma hora sentada e de olhos fechados, em um círculo formado pelos elfos da montanha, para captar a magia lunar em seu centro elemental, Selene foi levada por Grend e uma elfa de nome Genry até uma clareira.— Agora que você aprendeu a buscar o poder de seu centro elemental, é hora de avançar para uma forma mais prática de controle da magia — disse Grend, montado no cervo que sempre ficava ao lado dele, fitando-a jovem rainha com intensidade. — Hoje aprenderá como canalizar a magia, que circula ao seu redor, e lançá-la através das mãos e outras ferramentas.Selene assentiu em concordância.Em sete dias de ensinamentos já conseguia enxergar uma névoa azulada movendo-se por seu corpo, a magia lunar que Grend e os demais elfos garantiam que estava em volta dela o tempo todo. Embora ainda não irradiasse magia voluntariamente, a conexão com o poder lunar aumentava com as indicações e o aprendizado evoluía assim como a exaustão se fazia presente na mes
Selene acordou lentamente, sentindo o calor do sol filtrado pelas cortinas do quarto real. Se espreguiçou e olhou ao redor, ainda um pouco sonolenta e confusa. Cedric estava ao seu lado, observando-a com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, minha rainha. Dormiu bem? — ele perguntou, acariciando o rosto dela suavemente.— Sim, tirei um cochilo antes do almoço. — respondeu Selene, esfregando os olhos. — Vou jogar uma água no rosto, trocar de roupa e te acompanho na refeição — prometeu se sentando, as mãos tentam em vão alinhar o tecido da túnica branca com detalhes em dourado.Cedric soltou um breve riso, se levantou e estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo.— Tirou mais que um cochilo. Está dormindo desde ontem à tarde. Não te acordei por perceber o quanto está cansada nos últimos dias — explicou trazendo-a para junto de si em um abraço. — Falei para esquecer o estudo dos livros de contas das rainhas anteriores e deixar as tensões do palácio nas mãos do Benji — aconselhou ajeit
Sob o céu da Montanha do Corvo, Aodh planava suavemente através das densas copas das árvores. O vento sussurrava entre as folhas, criando uma sinfonia natural que ecoava pela floresta, acariciando a face de Selene, observando maravilhada a bela paisagem vista de cima.Aodh pousou suavemente no chão da floresta da Montanha do Corvo, as asas negras recuando enquanto tocavam a margem de um lago sereno, de águas límpidas refletindo o brilho do sol filtrado pela folhagem ao redor.O casal desmontou e o corvo, voltando ao tamanho original, voou em círculos acima deles, como se estivesse avaliando o local, antes de pousar no galho de uma árvore.— Venha, tenho algo especial para você. — Cedric sorriu caloroso, entrelaçando seus dedos aos de Selene para levá-la até uma pequena canoa. — Prometo que vai adorar — ele disse colocando-a na pequena embarcação e entregando a cesta para se alimentarem durante o passeio.Feliz com o empenho de Cedric em lhe dar um dia de tranquilidade, Selene sentou e
Tendo o corpo dominado pelos lábios e mãos de Cedric, Selene ofegava, os dedos emaranhados no cabelo dele, puxando-o para si. Estava sedenta pelas sensações intensas e excitantes que o corpo grande e forte de encontro ao seu lhe proporcionava.Ele ajeitou-se entre suas pernas, as mãos agarrando as coxas roliças, os dentes capturando a boca dela sedutoramente, se enterrando nela. Cobriu seus gemidos com beijos apaixonados, movendo-se em uma paixão febril, sentindo as unhas da esposa se afundar em sua pele. Ela lançou as pernas em volta dele, incentivando-o a ir cada vez mais fundo, forte e rápido até ambos caírem em um turbilhão de êxtase.Cedric moveu-se para colocá-la acima de si, afastando deles alguns dos potes que trouxe na cesta para se acomodarem melhor na manta. Deslizando os dedos preguiçosos pelos fios loiro-platinados, deixou-se levar pela paz encontrada naquele pequeno refúgio.A tarde seguiu tranquila, com conversas leves, Cedric e Selene permaneciam abraçados na manta est