Tendo o corpo dominado pelos lábios e mãos de Cedric, Selene ofegava, os dedos emaranhados no cabelo dele, puxando-o para si. Estava sedenta pelas sensações intensas e excitantes que o corpo grande e forte de encontro ao seu lhe proporcionava.Ele ajeitou-se entre suas pernas, as mãos agarrando as coxas roliças, os dentes capturando a boca dela sedutoramente, se enterrando nela. Cobriu seus gemidos com beijos apaixonados, movendo-se em uma paixão febril, sentindo as unhas da esposa se afundar em sua pele. Ela lançou as pernas em volta dele, incentivando-o a ir cada vez mais fundo, forte e rápido até ambos caírem em um turbilhão de êxtase.Cedric moveu-se para colocá-la acima de si, afastando deles alguns dos potes que trouxe na cesta para se acomodarem melhor na manta. Deslizando os dedos preguiçosos pelos fios loiro-platinados, deixou-se levar pela paz encontrada naquele pequeno refúgio.A tarde seguiu tranquila, com conversas leves, Cedric e Selene permaneciam abraçados na manta est
Concentrado em seus afazeres no salão do trono, junto com o conselho de Eszter, Cedric tentava resolver as questões que atormentavam seu povo.O mordomo do palácio, junto com listas de suprimentos, pedidos e indicações alinhadas com Selene, buscava diariamente o rei para informar o que tinham feito pelos moradores das cidades-feudos, acomodados dentro da fortaleza desde os ataques orquestrados pelo Rei Perverso.Gael insistia que definisse um caminho para resolver as tensões políticas, causada pelo próprio estrategista ao inflamar os nobres, ao ponto que atormentavam o rei para dar chance a uma nova rainha. Cedric apenas simplesmente empurrava o tema para outro dia, seguindo para o tema que te fato os reunia: a guerra contra Magdala.Os informes pioraram desde que esztianos, dominados por uma magia semelhante a que jogaram em Cedric, e quase matou Selene, apareceram na muralha declarando que Phelix Volun declarava guerra contra Eszter.Pelo mar chegavam soldados de Magdala. Pelo que p
Longe da borbulhante raiva e ressentimento do marido, Selene observou maravilhada a magia azulada que brilhava em sua mão. Era a primeira vez em anos que conseguia irradiar magia conscientemente, e a sensação era indescritível. Sentia-se conectada com a energia da natureza, como se finalmente estivesse descobrindo seu verdadeiro eu. Com um sorriso radiante, olhou para Grend, o líder dos elfos da montanha do Corvo, que devolveu o olhar com um aceno de orgulho por seu avanço.Permaneceu fascinada pelo brilho azulado mais um momento, se concentrando na sensação, no calor irradiando a partir de seu centro elemental, movendo-se por suas mãos até seguir para a flecha estendida por Genry, a elfa que a instruía.Inspirou e expirou devagar, transferindo para a flecha o poder lunar, controlando-se para, em sua empolgação, não falhar como nas vezes anteriores. Aprontou o arco, olhou para o alvo por um segundo, virou-se e lançou a flecha na direção contrária.Ansiosa, podendo ouvir as batidas ace
Ignorando a intromissão de Grend, e os olhares vindos de toda parte da floresta, Cedric passou pelo elfo, aproximando-se de Selene até ficar a um passo de distância. A estatura imponente e vários centímetros maior que Selene, a fez erguer o rosto, não com o fascínio apaixonado, mas com medo e preocupação. Assim como as íris negras estavam vermelhas não de paixão, mas por fúria.— Pedi ajuda para treinar magia para usar meu poder a favor do povo, para que eles me aceitem como rainha e confiem em mim para protegê-los — explicou em busca de amenizar sua situação.Cedric soltou uma risada amarga.— O povo de Eszter jamais cometerá o mesmo erro que eu — disparou, acrescentando sem medir as palavras: — Quando tiverem oportunidade, se livrarão da traidora que tem o sangue ruim de Magdala.O choque estampado no rosto de Selene foi o primeiro sinal de que havia ido longe demais. No entanto, o sinal mais eloquente veio de Aodh. O corvo de imediato quebrou a conexão, contorcendo-se para remover
Recebendo de Eriz notícias a respeito de Eszter, Mamba estava radiante, um sorriso sinistro estampado em seu rosto pálido.Pelos mares, os soldados de Magdala impediam o Corvo de avançar com seus navios. Por terra, o feitiço lançado nos providos de magia dos territórios invadidos foi bem sucedido. Estavam atacando sem cessar a muralha do Rei Corvo. Também tinha a cumplicidade de várias criaturas, cuja passagem foi facilitada pelos portais deixados pelos aprendizes de feiticeiro de Eszter, aliados a sua causa. Era uma pena que dentro da fortaleza, após o ataque a Selene, foram colocados selos bloqueadores que somente Ayala e Cedric podiam remover.Mas a melhor notícia era que Cedric descobriu sobre as aulas de magia de Selene com Grend, o elfo poderoso da Montanha do Corvo, e proibiu de sair do palácio, dando ordens para vigiarem todos os passos dela.Acabou seu receio de Selene despertar todo o potencial da magia lunar, o que podia atrapalhar seus planos futuros para a guerra entre os
Recusando-se a pensar profundamente na conversa com Ayala, enquanto tentava afastar da mente o desentendimento com Selene, Cedric prosseguiu nas funções da parte da manhã. No começo da tarde, cansado de fingir despreocupação, seguiu para as acomodações reais, ansioso em encontrar Selene e almoçar em juntos na saleta privativa, como faziam todos os dias.No entanto, ao chegar lá, não a encontrou. Franziu a testa e tencionou os dedos em volta do punho da espada. Surpreso e irritado com a ausência de Selene, seguiu para o quarto dela. Como imaginado, a encontrou ali, almoçando em companhia de Patry e Aodh.A servente de imediato o saudou e saiu para dar privacidade ao casal. Selene não disse uma palavra e nem retirou a atenção da refeição.Compreendendo a atitude dela, pegou a cadeira ocupada por Patry e sentou em frente a esposa, ainda ignorando sua presença.— Como foi seu dia? — questionou da mesma forma dos dias anteriores.— Pergunte a Patry. Seguindo as suas ordens, ela vigiou cada
Com a guerra batendo nas muralhas, e os informes de ataques nas cidades-feudos cada vez mais preocupantes, no começo da noite Cedric juntou-se a Ayala, Gael e Tristan na sala do trono, protegida por magia de sigilo. Embora a sua frente estivessem duas pessoas que abusaram de sua confiança, a pior delas sendo a que iniciou a reunião. — Majestade, precisamos ter uma atitude energética — Gael, conselheiro de defesa e estratégia desde os dias dos pais de Cedric, alertou com expressão grave. — Enquanto a muralha é cercada, as cidades-feudos estão sem segurança. Os informes dos nobres são preocupantes, os inimigos tomaram quase todo o território e deixaram diversos feridos e mortos. O poder de Selene será de grande ajuda para eles — concluiu com palavras calculadas. Cedric fechou os olhos por um momento, tentando conter a raiva que borbulhava dentro dele. Ele confiava em Gael, mas as últimas decisões do estrategista o deixaram em alerta máximo. Fitou o estrategista com a raiva reluzindo n
Seguindo pelos corredores do palácio com passos firmes, expressão compenetrada e coração pesado pelas responsabilidades da guerra, havia uma questão urgente na mente de Cedric: Precisava resolver as divergências entre ele e Selene.Adentrando seu quarto que compartilhava com Selene nos últimos meses, Cedric olhou ao redor, buscando pela esposa. No entanto, o cômodo estava vazio.A frustração tomou conta dele. Era evidente que Selene não queria mais compartilhar o quarto com ele.Em um longo respiro, os dedos tensos na espada, ele seguiu para a passagem entre os quartos. Entrando no dormitório, banhado pelas cores do entardecer, hesitou por um momento. Admirou a esposa junto a grande janela, observando o céu, os fios loiro-platinados com tons de laranja e vermelho, os dedos se movendo pelas penas de Aodh.Por usar armadura, para o caso de necessitar lutar em defesa da muralha, sua presença era anunciada ao passar por qualquer local. O que significava que Selene sabia que não estava soz