Chegando a Montanha do Corvo, depois de uma hora sentada e de olhos fechados, em um círculo formado pelos elfos da montanha, para captar a magia lunar em seu centro elemental, Selene foi levada por Grend e uma elfa de nome Genry até uma clareira.— Agora que você aprendeu a buscar o poder de seu centro elemental, é hora de avançar para uma forma mais prática de controle da magia — disse Grend, montado no cervo que sempre ficava ao lado dele, fitando-a jovem rainha com intensidade. — Hoje aprenderá como canalizar a magia, que circula ao seu redor, e lançá-la através das mãos e outras ferramentas.Selene assentiu em concordância.Em sete dias de ensinamentos já conseguia enxergar uma névoa azulada movendo-se por seu corpo, a magia lunar que Grend e os demais elfos garantiam que estava em volta dela o tempo todo. Embora ainda não irradiasse magia voluntariamente, a conexão com o poder lunar aumentava com as indicações e o aprendizado evoluía assim como a exaustão se fazia presente na mes
Selene acordou lentamente, sentindo o calor do sol filtrado pelas cortinas do quarto real. Se espreguiçou e olhou ao redor, ainda um pouco sonolenta e confusa. Cedric estava ao seu lado, observando-a com um sorriso gentil no rosto.— Bom dia, minha rainha. Dormiu bem? — ele perguntou, acariciando o rosto dela suavemente.— Sim, tirei um cochilo antes do almoço. — respondeu Selene, esfregando os olhos. — Vou jogar uma água no rosto, trocar de roupa e te acompanho na refeição — prometeu se sentando, as mãos tentam em vão alinhar o tecido da túnica branca com detalhes em dourado.Cedric soltou um breve riso, se levantou e estendeu a mão para ajudá-la a fazer o mesmo.— Tirou mais que um cochilo. Está dormindo desde ontem à tarde. Não te acordei por perceber o quanto está cansada nos últimos dias — explicou trazendo-a para junto de si em um abraço. — Falei para esquecer o estudo dos livros de contas das rainhas anteriores e deixar as tensões do palácio nas mãos do Benji — aconselhou ajeit
Sob o céu da Montanha do Corvo, Aodh planava suavemente através das densas copas das árvores. O vento sussurrava entre as folhas, criando uma sinfonia natural que ecoava pela floresta, acariciando a face de Selene, observando maravilhada a bela paisagem vista de cima.Aodh pousou suavemente no chão da floresta da Montanha do Corvo, as asas negras recuando enquanto tocavam a margem de um lago sereno, de águas límpidas refletindo o brilho do sol filtrado pela folhagem ao redor.O casal desmontou e o corvo, voltando ao tamanho original, voou em círculos acima deles, como se estivesse avaliando o local, antes de pousar no galho de uma árvore.— Venha, tenho algo especial para você. — Cedric sorriu caloroso, entrelaçando seus dedos aos de Selene para levá-la até uma pequena canoa. — Prometo que vai adorar — ele disse colocando-a na pequena embarcação e entregando a cesta para se alimentarem durante o passeio.Feliz com o empenho de Cedric em lhe dar um dia de tranquilidade, Selene sentou e
Tendo o corpo dominado pelos lábios e mãos de Cedric, Selene ofegava, os dedos emaranhados no cabelo dele, puxando-o para si. Estava sedenta pelas sensações intensas e excitantes que o corpo grande e forte de encontro ao seu lhe proporcionava.Ele ajeitou-se entre suas pernas, as mãos agarrando as coxas roliças, os dentes capturando a boca dela sedutoramente, se enterrando nela. Cobriu seus gemidos com beijos apaixonados, movendo-se em uma paixão febril, sentindo as unhas da esposa se afundar em sua pele. Ela lançou as pernas em volta dele, incentivando-o a ir cada vez mais fundo, forte e rápido até ambos caírem em um turbilhão de êxtase.Cedric moveu-se para colocá-la acima de si, afastando deles alguns dos potes que trouxe na cesta para se acomodarem melhor na manta. Deslizando os dedos preguiçosos pelos fios loiro-platinados, deixou-se levar pela paz encontrada naquele pequeno refúgio.A tarde seguiu tranquila, com conversas leves, Cedric e Selene permaneciam abraçados na manta est
Concentrado em seus afazeres no salão do trono, junto com o conselho de Eszter, Cedric tentava resolver as questões que atormentavam seu povo.O mordomo do palácio, junto com listas de suprimentos, pedidos e indicações alinhadas com Selene, buscava diariamente o rei para informar o que tinham feito pelos moradores das cidades-feudos, acomodados dentro da fortaleza desde os ataques orquestrados pelo Rei Perverso.Gael insistia que definisse um caminho para resolver as tensões políticas, causada pelo próprio estrategista ao inflamar os nobres, ao ponto que atormentavam o rei para dar chance a uma nova rainha. Cedric apenas simplesmente empurrava o tema para outro dia, seguindo para o tema que te fato os reunia: a guerra contra Magdala.Os informes pioraram desde que esztianos, dominados por uma magia semelhante a que jogaram em Cedric, e quase matou Selene, apareceram na muralha declarando que Phelix Volun declarava guerra contra Eszter.Pelo mar chegavam soldados de Magdala. Pelo que p
Longe da borbulhante raiva e ressentimento do marido, Selene observou maravilhada a magia azulada que brilhava em sua mão. Era a primeira vez em anos que conseguia irradiar magia conscientemente, e a sensação era indescritível. Sentia-se conectada com a energia da natureza, como se finalmente estivesse descobrindo seu verdadeiro eu. Com um sorriso radiante, olhou para Grend, o líder dos elfos da montanha do Corvo, que devolveu o olhar com um aceno de orgulho por seu avanço.Permaneceu fascinada pelo brilho azulado mais um momento, se concentrando na sensação, no calor irradiando a partir de seu centro elemental, movendo-se por suas mãos até seguir para a flecha estendida por Genry, a elfa que a instruía.Inspirou e expirou devagar, transferindo para a flecha o poder lunar, controlando-se para, em sua empolgação, não falhar como nas vezes anteriores. Aprontou o arco, olhou para o alvo por um segundo, virou-se e lançou a flecha na direção contrária.Ansiosa, podendo ouvir as batidas ace
Ignorando a intromissão de Grend, e os olhares vindos de toda parte da floresta, Cedric passou pelo elfo, aproximando-se de Selene até ficar a um passo de distância. A estatura imponente e vários centímetros maior que Selene, a fez erguer o rosto, não com o fascínio apaixonado, mas com medo e preocupação. Assim como as íris negras estavam vermelhas não de paixão, mas por fúria.— Pedi ajuda para treinar magia para usar meu poder a favor do povo, para que eles me aceitem como rainha e confiem em mim para protegê-los — explicou em busca de amenizar sua situação.Cedric soltou uma risada amarga.— O povo de Eszter jamais cometerá o mesmo erro que eu — disparou, acrescentando sem medir as palavras: — Quando tiverem oportunidade, se livrarão da traidora que tem o sangue ruim de Magdala.O choque estampado no rosto de Selene foi o primeiro sinal de que havia ido longe demais. No entanto, o sinal mais eloquente veio de Aodh. O corvo de imediato quebrou a conexão, contorcendo-se para remover
Recebendo de Eriz notícias a respeito de Eszter, Mamba estava radiante, um sorriso sinistro estampado em seu rosto pálido.Pelos mares, os soldados de Magdala impediam o Corvo de avançar com seus navios. Por terra, o feitiço lançado nos providos de magia dos territórios invadidos foi bem sucedido. Estavam atacando sem cessar a muralha do Rei Corvo. Também tinha a cumplicidade de várias criaturas, cuja passagem foi facilitada pelos portais deixados pelos aprendizes de feiticeiro de Eszter, aliados a sua causa. Era uma pena que dentro da fortaleza, após o ataque a Selene, foram colocados selos bloqueadores que somente Ayala e Cedric podiam remover.Mas a melhor notícia era que Cedric descobriu sobre as aulas de magia de Selene com Grend, o elfo poderoso da Montanha do Corvo, e proibiu de sair do palácio, dando ordens para vigiarem todos os passos dela.Acabou seu receio de Selene despertar todo o potencial da magia lunar, o que podia atrapalhar seus planos futuros para a guerra entre os