PETROV Eu já tinha feito a porra da sopa, ido até o quarto dela como um perfeito guardião, ela ainda parecia um pouco verde, não pude deixar de olha lá de cima a baixo. Agora estava me dirigindo até o quarto de Anna para entregar a versão dela da sopa, e conversar sobre quais seriam nossos próximos passos com relação a relação dela com o Lorenzo. Desta vez eu estava me sentindo cansado, toda essa história de não encontrar o desertor estava tirando a minha paciência. Cheguei em frente ao quarto da Anna, juntamente com o mordomo a tempo de ver o Lorenzo na porta. Puta merda, eu não queria dar porrada em ninguém essas horas, eles estavam conversando casualmente e pararam assim que me viram. Anna abriu seu sorriso de sempre e como a menina que era já foi abrindo o conteúdo do sousplat, mesmo que no corredor. - Petrov, você vez minha sopa favorita - ao menos eu sabia que aquela parte não era enganação - não acredito ! Você já almoçou? Fiz que não com a cabeça. - O
LORENZOO restaurante exclusivo no coração de Milão era o tipo de lugar reservado para encontros discretos entre figuras poderosas. O ambiente era luxuoso, mas aconchegante: velas projetavam uma luz suave sobre as mesas de mármore, enquanto uma melodia de piano preenchia o ar com uma calma ilusória. Lorenzo estava sentado à mesa reservada no canto mais afastado, esperando ansiosamente por Anna.Ele havia passado horas pensando em como conduzir aquela noite. Não era apenas um jantar. Era a oportunidade de aproximar-se dela, esclarecer o que sentia, talvez até convencê-la a desistir de brincar com seus nervos. Nos últimos dias, Lorenzo sentira seu controle escapando por entre os dedos. Anna era uma mulher diferente de todas que ele já conhecera: perspicaz, feroz, com uma chama nos olhos que o fazia querer protegê-la e desafiá-la ao mesmo tempo.Quando ela chegou, Lorenzo sentiu o ar ao redor mudar. Anna vestia um vestido preto elegante, simples, mas que ressaltava cada detalhe de sua pr
LORENZO O dia seguinte amanheceu com o sol encoberto por nuvens pesadas, como se refletisse o turbilhão de pensamentos na mente de Lorenzo. Ele estava sentado na biblioteca da mansão de sua família, rodeado por móveis luxuosos e livros antigos que haviam pertencido a gerações de mafiosos antes dele. Mas o peso que carregava não era o dos livros ou das expectativas históricas — era o ultimato de sua família. Naquela manhã, seu pai, sr. Marino convocara uma reunião familiar para discutir a competição. A mensagem era clara: Lorenzo tinha uma semana para escolher sua noiva. Quando entrou na sala, acompanhado pela matriarca, Isabel, o silêncio foi imediato. A presença deles era imponente, quase sufocante. — Lorenzo, já se passou tempo suficiente — disse Enrico, com a voz grave e autoritária. — A decisão precisa ser tomada. — Eu sei — respondeu Lorenzo, contendo a irritação que ameaçava transparecer. — Estou considerando todas as opções. Sra. Moreno o encarou com um olhar crítico
HELENA Helena passava a mão pelo rosto, tentando controlar a onda de náusea que parecia surgir a cada minuto. O ambiente luxuoso da mansão italiana, com suas paredes douradas e móveis que exalavam riqueza, não oferecia qualquer conforto. Sua situação estava se tornando insustentável: grávida, envolvida com Bruno, ameaçada de morte e, para piorar, ainda participando de uma competição absurda para se tornar a esposa de Lorenzo. Depois da conversa evasiva com Lorenzo, ela não conseguiu dormir. Cada segundo na mansão parecia uma dança delicada em um campo minado. As herdeiras da máfia deviam casar virgens — uma regra inviolável. Se alguém descobrisse sua gravidez, a vergonha seria apenas o começo. Sua família a consideraria uma traidora, e os mafiosos gregos não hesitariam em descartá-la. E então havia Bruno. Ele sabia. Sempre soube. Desde a primeira vez que ela notou os sinais da gravidez, ele já estava um passo à frente. Bruno não era só um
ANNA Lorenzo estava sentado na sala de reuniões da mansão, revisando relatórios quando Anna entrou sem aviso. Ele levantou os olhos, surpreso, mas imediatamente percebeu algo diferente nela. — Está ocupadíssimo, vejo — disse Anna, jogando-se em uma cadeira com um ar de desdém. — Sempre. Alguma coisa aconteceu? Anna o encarou por um momento antes de responder. — Quero saber o que decidiu. — Decidi o quê? — Lorenzo perguntou, embora soubesse exatamente do que ela estava falando. — Não se faça de desentendido. Tem uma semana para escolher. E, pelo que sei, sua família não quer atrasos. Lorenzo suspirou, fechando os relatórios. — E você quer saber se eu já escolhi você? Anna deu de ombros, mas ele percebeu a tensão em sua postura. — Talvez. Ou talvez eu só queira saber se está perdendo tempo comigo. Loren
HELENA Helena acordou na manhã seguinte com o coração pesado e a mente repleta de preocupações. Bruno não desistiria tão facilmente, e a cada ameaça, o cerco parecia se fechar ainda mais. Não havia saída clara, e confiar em alguém naquele ambiente perigoso era impensável. Apesar disso, ela sabia que não poderia continuar enfrentando tudo sozinha.Após o jantar da noite anterior, Lorenzo começou a parecer mais atento a ela. Os olhares que ele lançava carregavam uma curiosidade desconfortável, como se ele estivesse tentando decifrá-la. Já Petrov, com sua presença constante e preocupada, agora parecia outra ameaça: se ele descobrisse alguma coisa, mesmo com boas intenções, poderia causar problemas ainda maiores.Helena saiu do quarto e se dirigiu ao jardim, esperando encontrar um pouco de paz. Os raios de sol que atravessavam as árvores criavam um jogo de sombras no chão, e o som suave da água da fonte era um alívio para seus nervos em frangalhos. Mas a tranquilidade durou pouco.Anna s
om, caso você não me conheça sou a Anna Yanov (até parece que alguém não me conhece, Puff), sou filha de Alexander Yanov, o chefe da Organização Solsnet, o maior e mais poderoso núcleo da máfia russa - e provavelmente do mundo -, com mais de 5 mil membros ativos e com negócios com a Itália, Alemanha e Brasil. Sou filha única e mulher, e como todo mundo sabe, isso é uma da desonra e desgraça na vida de meu pai. E mesmo eu sabendo tudo sobre a máfia e sendo mil vezes melhor que qualquer capanga dele, não sou digna de ser sua sucessora. Basicamente se você nasce mulher na máfia, só tem 2 caminhos: ser pura e esperar para casar com quem te disserem, ou curtir a vida e ir para uma prostibulo de algum dos mafiosos. Aah e tem também o meu jeito, que é curtir a vida na encolha e se fazer de pura e recatada na frente desse bando de velho hipócrita. Até essa semana, esse inferno não era tão infernal assim, dava pra lidar, até eu descobrir que terei de casar com o filho do Capo da Máfia I
.Olho ao redor, posso ver um conjunto de belíssimas mulheres, e na mesma proporção um conjunto de baba ovos do meu pai – Ser o filho herdeiro do Capo da Máfia, caro mio, não é nada fácil. Desde que meus pais decidiram que estava na hora de eu me casar para que no futuro quando meu pai deixasse o cargo, eu tivesse uma imagem forte e uma família consolidada o inferno reinou na minha vida. E o pior, tenho certeza que essa história de casar foi ideia de minha mãe, mama maledetta. Esse não eram meus planos. O foco era trabalhar bastante, fortalecer a famiglia e a máfia, me enfiar em uma rabos de saia para relaxar e esperar até que meu papa decidisse que era a hora de eu assumir. Mas não, vamos ouvir as mulheres, vamos dar uma chance ao amor e aos corações. Não sei o que acontece com esses homens, inclusive meu pai e meu irmão, quando a cabeça de baixo se apaixona a cabeça de cima perde o juízo, por isso o lema é NÃO SE APAIXONAR – como se fosse possível. Todos continuam a me olhar,