A mansão italiana parecia mais um campo de batalha invisível do que uma residência familiar. Cada canto carregava uma tensão latente, e os movimentos de todos eram cuidadosamente calculados. Lorenzo, sentado no salão principal, analisava os planos de segurança atualizados por Petrov, mas sua mente estava distante. O jogo de poder que se desenrolava entre ele, Anna, Helena e agora Bruno era muito mais perigoso do que qualquer rivalidade externa.Anna surgiu no salão, a postura firme e decidida como sempre.— Lorenzo, precisamos conversar — disse, sem rodeios.Ele ergueu o olhar de seus documentos, sabendo que, quando Anna tinha aquele tom, era algo importante.— Sobre o quê?— Sobre Bruno. Você sabe tão bem quanto eu que ele não está aqui para ajudar.Lorenzo suspirou, apoiando-se na mesa.— Anna, ele é sua família. Não posso simplesmente expulsá-lo sem motivo.— Família? — ela rebateu, cruzando os braços. — Bruno só é leal a si mesmo. Ele não veio aqui por nostalgia ou preocupação. El
O sol brilhava intensamente sobre a mansão italiana, mas o clima entre os moradores estava longe de ser sereno. A presença permanente de Bruno havia mudado a dinâmica. Cada conversa parecia conter mensagens ocultas, e cada gesto era cuidadosamente analisado. Helena se sentia encurralada. Bruno não apenas era uma ameaça constante, mas também parecia empenhado em vigiá-la de perto. Ele sempre surgia inesperadamente, com comentários sutis que a faziam temer por sua segurança e pela do bebê. Ela sabia que precisava agir, mas estava sozinha. Petrov, por outro lado, mantinha seu foco em Helena. Embora sua prioridade fosse Anna, ele não conseguia ignorar o estado de fragilidade de Helena. Ela estava pálida, cansada e ainda evitava comer. Ele estava decidido a descobrir o que estava acontecendo. Naquela tarde, Lorenzo convocou uma reunião na sala de estar principal. Era um gesto incomum, e todos sabiam que algo importante seria discutido. --- Lorenzo estava parado ao lado da lareira quand
O jantar na mansão havia sido mais silencioso do que o habitual naquela noite. Cada pessoa à mesa estava perdida em seus próprios pensamentos, como se a tensão no ar fosse algo palpável. Lorenzo observava seus convidados com atenção. Anna estava mais séria do que de costume, Helena parecia distraída, e Bruno mantinha aquele sorriso afiado que Lorenzo nunca conseguiu decifrar por completo. Já Petrov, sempre vigilante, parecia absorver tudo como uma esponja.Quando os pratos foram recolhidos e as luzes na sala de jantar começaram a diminuir, Lorenzo se levantou, batendo levemente no copo de vinho com o garfo.— Amanhã, teremos outra reunião com todos os guardas da mansão — anunciou. — Quero discutir novas medidas de segurança. Não podemos nos dar ao luxo de outro ataque.Bruno sorriu.— Sempre tão cauteloso, irmão. É por isso que você está no comando.Lorenzo não respondeu. Havia algo na forma como Bruno falava que sempre o deixav
A mansão estava mergulhada em um silêncio pesado naquela noite. Mesmo sem novos incidentes, a tensão permanecia palpável, como se algo estivesse prestes a explodir. Lorenzo caminhava pelos corredores vazios, seus passos ressoando como lembretes da responsabilidade que carregava. A reunião com os guardas no dia anterior havia apenas reforçado suas preocupações: a segurança estava comprometida, e ele precisava agir antes que fosse tarde demais.Ao chegar ao seu escritório, encontrou Petrov já esperando. O homem estava sentado na cadeira em frente à mesa, as mãos entrelaçadas sobre os joelhos, a expressão grave.— Precisamos conversar, Lorenzo — disse Petrov, direto como sempre.Lorenzo suspirou, sentando-se do outro lado da mesa.— Sobre o quê?Petrov inclinou-se levemente para frente, o olhar firme.— Sobre Bruno.O nome do irmão causou uma pequena tensão nos ombros de Lorenzo, mas ele não demonstrou nada.— O que tem ele?— Há algo errado — respondeu Petrov. — Ontem à noite, ouvi uma
O sol da manhã iluminava a fachada imponente da mansão, mas dentro dela, as sombras das intenções ocultas se estendiam por todos os cantos. Helena despertou cedo, como de costume, mas não pela tranquilidade que o ambiente deveria proporcionar. A chegada de Bruno à mansão havia transformado seus dias em um constante estado de alerta.No passado, Helena e Bruno haviam compartilhado uma relação intensa e secreta. O romance entre eles era algo que ninguém poderia jamais descobrir, e agora as consequências desse envolvimento os colocavam em lados opostos de um jogo mortal. O segredo que carregava — a gravidez — era algo que Bruno já sabia, e ela sentia o peso das ameaças que ele já havia feito nos encontros anteriores.Depois de se vestir, Helena desceu para o salão de café da manhã. A cada passo que dava pelos corredores silenciosos, seu coração batia mais rápido. Ao chegar, encontrou Bruno já sentado à mesa. Ele estava impecável, com a postura relaxada, como se fosse o dono da casa. Seus
O sol brilhava forte sobre a mansão, mas a energia entre seus habitantes era tudo menos tranquila. Lorenzo estava sentado em seu escritório, mas seu olhar não estava preso aos papéis à sua frente. Desde que Bruno chegara, uma tensão diferente pairava no ar. Ele sabia que o novo hóspede não era confiável, mas o pior era que não sabia até onde Bruno poderia ir.Ainda assim, Lorenzo tentava focar em suas responsabilidades, mas seus pensamentos teimavam em desviar para Anna. A mulher havia se tornado mais do que uma competidora em sua mente. A intensidade entre eles crescia, e Lorenzo começava a se perguntar se isso poderia ser o suficiente para tomar sua decisão.Anna, por outro lado, estava inquieta. Ela não conseguia se livrar da sensação de que Lorenzo estava se distanciando. Sabia que ele carregava o peso do mundo nos ombros, mas não podia permitir que ele a deixasse de fora. Depois de vagar pela mansão, finalmente decidiu que era hora de confrontá-lo.Sem bater, ela entrou no escrit
O amanhecer na mansão trouxe consigo um clima de tensão palpável. O sol despontava no horizonte, tingindo o céu com tons dourados, mas dentro dos muros da propriedade, as sombras se tornavam mais densas. Helena acordou após uma noite agitada. Desde a chegada de Bruno, ela não conseguia dormir em paz. Seu corpo sentia o peso de tudo: a gravidez, as mentiras, as ameaças veladas.Ela se dirigiu aos jardins na tentativa de encontrar algum consolo. O frescor da manhã tocava sua pele enquanto o aroma das flores preenchia o ar. No entanto, sua tranquilidade foi interrompida por passos firmes atrás de si. Virando-se rapidamente, encontrou Petrov. Ele estava ali, como sempre, vigilante.— Não é seguro para você andar sozinha assim — disse ele, a voz grave, mas com um toque de preocupação.— Não posso ficar trancada para sempre, Petrov — respondeu Helena, tentando esconder o desconforto em sua voz. — Preciso de um pouco de ar.Ele se aproximou, cruzando os braços enquanto a encarava com intensi
A luz do amanhecer adentrava pela janela do quarto de Helena, envolvendo o espaço em um brilho dourado. Ela estava acordada há horas, revirando-se na cama enquanto sua mente trabalhava sem descanso. Desde a conversa com Petrov no dia anterior, algo dentro dela havia mudado. Pela primeira vez em semanas, sentiu que talvez pudesse confiar em alguém. Essa confiança, ainda que tímida, deu-lhe coragem para algo que adiava há dias: cuidar de si mesma.Ela precisava ir ao médico. Os enjoos matinais estavam ficando mais frequentes, e a ansiedade sobre sua gravidez crescia. Sabia que não poderia ir sozinha — seria suspeito demais. Mas Petrov… ele era a escolha perfeita. Discreto, leal e com uma proximidade que não chamaria atenção de Lorenzo ou Anna. Se fosse cuidadosa, ele não descobriria nada.Helena desceu para o café da manhã com o coração acelerado. Encontrou Petrov no corredor, próximo à sala de refeições. Ele estava impecável como sempre, a postura firme e a expressão séria, mas ao vê-l