ANNA
Lorenzo estava sentado na sala de reuniões da mansão, revisando relatórios quando Anna entrou sem aviso. Ele levantou os olhos, surpreso, mas imediatamente percebeu algo diferente nela. — Está ocupadíssimo, vejo — disse Anna, jogando-se em uma cadeira com um ar de desdém. — Sempre. Alguma coisa aconteceu? Anna o encarou por um momento antes de responder. — Quero saber o que decidiu. — Decidi o quê? — Lorenzo perguntou, embora soubesse exatamente do que ela estava falando. — Não se faça de desentendido. Tem uma semana para escolher. E, pelo que sei, sua família não quer atrasos. Lorenzo suspirou, fechando os relatórios. — E você quer saber se eu já escolhi você? Anna deu de ombros, mas ele percebeu a tensão em sua postura. — Talvez. Ou talvez eu só queira saber se está perdendo tempo comigo. LorenHELENA Helena acordou na manhã seguinte com o coração pesado e a mente repleta de preocupações. Bruno não desistiria tão facilmente, e a cada ameaça, o cerco parecia se fechar ainda mais. Não havia saída clara, e confiar em alguém naquele ambiente perigoso era impensável. Apesar disso, ela sabia que não poderia continuar enfrentando tudo sozinha.Após o jantar da noite anterior, Lorenzo começou a parecer mais atento a ela. Os olhares que ele lançava carregavam uma curiosidade desconfortável, como se ele estivesse tentando decifrá-la. Já Petrov, com sua presença constante e preocupada, agora parecia outra ameaça: se ele descobrisse alguma coisa, mesmo com boas intenções, poderia causar problemas ainda maiores.Helena saiu do quarto e se dirigiu ao jardim, esperando encontrar um pouco de paz. Os raios de sol que atravessavam as árvores criavam um jogo de sombras no chão, e o som suave da água da fonte era um alívio para seus nervos em frangalhos. Mas a tranquilidade durou pouco.Anna s
om, caso você não me conheça sou a Anna Yanov (até parece que alguém não me conhece, Puff), sou filha de Alexander Yanov, o chefe da Organização Solsnet, o maior e mais poderoso núcleo da máfia russa - e provavelmente do mundo -, com mais de 5 mil membros ativos e com negócios com a Itália, Alemanha e Brasil. Sou filha única e mulher, e como todo mundo sabe, isso é uma da desonra e desgraça na vida de meu pai. E mesmo eu sabendo tudo sobre a máfia e sendo mil vezes melhor que qualquer capanga dele, não sou digna de ser sua sucessora. Basicamente se você nasce mulher na máfia, só tem 2 caminhos: ser pura e esperar para casar com quem te disserem, ou curtir a vida e ir para uma prostibulo de algum dos mafiosos. Aah e tem também o meu jeito, que é curtir a vida na encolha e se fazer de pura e recatada na frente desse bando de velho hipócrita. Até essa semana, esse inferno não era tão infernal assim, dava pra lidar, até eu descobrir que terei de casar com o filho do Capo da Máfia I
.Olho ao redor, posso ver um conjunto de belíssimas mulheres, e na mesma proporção um conjunto de baba ovos do meu pai – Ser o filho herdeiro do Capo da Máfia, caro mio, não é nada fácil. Desde que meus pais decidiram que estava na hora de eu me casar para que no futuro quando meu pai deixasse o cargo, eu tivesse uma imagem forte e uma família consolidada o inferno reinou na minha vida. E o pior, tenho certeza que essa história de casar foi ideia de minha mãe, mama maledetta. Esse não eram meus planos. O foco era trabalhar bastante, fortalecer a famiglia e a máfia, me enfiar em uma rabos de saia para relaxar e esperar até que meu papa decidisse que era a hora de eu assumir. Mas não, vamos ouvir as mulheres, vamos dar uma chance ao amor e aos corações. Não sei o que acontece com esses homens, inclusive meu pai e meu irmão, quando a cabeça de baixo se apaixona a cabeça de cima perde o juízo, por isso o lema é NÃO SE APAIXONAR – como se fosse possível. Todos continuam a me olhar,
- Anna você não fez isso! Você é louca garota! - escuto minha melhor amiga falar pelo Ipad. Estamos em vídeo chamada, ela está me ajudando a escolher o vestido para o evento dessa noite. - Eu pensei que ele iria me mandar embora na hora, quando soubesse. Mas já fazem 2 dias. - Olho rapidamente para a tela e volto a procurar um vestido. - Amiga, você é muito louca ou realmente não se importa. - diz rindo - você e seu pai podem se ferrar tanto por isso. - É eu não me importo. - Se você não se casar com ele, você sabe que terá de se casar com o Petrov. Seu pai já deixou isso bem claro. - Se casar com um estranho ou com alguém que vive salvando a sua pele? - mostro as duas mãos em sinal de ponderação - Qual você acha que eu escolho? - Mas você não ama o Petrov. - Como se eu amasse o italianinho. - Agatha, foca no vestido! Preto longo ou verde midi ? - digo mostrando ambos - Não, que tal aquele azul com uns brilhos. Eu amo você naquele vestido, fica realmente parecendo uma princ
Acordei uma dor de cabeça infernal, me lembro vagamente de Petrov me trazendo para casa e me deixando na porta do quarto. Não posso negar que a noite de ontem foi uma das mais divertidas que tive desde que essa história começou, bebi horrores e dancei muito. Olho para a criado mudo e vejo um copo com água e um comprimido, me estigo para pegar e percebo que junto há um bilhete. Noites como a da inauguração da minha boate, merecem manhãs igualmente incríveis. Tome! Lorenzo. Italianinho convencido, aposto que mandou seus empregados colocarem em todos os quartos de suas meninas. Um babaca de cantadas prontas, como que essas garotas podem estar tão animadas para passar o resto de suas vidas com um cara desse. Com toda certeza ele não irá tratar a escolhida como ela merece, provável que seja humilhada, traída e ser usada como enfeite nas festas e para parir. Na máfia quando você se casa, é para sempre, mesmo que você sofra com isso. O único jeito de um casamento ser anulado é
Após terminar o treino com Vitorio vim para meu quarto tomar um banho e começar a me arrumar. Hoje tenho mais um jantar com Lorenzo. Sabendo que será a mesma porcaria de sempre, não vou nem caprichar. Coloco um vestido vermelho simples, saltos pretos, cabelos escovados, gloss, delineador e rímel. Desço para a sala de estar, que está vazia. Ele está atrasado, que novidade. Após que não é por conta do trabalho. Vou até o mini bar localizado no canto e encho um copo de whisky, só estando bêbada para aguentar esse homem idiota. O tempo passa e ele não aparece, devo estar no meu terceiro copo quando o vejo se aproximando. Não dá pra negar que o miserável é uma delícia. Se controla Anna, deve ser o álcool falando. - Já enchendo a cara? - Tenho que aturar você - ergo o copo - único jeito. LORENZO Tem algo nessa garota que me irrita, e eu nem sei dizer o que é. Depois dessa resposta malcriada dela, me sento - Peço perdão pelo atraso – estou uma hora atrasado, e nem vou diz
LORENZO - Essa sua ideia é ridícula, Lorenzo – Vitorio exclama – quantos anos você tem? Isso é infantil para cassete. - Não acho, acho que sou vou me divertir. - Não, você quer transar com ela, e depois tratar mal – ele coloca as mãos na cintura – so para mostrar que tem poder aqui, e isso já e demais. -Vitório, não exagera, per favore. - A Anna não é virgem ok, se vocês quiserem transar porque sentem um desejo mutuo eu não me oponho, até te ajudo com a mamãe, agora isso não. -Eu estou comentando e não pedindo a sua opinião. A cena da Anna ontem me irritou, ela ter saído achando que manda em algo por aqui me deixou completamente furioso. Então eu faço questão de lembra-la: ELA NÃO É NADA DEMAIS. ANNA Com toda certeza e única e melhor parte dessa seleção é o acesso a boate, eu adoro esse lugar. Hoje viemos eu a Helena, herdeira da máfia grega, ela é ótima, quero manter minha amizade com ela quando isso tudo terminar. Nós estamos muito bêbadas e eu estava me
ANNA Seu pai está convicto que você vai ser casar com o Lorenzo. Eu não entendo Petrov, eu posso muito bem comandar a máfia russa sem me casar. Eu já provei isso várias vezes, eu não sou de contar vantagem, mas sou muito melhor que muito líder por aí. Eu sei pequena, mas isso vem de gerações e mudar não é fácil. E se ei não me casar com o Lorenzo, o que obviamente não vai acontecer já que ele colocou uma arma na minha cabeça ontem de manhã. Eu vou ter que me casar com você. Ah qual é, tira essa cara feia do rosto. Eu sou um bom partido, e sou gostoso – Petrov diz rindo. Mas tem um problema, vamos nos casar e ser herdeiros. Mas não seremos felizes, porque não somos apaixonados um pelo outro. Eu odeio muito, tudo isso. Eu sei disso, e sinto muito – ele diz quanto me abraça e dá um beijo em minha testa – seu eu pudesse fazer algo para te tirar disso, faria sem pensar duas vezes. Eu acredito nele, ele sempre está me tirando de umas enrascadas, aperto meu abraço ao lon