— Vem aqui! — Jack puxou minha cintura me fazendo cair sentada em seu colo.— Jack! O que está fazendo?Tínhamos acabado de entrar em casa, Sean tinha acabado de bater a porta e eu estava pronta para descer e trancar a casa.— Eu disse que você estava matando com esse vestido! — a mão dele deslizou por minhas coxas, subindo o vestido até seus dedos pararem sobre minha calcinha. — O maldito dia inteiro me deixando louco. Esses seios empinados implorando por atenção e essa bunda gostosa rebolando pra mim.Ele beijou meu ombro e mordeu minha pele esfregando o dedo em meu clitóris. Eu gemi sem conseguir me conter, tombei a cabeça para o lado deixando que ele me beijasse ali.— Jack... — seu nome saiu com um gemido e eu me esfreguei ainda mais contra sua mão.Sua língua traçou um caminho de fogo até minha orelha, antes dele sussurrar.— Abre as pernas pra mim, minha safada! — ele ordenou e eu não esperei, afastei as pernas. — Você é minha perdição Alicia! — o rosnado contra o pé do ouvido
Havia se passado três semanas e eu finalmente ia me livrar daquela merda de gesso, eu não via a hora de poder voltar a minha rotina.Não que estivesse reclamando, muito pelo contrário, ter Alicia em minha casa o tempo todo era a melhor coisa. Eu acompanhava sua rotina gravando stories e tirando fotos aqui e ali, ajudava ela no que precisava e adorava poder ter minhas mãos em seu corpo a todo momento.Ela jurava não perceber o crescimento da barriga, mas eu notava a cada dia o quanto aqueles dois bebês cresciam e só me enchia de vontade de vê-los novamente, dessa vez seria no ultrassom 3D.Alicia estava tentando não pensar nisso, ou ficaria ansiosa de mais, já eu não me importava, estava ansioso mesmo para ver aqueles rostinhos.Mais um motivo para me livrar daquele gesso, pois estava louco para começar a construir os berços. Eu a vi paquerando em uma loja no outro dia é mesmo que ela não tivesse dito nada eu soube que ela queria aquilo.Claro que seria mais fácil eu ir lá e comprar, m
— E o que você disse? — Júlia perguntou empolgada.Ela tinha estado assim desde que chegou em casa e eu corri até lá para contar a novidade, Jack e eu estávamos juntos oficialmente, como um casal.— Eu aceitei é claro! Quando cheguei aqui eu já estava desacreditada do amor, nunca imaginaria que seria seu vizinho ordinário que me faria abrir o coração novamente.Ela me abraçou de qualquer jeito, estávamos sentadas na sua cama, como duas adolescentes conversando sobre amor.— Então finalmente conversaram sobre a falecida? — ela perguntou quando se afastou e eu franzi os lábios, sabendo que era resposta suficiente. — Você contou a ele que sabe dela? Que viu o quarto escondido?— Não Júlia, eu vou dizer, sim quero ficar na sua vida para sempre, ah a propósito invadi sua casa no outro dia e descobri sobre sua mulher, sinto muito. — forcei a voz mostrando o sarcasmo. — Eu preciso deixar que ele fale, na hora certa eu sei que ele vai se abrir comigo completamente.— Tem certeza disso amiga?
Estava trabalhando nos berços dia e noite, enquanto Alicia estava ocupada com suas redes sociais eu me mantinha focado ali. A curiosidade dela me consumia é verdade, eu adorava ver que ela estava cada dia mais desesperada para descobrir o que eu estava aprontando na garagem. Eu poderia ter ido trabalhar na oficina, mas eu não conseguia passar o dia fora e longe dela, sabendo que ela estaria bem aqui na minha casa me esperando.A cada dia que passava eu tinha ainda mais certeza dos meus sentimentos por ela. Alicia tinha chegado como quem não quer nada, buscando um lugar onde fazer de lar para ela e para seus filhos, um abrigo no meio da tempestade que havia se tornado sua vida.Mas ela nem tinha ideia que mesmo sem abrigo pra si e sua família ela me deu um lugar de paz, luz e calor, onde eu podia me sentir novamente aconchegado e seguro. Em paz longe dos meus fantasmas, longe de toda a dor que senti, um lugar onde eu podia ter novamente uma vida. Porém era nesses momentos que eu me qu
Eu tinha dito as palavras, ontem finalmente falei eu te amo para Jack e ele não disse nada de volta.Para ser justa eu tinha saído correndo e aproveitei o momento em que meu coração transbordava de alegria com todo o apoio dele e a ideia de estar ganhando aos poucos reconhecimento, que deixei que as palavras saíssem, ganhando vida fora de mim pela primeira vez.Jack ficou paralisado lá fora por um tempo, antes de se esconder novamente naquela garagem. Depois que ele entrou dando por encerrado o dia de trabalho também preferiu fingir que nada havia acontecido, simplesmente seguiu com sua rotina indo para o chuveiro e depois jantando juntos.Ele não disse nenhuma palavra, absolutamente nada sobre eu ter dito eu te amo.— O que eu estou fazendo com a minha vida? — me perguntei em voz alta encarando a porta do quarto esquecido.Eu nunca tinha perguntado a ele o que escondia ali, e Jack parecia confiante da tranca na porta, ou que eu não fosse entrar nunca em um lugar fechado. Bem coitado
Porra, eu era um tremendo filha da puta covarde. Não consegui colocar pra fora tudo o que estava guardado dentro de mim, não pude dizer a todos que Alicia era minha, que estávamos juntos e que eu seria o pai daquelas crianças.Ela jogou na minha cara as palavras que tinha dito no outro dia e eu pude ver toda mágoa e arrependimento se formando em seus olhos. Meu coração batia desesperado ao saber que era eu causando aquela dor, eu era o responsável por trazer lágrimas aqueles olhos.O restante do almoço passou como uma lenta tortura, Alicia nem se dignou a me olhar mais, continuou sendo cordial com Hugo, amigável com Diana e um doce com John.O que só aumentou minha culpa, eles eram minha família e quando me perguntaram pela segunda vez se estávamos juntos eu a neguei na frente deles.— Você é um filho da puta. — Sean falou entre dentes quando passou por mim e eu nem ao menos neguei.Ele estava certo e eu merecia isso.— Não esqueça de voltar mais vezes Jack, nós ainda somos sua famíli
As palavras de Júlia ligaram um botão de pânico dentro de mim, minha mãe era a pessoa mais irritante, presunçosa, adora se meter na vida de todo mundo e é claro que na vida da filha seria bem pior.— Calma gente, ela não pode ser tão ruim assim. — Sean falou tentando ser otimista.Estávamos todos na sala de Jack, eu e Júlia estávamos de pé andando de um lado ao outro, até Levi que havia chegado para sair com Júlia tinha ficado por ali. Me senti culpada por atrapalhar a noite deles, mas ela insistiu em ficar e me ajudar a planejar tudo.Tudo tinha que estar perfeito para quando dona Verônica chegasse, do contrário ela faria questão de me infernizar jogando na minha cara aquilo para o resto da vida, como vem fazendo há anos.— Não, ela só é a cobra peçonhenta que fez a Alicia desenvolver transtorno alimentar quando era criança.— Como é que é? — Jack gritou antes mesmo que eu conseguisse parar a boca da minha amiga.— Júlia! — gritei censurando ela. — Isso é passado.— Pode ser passado
Conseguia ver minha mulher sofrendo com antecipação, Alicia deveria estar curtindo o reconhecimento do seu trabalho, aproveitando a gravidez e fazendo planos para nós quatro. Mas ao invés disso estava se corroendo, pensando em todos os possíveis defeitos que sua mãe iria encontrar. Eu nem conhecia a mulher e já detestava, como um ser poderia ser tão cruel com uma criança? Colocando todo o tipo de merda na cabeça da filha, para que ela não se sentisse merecedora de amor, e porque? Porque a filha não tinha o corpo que ela queria.Levei Alicia para fora do box e envolvi seu corpo com a toalha. Minha mulher merecia ser venerada e era isso o que eu ia fazer essa noite, ia adorar o seu corpo.Alicia não tinha vergonha do seu corpo, eu via isso na forma que se vestia, não se importando em usar decotes ou roupas curtas e na forma que transava, toda desinibida, sem querer se esconder. Não queria que começasse a ter pensamentos errados graças a megera da mãe.Segurei ela em meu colo e caminhei