Eu estava com os braços e mãos amarrados para trás. Não podia nem aí menos lutar mais, de tão esfolada que minha pele estava pela corda crua que me envolvia.Tinha sido empurrada de um lado para o outro desde que me colocaram dentro do carro, até eles decidirem parar em um motel.Quando falamos com Jack meu corpo se acalmou mais, pois ele não estava com desespero e medo refletidos na voz, ele estava ameaçador, mas parecia confiante.O que me garantia que vinha chumbo grosso por aí.Eu ainda não tinha entendido de onde aqueles dois tiraram a ideia de que Jack tem dinheiro. Não sabia como ele conseguiria aquela quantia, mas sua voz de urgência querendo me acalmar estavam me dando a certeza de que tudo daria certo.— É bom que seu seja namoradinho seja esperto e arrume o dinheiro rápido. — minha mãe murmurou debruçada sobre o pé, pintando as unhas de um tom de vermelho com toda a tranquilidade.— Não sei como consegue fazer isso com a própria filha.Na verdade eu já não sabia mais quem e
Não conseguia ficar parado, andava de um lado para o outro na entrada de casa esperando ansioso o momento que eles chegariam ali. Já tinha anoitecido e eu fica ainda mais inquieto por não tê-la aqui. Brutos tinha me avisado no momento em que encontraram o motel caindo aos pedaços na beira da estrada, depois de vasculhar pela área eles encontraram o carro do filha da puta. Inferno, como eu queria colocar minhas mãos naquele desgraçado e acabar com a raça dele. Brutos me garantiu que a polícia não iria atrapalhar, ele tinha uma amiga na polícia federal que daria um jeito para que ninguém fizesse perguntas. — Vai abrir um buraco no chão assim. — Sean falou se sentando na calçada. — Eles já devem estar chegando, se acalme. — Só vou me acalmar quando tiver Alicia apertada em meus braços. Meu coração batia ainda mais descompassado quando eu me perguntava se já teriam tirado ela das mãos daqueles doentes, se ela já estava segura, ou o quão longe minha mulher e meus filhos estariam de mim. —
Depois de dar meu depoimento a polícia, nós finalmente ficamos em paz. Sean e os amigos decidiram fazer um churrasco, o que eu agradeci, pois já estava cansada de Júlia e Jack disputando para ver quem ficava mais tempo comigo.Já era tarde da noite e eu estava observando a movimentação no quintal de Jack. Nós não estávamos nos importando com a hora, tínhamos muito a agradecer naquele dia. Eu e Jack em especial.E foi só pensar no diabo para que seus braços fortes envolvessem minha barriga.— Você deveria ir dormir. — ele sussurrou ao pé do ouvido. — Teve um dia cheio e deveria descansar.— A última coisa que eu quero agora é descansar. — me virei, continuando dentro do seu abraço, mas agora ficando de frente para ele. — Você e eu temos um pedido de casamento pra comemorar a sós.Joguei meus braços em volta do seu pescoço e me ergui, ficando na ponta dos pés para poder beijá-lo. Seu lábios se abriram de bom grado para me receber, mas tudo o que fiz foi sugar seu lábio inferior e prendê
Capítulo LX - JackSentir aqueles dois pacotinhos se mexendo era a coisa mais linda, estranha e perfeita, que eu já tinha experimentado na vida. Mas eu ainda não via a hora de poder tê-los em meus braços, de poder abraça-los e beijar aquelas carinhas minúsculas.— Preparado pra perder? — Sean me provocou, ele não saia mais daqui praticamente, estava pensando seriamente em desconvidar ele como padrinho dos meus filhos.— Não adianta, eu tô certo e vocês estão errados! Não é duas meninas, nem dois meninos, mas sim um casal!— Eu não quero mais nem saber disso, o bolão de vocês está em quase mil reais, vou adorar colocar esse dinheiro na poupança das crianças, mostrando o quão bobos o pai e os tios vão ser.Alicia atravessou a sala com a barriga grande marcada no vestido de malha, que mais parecia um camisetão, ao menos estava cobrindo a bunda deliciosa dela.Estávamos todos ansiosos pra descobrir o sexo dos bebês e isso tinha se tornado uma comoção, mesmo depois dos motoqueiros terem se
Eu estava me sentindo uma bola, finalmente tinha chegado ao oitavo mês de gestação e não via a hora de ter meus bebês aqui com a gente, em parte porque queria muito me livrar de todo aquele inchaço, mas todo o resto era porque estava louca para conhecer meus filhos.As coisas na minha vida estavam bem até de mais, Jack quis que eu parasse um pouco de trabalhar, não me queria cansada, mas se eu tinha aprendido uma coisa no meu último casamento é que não ia voltar a depender do dinheiro de ninguém.Não que estivesse algum plano de conseguir fugir do motoqueiro safado, ele não me deixaria ir até outra cidade sem ele, que dirá terminar nosso relacionamento. E não era o que eu queria, eu o amava de mais para querer ir para longe.Mas eu continuava a fugir de casamento com ele, já éramos casados por nós dois, mas Jack tinha essa ideia fixa de casar sério, de fazer uma cerimônia e que eu levasse seu nome. Aposto que qualquer mulher no meu lugar estaria pulando de alegria, mas depois de dois
Quando dei um passo para dentro levei as mãos a boca e senti meus olhos se arregalaram tanto que pareciam que iam sair das orbitas.As lágrimas transbordaram antes que eu conseguisse controlar, o quarto antes sujo e escuro agora estava limpo, iluminado e pintado.As paredes foram pintadas de um tom claro de bege e o teto de um azul claro com nuvens pintadas. O berço duplo estava em uma parede e em frente a janela tinha uma poltrona com um enorme tapete felpudo foi colocado no chão, do outro lado estava um sofá pequeno e todo o chão foi coberto com emborrachado.— Ai meu Deus. Como... como ele... Jack fez isso? — perguntei gaguejando em choque com aquilo tudo.Jack tinha tirado as suas lembranças, desfez o seu mausoléu, sumiu com todas as coisas que o lembravam da vida com Isabella e transformou em um quarto para os nossos filhos. Eu estava em perplexa, não conseguia dizer o quanto tinha adorado tudo aquilo.— Jack, Sean, o grupo todo de motoqueiros, o pai da Isabella... Meu Deus são m
Um ano depoisAcordei e continuei com os olhos fechados, tinha uma leve noção de estar dormindo por muito tempo, mas ainda não estava pronto para acordar. Levei minha mão ao lado, esticando meu braço e preocupando em volta qualquer sinal da minha mulher na cama, mas não encontrei nada.Me virei espreguiçando e abri as persianas blackout, tinha sido sem dúvidas uma das melhores aquisições, só assim conseguíamos um pouco de privacidade, isso e as paredes anti ruídos, com as crianças era essencial.— Papa, papa! — ouvi os gritinhos dos meus bebês seguido de pesinhos correndo no piso de madeira.— Bom dia meus amores, sem correr por aí! — reclamei me sentando na cama, bem a tempo que eles invadissem o quarto correndo até a cama.Stephan e Stela ainda não conseguiam subir na nos cama, mas desde que deram os primeiros passos era difícil mantê-los parados. Me curvei os pegando e colocando ao meu lado na cama.Esse último ano tinha sido o mais feliz da minha vida sem dúvida alguma, não mudari
— Você sabe que eu te amo, não sabe? — Paulo me olhou com um sorriso doce nos lábios, o mesmo sorriso que tinha me ganhado quando nos conhecemos. — Eu também te amo. — abracei seu corpo, aconchegando a cabeça no seu peito. — Quero te fazer um pedido, sobre a gravidez. — esperei que ele continuasse a falar. — O que acha de adiarmos por alguns anos essa ideia e agora vamos focar em nós? Me sentei apressada, querendo entender o que ele tinha dito de verdade, porque ele não podia estar falando sério. — O que você está falando? Não tem como adiar a “ideia” quando eu já estou grávida de dois meses! — Você pode fazer um aborto querida. Sabe quantos planos eu tinha para nós? Temos tanto que viajar, tanta coisa pra fazer, essa não é a hora de ter um bebê. — Não é a hora? Não é a hora? Devia ter pensado nisso antes de transarmos sem camisinha quando eu estava tomando aqueles antibióticos e te avisei que o anticoncepcional não funcionaria! Eu avisei e você falou o que Paulo? Você disse qu