Collin
… Que palhaçada é essa? O que você está fazendo aqui?!
… Eu preciso conversar com você, Collin.
… Não há o que conversar, Laura. Não após tanto tempo.
… Mas, Collin…
… Eu estou aqui com a minha namorada e peço que saia do nosso caminho.
Lembrar dessa conversa rápida me deixa furioso. Como ela ousa aparecer na minha frente após anos e como se nada tivesse acontecido? E justo agora que está tudo tão certo entre a Ellen e eu. Não vou permitir que ninguém nos atrapalhe. Penso entrando no Le Pre Catelan nas primeiras horas do dia seguinte ao nosso jantar romântico.
— Ela chegou? — inquiro com um tom baixo, porém, duro, livrando-me do meu terno, enquanto Lafaiete, meu sócio o segura e o põe em
Collin— Onde você está? — A interrompo bruscamente e devo dizer que até estupidamente, porque eu sinto que há algo errado nessa nossa conversa. Ela suspira alto e eu suspiro resignado.— Estou no apartamento de Judy. — Franzo o cenho pensando nas piores hipóteses agora.— Por que você está no apartamento da minha secretária e não aqui comigo? — Escuto o som de mais uma respiração, dessa vez alta e fecho os meus olhos fazendo uma oração silenciosa.Por favor diga que não está me deixando!— Collin, eu… preciso ficar um pouco sozinha…— Por quê?— Porque eu… preciso pensar um pouco.— Pensar? No que precisa pensar? — Meu coração dispara erroneamente.— Eu… vou dormir aqui essa noite, está
EllenMomentos antes…— Deia, como estão indo os detalhes para o lançamento do livro?— Muito bem, Ellen! — A garota responde com um sorriso genuíno, segurando a sua prancheta e uma caneta para se aproximar de mim. — Veja, mural de livros, o destaque no banner, a sessão de autógrafos e o momento mais esperado, os relatos de um trecho emocionante.Sorrio satisfeita.— A editora deve mandar alguns souvenires, quero que os distribua entre os nossos leitores no momento certo.— Pode deixar, Ellen, isso também já está acertado.— Você é perfeita, sabia? — ralho, abrindo um sorriso satisfeito.— Ellen, o novo carregamento acabou de chegar. O que quer que eu faça com ele?— Ótimo, Fred! Você pode arrumá-los em suas devidas prateleiras antes
Ellen— Posso perguntar uma coisa? — Collin indaga após um longo tempo em silêncio.— Sim.— Por que veio para a casa da Judy? Por que se escondeu de mim?Suspiro baixinho.— Porque estava confusa.— Confusa, com o que?Puxo outra respiração, porém, ergo a cabeça e o olho nos olhos.— Com as imagens. — O barão une as sobrancelhas.— Quais imagens, Ellen?Sem lhe responder saio da cama, envolvendo-me com um lençol e pego o meu celular em cima do criado mudo. Abro a tela e depois o meu e-mail, lhe entregando em seguida. O observo sentar-se no colchão e olhar com curiosidade cada foto, e após soltar uma respiração alta ele olha dentro dos meus olhos.— Essa é a Laura Hallis, a minha ex-namorada do tempo da faculdade. — Ele começa a falar. &m
Ellen— Soube que abriu uma livraria com características bem americanas aqui no Brasil. — Me pego sorrindo outra vez. — Ouvi falar que ela está bem badalada e acredite ou não, eu já estava pleiteando visitá-la na próxima semana.— Eu ficarei feliz em recebê-la, Virgínia.— Oh! — Virginia arfa, olhando acima do meu ombro. — Uma amiga acaba de chegar, Ellen. Se me der licença gostaria de recebê-la pessoalmente. — Ela diz e antes que eu consiga me virar para ver quem é, Virginia se apressa em ir abraçá-la. — Laura querida! — Fito as duas mulheres um tanto festivas, trocando abraços e beijos nos rostos. — Eu pensei que estava de viagem marcada.— Pois é, mas eu desisti de ir.— Oh, que bom! Venha, eu quero que conheça alguém especial e que aprendi a admirar em
CollinNa semana seguinte…— Senhor Hill, está tudo pronto para a visita a gráfica em alguns minutos.— Ok, Judy e o Eduardo?— Ele já está vindo.— Certo. Devo ficar fora pelo resto do dia. Você pode cancelar os meus compromissos para hoje?— É claro, Senhor! — Ela diz com o seu jeito profissional de sempre, porém, continua parada na minha frente como se esperasse por algo. — Mais alguma coisa, Judy?Minha assistente suspira e cautelosa ela se aproxima mais da minha mesa.— Eu sei que nunca me meti na sua vida pessoal e que jamais deveria fazer isso, Barão.— Mas? — Paro o que estou fazendo para fitá-la melhor.— Eu gostaria de saber como ela está? Quer dizer, da última vez que a vi, ela não me parecia…Deveras, Judith Davis está
CollinCollin— O meu pai pediu a minha mãe em casamento com esse anel e após a morte deles, a minha avó me entregou. Eu o mantive guardado em um cofre porque não criei expectativas de um dia me casar por amor…— Ele é perfeito, Collin! — Meu amigo me interrompe e dessa vez não seguro um sorriso cheio de inseguranças.— Você acha que ela vai gostar?— Cara, ela vai amar! — Chego a puxar a respiração quando volto a fitar o objeto.— Quero fazer isso quanto antes, Eduardo e gostaria que você e sua família estivessem presentes. Será uma noite muito especial para nós dois.— Uma noite?— Um jantar.— Uau!— A Ellen assim como eu não temos ninguém para convidar além do meu avô, você e a Judy.— A Judy tamb&e
CollinDoze horas depois…— Majestade! — Curvo-me parcialmente para reverenciá-la, mas como sempre encontro um sorriso doce nos seus lábios.— Você sumiu, Lorde Hill. Decidiu abandonar o seu país de origem sem avisar a sua rainha? — Ela retruca, dando alguns passos pelo imenso jardim e imediatamente começo a acompanhá-la.— De forma alguma. Tenho alguns projetos no Brasil e alguns negócios por lá também.— E não pode fazê-los daqui?— Acredite, eu gostaria, minha rainha, mas…— Mas casou-se com uma brasileira, eu sei disso.— Isso.— Seu avô me contou sobre alguns acontecimentos extraordinários. — Sinto-me incomodado, portanto, apenas respiro fundo e aguardo que ela continue.— O casamento não deu certo, então por que in
CollinCollin— Talvez seja um caso de sequestro seguido de assassin…— NÃO! — rosno ferozmente. — A Ellen está viva!— Senhor Hill, temos que trabalhar com todas as possibilidades…— EU DISSE QUE NÃO! — grito em fúria, sentindo as minhas forças sendo roubadas de mim. — Quero que saia da minha casa!— Mais…— SAIA DA MINHA CASA AGORA! — rujo, apontando-lhe a saída. Frustrado, o homem guarda a caneta e o bloquinho dentro do seu bolso e sai. Contudo, ao me virar para voltar para o meu quarto encontro o Eduardo em pé na minha frente e desabo ali mesmo.***Uma semana depois…— Alguma notícia? — pergunto para o meu detetive particular em uma ligação dentro do meu escritório.— Definitivamente não, Sen