Ellen
Um mês depois…
— Bom dia, Senhora Hill! — A babá do meu filho diz assim que adentro o quarto infantil.
— Bom dia, Flora! E como está o meu garotinho essa manhã? — Ela sorrir.
— Acordou bem cedo.
— Sério? — Ansiosa, vou até o seu berço e encaro as suas perninhas que não param de se mexer, abrindo um sorriso singular para ele. — Bom dia, meu amor! — cantarolo para o Anthony que parece se agitar ainda mais dentro do seu berço e imediatamente o seguro no meu colo, deixando alguns beijinhos nas suas bochechas rosadas. — Que tal irmos ver o papai antes que ele saia para trabalhar? — Olho para a babá que nos lança um olhar admirador. — Prometo que o trago a tempo para o banho de sol — aviso.
— Está bem, enquanto isso vou dar uma organizada por aqui.
Ao lon
EllenTrês dias depois…O carro para em frente a fachada elegante, porém, simples de uma casa em um bairro nobre e eu penso que ela deve ser pelo menos cinco vezes menor do que a mansão Axel. Contudo, solto uma respiração alta e olho para o bebê adormecido no bebê conforto.— Você está bem? — Judy pergunta me fazendo erguer os olhos para ela.— Já tem meses que não os vejo desde que…— Desde a separação do Barão e da sua irmã.— Aquele jantar foi um fiasco, Judy.— Se não quiser fazer isso, eu…— Eu quero. Na verdade, eu preciso.— Tudo bem! Não esquece que eu vou estar bem do seu lado. — Abro um sorriso curto e após puxar mais uma respiração, decido sair do carro.Ao alcançar o portã
EllenA magnitude de um sonho que sequer cheguei a sonhar. A pouco mais de um ano sonhei com um casamento simples, em uma igreja simples, morar em uma casa simples e assim viver feliz para sempre com a minha família. Mas um casamento no luxuosíssimo castelo Drakenfild, na Inglaterra nunca se passou pela minha cabeça, menos ainda ter uma rainha como a minha convidada e espectadora.Sim, é tão sufocante quanto deslumbrante e por incrível que pareça todo esse luxo e glamour não está me assustando, e eu sei que é por causa do homem lindo, e elegante que me espera no imponente altar.— Segurem o véu!Alguém pede com um tom um pouco mais elevado na voz e logo eles estendem o comprido, e rendado véu pela longa escadaria que me levará as portas largas do castelo. Puxo a respiração em meio a um vestido extremamente lindo e e
EllenCinco anos depois…Ellen"— Não posso te perder, Madeline! Não posso perder a única mulher que conseguiu me liberar do meu passado tenebroso. — Adam sibila cada palavra como se a sua vida estivesse escapando das suas mãos, enquanto ofega violentamente, pois ele precisou correr não só contra o tempo que agora era o seu pior inimigo, mas contra todas as negativas do seu coração quebrado para encontrar o grande amor da sua vida, antes que ela partisse para longe dele. Madeline parecia não acreditar no que os seus ouvidos acabaram de escutar. A ansiedade de constatar que ele estava realmente ali atrás dela fez as suas mãos apertarem sobremaneira o corrimão da estreita escadaria de um navio que zarparia em poucos minutos, levando-a para o outro lado do oceano. Entretanto, ela respirou fundo algumas vezes antes de virar-se com receio para olh&aacut
EllenCinco anos depois…Ellen"— Não posso te perder, Madeline! Não posso perder a única mulher que conseguiu me liberar do meu passado tenebroso. — Adam sibila cada palavra como se a sua vida estivesse escapando das suas mãos, enquanto ofega violentamente, pois ele precisou correr não só contra o tempo que agora era o seu pior inimigo, mas contra todas as negativas do seu coração quebrado para encontrar o grande amor da sua vida, antes que ela partisse para longe dele. Madeline parecia não acreditar no que os seus ouvidos acabaram de escutar. A ansiedade de constatar que ele estava realmente ali atrás dela fez as suas mãos apertarem sobremaneira o corrimão da estreita escadaria de um navio que zarparia em poucos minutos, levando-a para o outro lado do oceano. Entretanto, ela respirou fundo algumas vezes antes de virar-se com receio para olhá-lo, pois queria ter a certeza de que ele realmente estava bem ali.Ela ofegou em sequência,
JudyQuais as probabilidades de uma criança órfã ser feliz na vida?Ok, eu fiz essa pergunta para mim mesma a minha vida toda, mas devo admitir que tive muita sorte tanto dentro do orfanato, quanto fora dele. Eu tive a oportunidade de estudar e de fazer alguns cursos profissionalizantes, e quando alcancei a maior idade fui trabalhar diretamente para o Senhor Collin Hill, um barão que estava visitando o Brasil a fim de fazer alguns negócios aqui.Mas isso era tudo.Decidi que viver sozinha era a minha melhor opção. Portanto, me casar e ter filhos não estavam nos meus planos por agora, e talvez nunca estivesse realmente. E esse pensamento se deu ao fato de que quando eu tinha sete anos perdi os meus pais, as únicas pessoas que me amavam incondicionalmente, que me davam muito carinho e atenção. Sorrio quando penso que fui planejada por eles e amada por maravilhosos sete anos. Entretanto, perdi tudo em uma fração de segundos. Nos anos seguintes, apre
Ruby— Vê se lava essa privada direito, garota! — Virginia, uma detenta rosna para mim com cara de poucos amigos, enquanto estou debruçada sobre um vaso sanitário imundo, enfiando uma escova dentro dele. Contudo, estou a ponto de vomitar com mal cheiro que esse lugar exala.Um mês. Um mês trancafiada dentro desse lugar e eu mal consigo fechar os meus olhos, pois não confio em ninguém, não me sinto segura aqui dentro. Não com todos esses olhares famintos constantemente em cima de mim, tentando arrancar a minha alma para fora do meu corpo.Como eles puseram me jogar aqui dentro? O que eu fiz de errado além de amar um homem com todas as minhas forças?Isso não é justo!— Vamos, Axel! Você ainda tem mais três privadas fora essa para limpar! — Virginia reclama e eu bufo contrariada.— Virginia, vem, já vai começar! — Uma das meninas grita animada e por um minuto Virginia se esquece da minha existência.
Thomas— Soube que o Barão Collin Hill vai se casar. — Magnólia, minha governanta comenta de repente, enquanto abre as cortinas do meu quarto para deixar a luz do dia entrar.— Bom para ele! — resmungo um tanto seco, ajeitando a minha gravata e suplicando aos céus que ela não continue com essa conversa.— Devia ir, sua graça, a final, vocês são grandes amigos, certo?Reviro os olhos para essa sugestão.A verdade, é que desde que perdi a Chloe e o meu filho tudo ao meu redor perdeu o seu significado para mim. A morte é mesmo uma víbora traiçoeira que roubou a dona do meu coração e pior, ela o levou consigo. Portanto, amar outra vez nunca será uma possibilidade para mim, embora eu saiba muito bem que preciso de uma mulher aqui dentro para me ajudar a pôr a ordem nessa casa e a cuidar de minhas cinco irmãs.Não é catastrófico que a morte insista em me rondar? Primeiro os meus pais e a agora a minha pequena família.— O convite é
Ellen Quase não havia luz dentro do quarto a não ser a uma luz que vinha do lado de fora e iluminava uma pequena parte do cômodo. Eu estava tão assustada e muito nervosa, mas tinha uma tarefa a fazer e não podia fugir do meu dever. Do canto da parede observei a ampla cama vazia e os meus pensamentos se perderam nas assustadoras imagens do que aconteceria bem ali e em poucos minutos. Trêmula, deslizei as minhas mãos um pouco suadas pela pequena camisola de seda que mal cobriam os meus seios e o meu nervosismo aumentou quando escutei o barulho do seu carro estacionando em frente ao casarão. É agora. Pensei, soltando uma respiração trêmula pela boca. Agora não tem como voltar atrás. Portanto, me aproximei da garrafa de uísque que deixei em cima de uma mesinha no canto da parede e servi uma dose em um copo quadrado de vidro transparente, enquanto aguardava a sua entrada no cômodo. Não demorou para porta do quarto se abrir e uma sombra alta, e imponente adentrou o cômodo em silêncio, liv