Collin
Collin
— Talvez seja um caso de sequestro seguido de assassin…
— NÃO! — rosno ferozmente. — A Ellen está viva!
— Senhor Hill, temos que trabalhar com todas as possibilidades…
— EU DISSE QUE NÃO! — grito em fúria, sentindo as minhas forças sendo roubadas de mim. — Quero que saia da minha casa!
— Mais…
— SAIA DA MINHA CASA AGORA! — rujo, apontando-lhe a saída. Frustrado, o homem guarda a caneta e o bloquinho dentro do seu bolso e sai. Contudo, ao me virar para voltar para o meu quarto encontro o Eduardo em pé na minha frente e desabo ali mesmo.
***
Uma semana depois…
— Alguma notícia? — pergunto para o meu detetive particular em uma ligação dentro do meu escritório.
— Definitivamente não, Sen
CollinSete meses depois…— Senhor Hill, o Senhor Rosa está no telefone. — Judy avisa, porém, eu respiro fundo antes de atendê-lo.Devo dizer que os meses passaram rápido demais, mas é como se o tempo tivesse parado para mim e a minha vida estivesse estagnada desde o dia ela desapareceu. E enquanto todos continuaram com as suas vidas, eu continuei exatamente no ponto de onde paramos. Confesso que não sinto mais a dor sua ausência. É como se tudo dentro de mim estivesse dormente e a alegria de viver já não existe mais para mim. Nesses poucos meses a polícia esfriou as suas buscas e as investigações. Ellen Axel simplesmente evaporou no ar e todos simplesmente desistiram dela.Menos eu.Ainda mantenho a esperança de encontrá-la. Ainda olho para a porta do meu escritório na esperança de que ela passe
CollinEstou me perguntando por que ela não me diz nada e como ela apareceu assim do nada na minha frente? Mas principalmente, onde você esteve todo esse tempo? Droga, e essa gravidez?— Por favor! Por favor! Me ajude! — desperto dos meus devaneios quando ela volta a gemer.— Fique calma, já estamos chegando! Só respire, respire, querida! — peço, simulando uma sequência de respirações na tentativa de ajudá-la de alguma forma.Não demora para ela está deitada em uma cama estreita e alguns médicos a levam para dentro de um quarto com certa pressa. Tento não me afastar dela e adentrar o quarto, mas sou imediatamente impedido de seguir.— O Senhor precisa passar algumas informações na recepção, Senhor Hill. — Um deles pede e eu sou obrigado a deixá-la ir para longe de mim outra vez.&mdas
Collin— Por que ela não acorda nunca? — resmungo impaciente para o médico em um misto de agonia e ansiedade. Contudo, com um medo miserável de que ela me rejeite por não me reconhecer na sua vida.— É normal, Senhor Collin. — Ele fala com naturalidade, enquanto lê atentamente a prancheta com os dados de Ellen. — A sua esposa teve um parto um pouco difícil, ela está bem cansada. — Apenas concordo com ele fazendo um gesto de cabeça e após ele sair do quarto, me acomodo do seu lado, segurando na sua mão e fico sabe Deus por quanto tempo apenas a olhando em um sono profundo.Meu Deus, ainda não acredito que ela está aqui tão perto de mim, tão alcançável outra vez! Penso em completo êxtase. Contudo, o cansaço das noites mal dormidas por longos e exaustivos meses cobra o seu preço e logo sinto os
Collin— Olha você aí, minha querida! — O homem fala, abrindo um sorriso emocionado. Contudo, resolvo me afastar um pouco para lhes dar espaço.— Padre Júlio! — Percebo o carinho dela por esse estranho apenas no sibilar de suas palavras.— Como você está, querida?— Bem, eu acho. — Ele olha para mim e eu aceno sutilmente para ele.— Deus a abençoou com a sua graça, filha. — O padre cantarola e os seus olhos correm imediatamente para mim. — Eu sei que tudo parece confuso para você agora, mas acredite, agora você está nos braços do homem que te ama.Me pego sorrindo, porém, de boca fechada.— E agora você está segura, Ellen e ainda com o seu filho nos seus braços.— Obrigada por tudo, padre Júlio!— Agradeça a Deus, minha filha
Ellen— Enfim, chegamos! — Collin avisa um tanto animado, enquanto ele abre a porta da sua bela e enorme casa para mim, me dando passagem em seguida. Entretanto, entro cheio de expectativas.Quer dizer, o médico disse que está tudo bem comigo, que tudo está no seu devido lugar e que o fato de perder a memória seja apenas uma defesa do meu sistema. Contudo, estou me perguntando do que estou me defendendo a final? Portanto, olho para algumas imagens espalhadas por toda a sala de estar e em todas elas estou sorrindo e aparentemente muito, muito feliz, e sempre do lado dele.Bom, pelo menos não estou me defendendo dele, certo?— E então? — Ele inquire, largando o bebê conforto com cuidado em cima de um sofá, onde Antony dorme tranquilamente. Contudo, os meus olhos continuam varrendo todo o cômodo com curiosidade.— É uma casa muito linda, Collin!
Ellen— É claro que sim!— Ótimo! Podemos fazer algo diferente hoje, o que acha?— Hum, o que tem em mente?Enquanto Judy fala sobre os seus planos para um dia inteiro, seguro o barão nos meus braços e faço carinho nos seus pelos, o colocando na sua nova cama em seguida.— Tudo certo! — Confirmo e escuto o som da sua vibração feliz em seguida. Portanto, passo as próximas horas tomando um banho, me arrumando, me maquiando e após me despedir do meu cãozinho me preparo para sair.Um sinal de mensagem me faz parar no meio do corredor. Curiosa, a abro encontrando um vídeo em anexo. Meu coração para quando vejo o sorriso de Laura surgir na frente da lente e à medida que ela se afasta, a visão de um quarto de hotel vai se revelando diante dos meus olhos. Engulo um n&o
CollinAlgumas horas depois…— Johnson, alguma novidade? — inquiro enquanto o carro se aproxima do hotel.— Sim. O Senhor tinha razão, a Laura teve vários encontros esporádicos com a Senhorita Axel desde que chegou aqui no Brasil. Inclusive ela visitou o BookCaffe com a irmã gêmea dias antes do acidente.Fecho os meus olhos, pressionando os dedos das minhas mãos tão rudemente, que as minhas unhas chegam penetrar a palma da minha mão.O quão soberbo você foi, Collin Hill? Como pode acreditar que Ruby Axel ficaria quieta após encerrar a porra do contrato e ainda deixá-los na miséria? Você cumpriu com a sua promessa, agora é a minha vez de foder de vez com a sua vida, e eu vou fazer um estrago tão grande que você se esquecerá das nossas vidas de uma vez por todas.— Chegamos,
Ellen— Por que ele está demorando tanto? — pergunto em agonia, andando de um lado para o outro do amplo quarto, enquanto Judy põe o Anthony para arrotar.— Fique calma, Ellen, ele já deve estar vindo para casa.Bufo audivelmente.— Ele está fora de casa praticamente o dia inteiro e eu não faço ideia do que ele está fazendo com aquela… louca da Laura!— Bom, desde que o conheço o Senhor Hill é um homem prudente. Tenho certeza de que não fará nada que se arrependa depois.Deixo os meus ombros caírem.— Estou com medo, Judy! — confesso baixo, sentando-me na beirada do colchão e após colocar o meu bebê dentro do berço, ela se senta do meu lado e segura na minha mão, olhando dentro dos meus olhos.— Pois não devia, Ellen. — Judy abre um sorriso enco