Ellen
— Senhor Hill, é melhor pararmos agora! — ralho me desvencilhando dele.
— Nada disso, Ruby. Vem aqui, minha linda esposa!
Mas que droga! Resmungo olhando através de uma janela e no ato, ergo os seus vidros.
— Me desculpe, senhor Hill, mas eu preciso ir ajudar um amigo agora — ralho determinada, mas é impossível sair por ela
— Não faz assim, Ruby! Venha aqui, querida! — Ele insiste, porém, vou em busca de algo que me ajude a abrir a maldita porta.
Uma estatueta. Penso determinada, encarando o objeto e vou até a porta, batendo insistentemente na maçaneta. — Me diga, o que você está fazendo? — Collin ralha, segurando na minha cintura e logo a sua boca está deixando alguns beijos nas minhas costas.
— Escute, Collin, você precisa voltar para aquela cama e descansar um pouco…
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EllenComo uma covarde que sou saio imediatamente dali, deixando os dois homens para trás. Oh Deus, sinto que vou enlouquecer com tantas cobranças e com tudo acontecendo ao mesmo tempo na minha vida. No entanto, assim que chego do outro lado do jardim, perto de uma varanda na lateral do casarão, sinto o toque suave de Daniel no meu braço e tensa, procuro os seus olhos.— Não vai me dizer onde você estava esse tempo todo? — Apenas engulo em seco.O que eu devo dizer, que estava trancada dentro de um quarto com o meu cunhado drogado? Talvez seja melhor falar o quanto estava gostoso rolar na grama com ele. Reviro os olhos encarando o céu noturno.Que inferno, parece que a coisa só piora à medida que os dias vão se passando!O fato é que eu sei que não posso contar-lhe dizer nesse momento. Portanto, resolvo contornar essa sua curiosidade com os meus cuidados
Collin— Obrigada! Obrigada por me salvar, querido! — Ellen fala, envolvendo a minha cintura e com esse gesto abraça-me apertado. Contudo, os meus olhos estão fixos na minha esposa, que nesse exato momento está do lado de um dos garçons da festa. Trinco rudemente meu maxilar para a maneira como ela cuida, olha e fala com ele. Tenho vontade de me livrar da garota apenas para ir ter com eles e descobrir o que porra está acontecendo. — Se não fosse você, eu… — Ellen continua a falar. No entanto, a faço se afastar de mim e sem tirar os meus olhos daquela cena ridícula segurando um rugido.— É melhor você ir para casa agora, Ruby — rosno sem olhá-la de fato.— É que… e não entendo por que o Julian veio até aqui. — Ela insiste nessa conversa absurda e sou obrigado a olhá-la nos olhos.&
CollinO observo olhar-me com determinação e fechar as suas mãos em punho, preparando-se para o seu primeiro ataque. Contudo, o garçom dá um passo rápido e tenta me acertar. Um movimento rápido meu e ele passa direto, quase se desequilibrando.— Que droga, parem com isso! — Minha esposa implora, porém, estou atento a mais um movimento do rapaz, que outra vez tenta me acertar, mas sou rápido demais e ele passa por mim feito um idiota que é. — Daniel? — Ela interpele preocupada e isso me deixa irritado. Portanto fecho as minhas mãos em punho e quando ele se prepara para mais um ataque, acerto o seu nariz, deixando-o desnorteado. Ruby solta um grito agudo e leva as mãos a boca.— Eu disse para não se envolver nisso, garoto! — rosno enraivecido, o empurrando com violência para longe, fazendo-o se desequilibrar e cair no gramado. Aprove
Daniel— Oh meu Deus, Dani, você está bem? — Ellen pergunta nitidamente nervosa e desesperada ela leva as suas mãos delicadas para os machucados no meu rosto. Contudo, me afasto dela, deixando-a receosa.Eu tenho perguntas, muitas delas, mas não sei se ela me dará as respostas de que preciso. E pensar que tudo poderia ter sido evitado se ela simplesmente tivesse esclarecido esse maldito mal-entendido.— Dani, por favor me deixe ajudá-lo! — Ela interpele baixinho, porém, cautelosa.É impossível não perceber o quanto o seu corpo está trêmulo agora, inclusive a sua voz também. Por fim ela se livra da sua maldita máscara. Deus sabe a vontade que estou de gritar com ela agora, de questionar por que não se revelou para o Barão, por que simplesmente não se livrou de toda essa confusão? Entretando, eu mal abro a minha
Ellen— Senhor Axel! — O Barão fala com seu habitual tom firme e sério para o meu pai assim que entramos na mansão Luxemburgo e ambos apertam as mãos firmemente. — Senhora Axel! — Ele diz olhando firme para a minha mãe em seguida.— Collin querido! — Ela praticamente cantarola a sua gentileza, abrindo o seu sorriso de socialite. Por fim, paramos um de frente para o outro e é inevitável que os nossos olhos se encontrem.— Barão! — sibilo baixo demais, porém, o seu olhar sempre intenso e rígido continua sobre o meu.— Senhorita Axel! — Collin faz um gesto sutil com a cabeça para mim e por algum motivo, o seu olhar se suaviza. Contudo, Collin limpa a sua garganta e se afasta de mim para fitar os seus convidados.— Mamãe, papai! — Ruby surge lindamente elegante no topo da escadaria, abrindo um sorri
Ellen— Viu o que você fez, garota estúpida? — Ela rosna entre dentes assim que adentramos a sala de visitas da mansão Axel. — Por que tinha que meter com o filho do jardineiro, hã? Você tem a cabeça oca por acaso? Não parou para pensar nas consequências dos seus atos?— Eu não tive culpa… — Tento me defender, mas logo sinto uma bofetada estralar na lateral do meu rosto. Trêmula, levo uma mão ao local da dor.— A culpa é sua sim! — Ruby grita furiosa. — Eu não entendo como você pode ser tão idiota? — Ela sorri mesmo sem vontade. — Sempre tão sonsa, não é? — Toda metida a esperta, mas no fundo, só faz merda! — Ela desvia os seus olhos dos meus para encarar o nosso pai. — Alguém tem que pagar por isso.— Ruby, fique calma, filha. &mdas
Ellen Alguns dias depois... — Está pronta? — Ruby pergunta entrando repentina no meu quarto. Então ela sorri para a minha imagem quase irreconhecível diante do espelho. O reflexo de uma mulher linda, sexy e fatal em uma roupa exuberante e sensual, mas sem vulgarizar, além de um belo par de saltos altos. Suspiro em resposta. — Não se esqueça de sorrir, Ellen. Ah, e dizer as palavras certas também, querida. Eu sei que o Collin é perdidamente apaixonado por mim e ele não vai resistir a esse espetáculo de mulher em pé na frente dele. Eu sou a sua fraqueza e eu tenho certeza que ele vai ceder aos meus encantos. Aos seus encantos? Quem está indo fazer o papel sujo? Ralho mentalmente. — Agora vamos, levante-se porque não temos tempo a perder! Faço o que me pede e logo me vejo entrando em um carro que não hesita em ganhar movimento no asfalto molhado. Durante a viagem de poucos minutos penso em uma estratégia para envolver o
Ellen— É você quem precisa olhar por onde anda, sua louca! — rosno para ela, afastando um pouco o tecido encharcado da minha pele. Tento passar por ela, mas a mulher resolve parar bem na minha frente, impedindo a minha passagem.— Vou te dá um conselho de graça, garota. O Collin não quer mais. Então se você ainda tiver um pouco de amor próprio, se manda daqui e não o procure mais! — Ela fala seca e ao passar por mim, esbarra propositalmente em mim. O piso molhado me faz desequilibrar em cima dos saltos e literalmente caio de bunda no chão.Merda de noite!Rosno com raiva de mim mesma, quando escuto as risadas preencherem o salão e envergonhada tento me levantar do chão, mas é algo complicado já que a droga da bebida parece conter algum tipo de gel dentro dela. Frustrada, ergo os meus olhos e encontro o olhar piedoso