Collin
O observo olhar-me com determinação e fechar as suas mãos em punho, preparando-se para o seu primeiro ataque. Contudo, o garçom dá um passo rápido e tenta me acertar. Um movimento rápido meu e ele passa direto, quase se desequilibrando.
— Que droga, parem com isso! — Minha esposa implora, porém, estou atento a mais um movimento do rapaz, que outra vez tenta me acertar, mas sou rápido demais e ele passa por mim feito um idiota que é. — Daniel? — Ela interpele preocupada e isso me deixa irritado. Portanto fecho as minhas mãos em punho e quando ele se prepara para mais um ataque, acerto o seu nariz, deixando-o desnorteado. Ruby solta um grito agudo e leva as mãos a boca.
— Eu disse para não se envolver nisso, garoto! — rosno enraivecido, o empurrando com violência para longe, fazendo-o se desequilibrar e cair no gramado. Aprove
Daniel— Oh meu Deus, Dani, você está bem? — Ellen pergunta nitidamente nervosa e desesperada ela leva as suas mãos delicadas para os machucados no meu rosto. Contudo, me afasto dela, deixando-a receosa.Eu tenho perguntas, muitas delas, mas não sei se ela me dará as respostas de que preciso. E pensar que tudo poderia ter sido evitado se ela simplesmente tivesse esclarecido esse maldito mal-entendido.— Dani, por favor me deixe ajudá-lo! — Ela interpele baixinho, porém, cautelosa.É impossível não perceber o quanto o seu corpo está trêmulo agora, inclusive a sua voz também. Por fim ela se livra da sua maldita máscara. Deus sabe a vontade que estou de gritar com ela agora, de questionar por que não se revelou para o Barão, por que simplesmente não se livrou de toda essa confusão? Entretando, eu mal abro a minha
Ellen— Senhor Axel! — O Barão fala com seu habitual tom firme e sério para o meu pai assim que entramos na mansão Luxemburgo e ambos apertam as mãos firmemente. — Senhora Axel! — Ele diz olhando firme para a minha mãe em seguida.— Collin querido! — Ela praticamente cantarola a sua gentileza, abrindo o seu sorriso de socialite. Por fim, paramos um de frente para o outro e é inevitável que os nossos olhos se encontrem.— Barão! — sibilo baixo demais, porém, o seu olhar sempre intenso e rígido continua sobre o meu.— Senhorita Axel! — Collin faz um gesto sutil com a cabeça para mim e por algum motivo, o seu olhar se suaviza. Contudo, Collin limpa a sua garganta e se afasta de mim para fitar os seus convidados.— Mamãe, papai! — Ruby surge lindamente elegante no topo da escadaria, abrindo um sorri
Ellen— Viu o que você fez, garota estúpida? — Ela rosna entre dentes assim que adentramos a sala de visitas da mansão Axel. — Por que tinha que meter com o filho do jardineiro, hã? Você tem a cabeça oca por acaso? Não parou para pensar nas consequências dos seus atos?— Eu não tive culpa… — Tento me defender, mas logo sinto uma bofetada estralar na lateral do meu rosto. Trêmula, levo uma mão ao local da dor.— A culpa é sua sim! — Ruby grita furiosa. — Eu não entendo como você pode ser tão idiota? — Ela sorri mesmo sem vontade. — Sempre tão sonsa, não é? — Toda metida a esperta, mas no fundo, só faz merda! — Ela desvia os seus olhos dos meus para encarar o nosso pai. — Alguém tem que pagar por isso.— Ruby, fique calma, filha. &mdas
Ellen Alguns dias depois... — Está pronta? — Ruby pergunta entrando repentina no meu quarto. Então ela sorri para a minha imagem quase irreconhecível diante do espelho. O reflexo de uma mulher linda, sexy e fatal em uma roupa exuberante e sensual, mas sem vulgarizar, além de um belo par de saltos altos. Suspiro em resposta. — Não se esqueça de sorrir, Ellen. Ah, e dizer as palavras certas também, querida. Eu sei que o Collin é perdidamente apaixonado por mim e ele não vai resistir a esse espetáculo de mulher em pé na frente dele. Eu sou a sua fraqueza e eu tenho certeza que ele vai ceder aos meus encantos. Aos seus encantos? Quem está indo fazer o papel sujo? Ralho mentalmente. — Agora vamos, levante-se porque não temos tempo a perder! Faço o que me pede e logo me vejo entrando em um carro que não hesita em ganhar movimento no asfalto molhado. Durante a viagem de poucos minutos penso em uma estratégia para envolver o
Ellen— É você quem precisa olhar por onde anda, sua louca! — rosno para ela, afastando um pouco o tecido encharcado da minha pele. Tento passar por ela, mas a mulher resolve parar bem na minha frente, impedindo a minha passagem.— Vou te dá um conselho de graça, garota. O Collin não quer mais. Então se você ainda tiver um pouco de amor próprio, se manda daqui e não o procure mais! — Ela fala seca e ao passar por mim, esbarra propositalmente em mim. O piso molhado me faz desequilibrar em cima dos saltos e literalmente caio de bunda no chão.Merda de noite!Rosno com raiva de mim mesma, quando escuto as risadas preencherem o salão e envergonhada tento me levantar do chão, mas é algo complicado já que a droga da bebida parece conter algum tipo de gel dentro dela. Frustrada, ergo os meus olhos e encontro o olhar piedoso
CollinCom um suspiro cansado abro uma brecha de olhos sentindo o meu corpo reclamar as noites mal dormidas. A minha visão turva mostra-me a silhueta de uma garota adormecida do meu lado e aos poucos essa visão ganhando uma forma vívida.Ruby?Confuso, começo a avaliar a sua imagem e algumas cenas da noite passada preenchem a minha cabeça.... Esse bolo parece delicioso!O som da sua voz sedutora preenche os meus ouvidos em uma fração de segundos e logo algumas cenas quentes de nós dois dentro de um quarto temático de um bar surgem como um filme. O seu sorriso provocador, os seus sons arrastados e sussurrantes, cada gemido que escapava da sua boca fez o meu coração bater impulsivamente dentro do meu peito, roubando a minha capacidade respirar e de pensar com clareza.... Você não quer provar?Deus, essa pergunta me fez perder qu
Ellen— Sente-se, querida esposa! — Collin pede com uma falsa sensibilidade. Juro que é possível sentir o sarcasmo essas suas poucas palavras, enquanto educadamente ele puxa uma cadeira para me acomodar. Contudo, estou tentando aplacar o nervosismo que a todo custo quer dominar todo o meu corpo e quando ele se senta de frente para mim, forço um sorriso de boca fechada.Uma conversa definitiva. Penso desviando os meus olhos dos seus para observar o lugar aconchegante e com pouco movimento.O que eu devo dizer para ele, que não sou a sua esposa de verdade? Que não é a Ruby quem se deita com ele todas as noites?Deus, eu não posso fazer isso porque com certeza prejudicarei o Daniel e a sua mãe, e eu jamais me perdoaria se algo lhes acontecesse. Mas e então, o que devo fazer realmente? Afundar-me mais nessa teia de mentiras é a minha única opção. Aconselho-m
EllenHoras mais tarde...O som de uma música um tanto distante começa a me trazer de volta a minha realidade e com um resmungo frustrado abro os meus olhos, percebendo que é o meu telefone que está tocando insistentemente em cima do criado mudo.— Alô? — atendo meio aturdida, devido a sonolência e sequer me dei o trabalho de ver quem é.— Ellen?— Ah oi, Megan! Que horas são? — questiono com um som arrastado e me lembro que desde que voltei para casa me tranquei no meu quarto e chorei até apagar totalmente. Contudo, olho para a janela e percebo a noite já está se aproximando.— Ellen, é o Daniel. — Desperto totalmente me sentando no colchão no mesmo instante.— O que tem o Daniel?— Ele está preso. — Uno as sobrancelhas.— Como assim ele está pr