Ellen
— Sente-se, querida esposa! — Collin pede com uma falsa sensibilidade. Juro que é possível sentir o sarcasmo essas suas poucas palavras, enquanto educadamente ele puxa uma cadeira para me acomodar. Contudo, estou tentando aplacar o nervosismo que a todo custo quer dominar todo o meu corpo e quando ele se senta de frente para mim, forço um sorriso de boca fechada.
Uma conversa definitiva. Penso desviando os meus olhos dos seus para observar o lugar aconchegante e com pouco movimento.
O que eu devo dizer para ele, que não sou a sua esposa de verdade? Que não é a Ruby quem se deita com ele todas as noites?
Deus, eu não posso fazer isso porque com certeza prejudicarei o Daniel e a sua mãe, e eu jamais me perdoaria se algo lhes acontecesse. Mas e então, o que devo fazer realmente? Afundar-me mais nessa teia de mentiras é a minha única opção. Aconselho-m
EllenHoras mais tarde...O som de uma música um tanto distante começa a me trazer de volta a minha realidade e com um resmungo frustrado abro os meus olhos, percebendo que é o meu telefone que está tocando insistentemente em cima do criado mudo.— Alô? — atendo meio aturdida, devido a sonolência e sequer me dei o trabalho de ver quem é.— Ellen?— Ah oi, Megan! Que horas são? — questiono com um som arrastado e me lembro que desde que voltei para casa me tranquei no meu quarto e chorei até apagar totalmente. Contudo, olho para a janela e percebo a noite já está se aproximando.— Ellen, é o Daniel. — Desperto totalmente me sentando no colchão no mesmo instante.— O que tem o Daniel?— Ele está preso. — Uno as sobrancelhas.— Como assim ele está pr
Collin— Boa noite, Barão! — Minha governanta fala assim que abre a porta para mim.— Minha esposa está em casa? — ignoro completamente a sua cordialidade, adentrando o hall e me desfazendo do meu terno em seguida.— Ainda não, Senhor! O jantar… — Ela começa a falar, porém, lhe dou as costas e pego o meu telefone para ligar para Ruby. O fato de a ligação cair na caixa postal me irrita. Contudo, subo as escadas e tomo um banho demorado, e só quando volto para o meu quarto e visto uma roupa confortável, torno a ligar para ela.— Onde você está, Ruby?Um som rude e áspero para pela minha boca. Entretanto, escuto a porta se abrir atrás de mim e logo a sua voz preenche o cômodo.— Estou bem aqui, querido! — Ela surgindo no meu campo de visão.Em silêncio, largo o aparelho
Ellen — Dani? Daniel, acorde! — peço baixinho para não chamar a atenção dos homens no banco da frente. — Acorde, por favor! — Dou tapinhas leves no seu rosto, mas ele simplesmente não se mexe. Bufo internamente. Contudo, fico quieta quando um deles olha para trás. — Se comporte aí, mocinha, não queremos te machucar! — Um deles me adverte. Entretanto, uma leve vibração dentro do meu bolso me faz lembrar do meu celular e cuidadosamente o confisco do bolso traseiro do meu jeans, escondendo-o no meio das minhas pernas quando o intrometido volta a olhar para trás, porém, no instante que ele torna a olhar para frente aciono a minha agenda e ligo para o primeiro no topo da minha lista. — O que você quer, Ellen?! — O som da voz irritadiça de Collin preenche os meus ouvidos, me fazendo revirar os olhos internamente. Que droga, Ellen, com tanta gente pra você ligar, você liga logo para o mal-humorado do seu cunhado? Resmungo revoltada comigo mesma. — Socorro! — sussurro sem fazer alarde e
Collin — Já estamos perto, Senhor Hill. — Charles avisa quando encerro a ligação e como esperava, meus seguranças já estão me aguardando do lado de fora. — Qual é a situação? — pergunto assim que desço do carro. — Os portões não têm vigilantes, Barão e pelo que vimos não tem muitos homens lá dentro também. — Isso é bom! Quero que entrem e que revirem esse lugar de cabeça para baixo até encontre a Ellen Axel! — ordeno ainda fitando a fachada bem iluminada na casa. — Sim, Senhor! — Eles se mexem rapidamente e penso em acompanhá-los, mas sinto o toque do meu motorista no meu braço. — Penso que deveria ficar aqui, Senhor Hill. Pode ser perigoso. — Não vou ficar de braços cruzados esperando resultados chegarem, Charles! — Barão, o que direi para o seu avô se algo lhe acontecer? — Livro-me do seu agarre. — Que espécie de homem eu seria se ficasse aqui, enquanto uma garota inocente pode estar sendo molestada dentro daquela casa? — rosno e ele abaixa a cabeça. — Fique aqui e chame a po
Collin — Sabe barão, algumas pessoas nascem em berços de ouro e outras precisam lutar para conquistar o seu espaço nesse mundo cão. — Ele começa a falar se afastando um pouco de nós dois, mas sem tirar a pistola da nossa mira. — Você, é o cara do berço de ouro, mas eu sou um lutador. A minha vida toda eu lutei para conquistar o que é meu. Essa mansão, a grana, o poder. Tudo na minha vida foi uma luta e acredite, no amor nada mudou.No amor? O que ele quer dizer com isso?— A Ruby é minha, entendeu? — O seu tom firme me faz franzir a testa.— Do que porra você está falando, seu imbecil? — Em resposta Julian abre um sorriso malicioso, porém, não menos debochado— Você não faz ideia mesmo, não é? A sua esposa, excelentíssimo Barão é muito imp
Ellen— Não! Não! Não! Não! Collin, abre os seus olhos para mim! — peço com desespero. — Que droga, esse carro não pode ir mais rápido?! — berro em lágrimas.— Já estamos chegando, Senhorita!— Estou aqui com você! — sussurro, ignorando o aviso do segurança e as minhas lágrimas começa a cair sobre o seu rosto. — Estou aqui com você, Collin! — repito como se ele pudesse me ouvir, mas não tenho resposta alguma e isso de alguma forma me machuca muito.— Chegamos! — O carro para bruscamente e Jordan sai imediatamente, voltando com uma maca e alguns médicos. Eles o tiram de mim e log me sinto desamparada. Contudo, sigo logo atrás deles sem me importas com as minhas roupas sujas de sangue.— Aguente firme, Collin! — peço, segurando na sua mão. &mdas
Collin ... Ruby é minha, entendeu?! ... Ela é importante para mim, mas você insiste em usá-la como um troféu. Você gosta de exibir a sua exuberante e linda esposa para a alta sociedade. Contudo, é um ser humano desprezível! ... Você não faz ideia de como a humilhou abandonando-a sozinha no dia da lua de mel, Collin Hill! ... Como sabe disso? ... Eu sei de tudo sobre vocês. Respiro fundo sentindo o meu sangue ferver dentro das minhas veias. ... Sei o quanto você costuma ser frio na cama. ... Um homem de coração endurecido, sem qualquer vestígio de sentimentos. ... A Ruby merece muito mais do que um simples status de primeira-dama, Senhor Hill. ...Ela precisa de homem fervoroso, que a ame e que a deseje de corpo e alma, e esse homem com certeza não é você. — Filho da puta! ... Você não faz id
Collin— Sabia que eu quase morri de preocupação? — Ela diz, atraindo a minha atenção para si e quando se aproxima para me abraçar faço um gesto pedindo para parar.— Nós precisamos conversar, Ruby —rosno em um misto de raiva e desprezo quando ela para bem na minha frente. Entretanto, não consigo evitar de olhar para a sua irmã que permanece lá no mesmo lugar. Ruby percebe e me lança um olhar irritado. Portanto, ela vai até a porta e a fecha bruscamente, virando-se para mim outra vez e abre um sorriso largo.— Prontinho, querido, sem interferências alheias. Sobre o que quer falar comigo? — Aponto para a poltrona.— Sente-se! — ordeno com frieza e ela volta a se aproximar da cama, sentando-se na beirada do colchão e no ato, ela ergue uma mão para acariciar a lateral do meu rosto.— Voc&ec