Ellen
— O que você está fazendo? Vamos, temos que ir para o salão de beleza! — Ruby me puxa imediatamente para a saída loja e quando entramos no carro, fixo o meu olhar do lado de fora da janela. À noite após um banho relaxante, vou para o meu quarto e estranhamente encontro o vestido da minha irmã arrumado em cima da minha cama. Me pergunto quando exatamente trocamos as nossas sacolas e não percebemos isso. Tento ligar para ela e quem sabe ainda dá tempo de destrocar, mas infelizmente ela não atende o telefone.
Bufo audível e olho as horas.
— Droga, estou em cima da hora! — ralho frustrada e decido vestir esse mesmo. Em alguns minutos me olho no espelho. Um belo tomara que caia com ramos prateados que se alastram pelo meu tronco, deixando uma linda saia de tules livre e uma máscara prata que se encaixa perfeitamente no meu rosto.
Dentro do carro, os
Ellen— Senhor Hill, é melhor pararmos agora! — ralho me desvencilhando dele.— Nada disso, Ruby. Vem aqui, minha linda esposa!Mas que droga! Resmungo olhando através de uma janela e no ato, ergo os seus vidros.— Me desculpe, senhor Hill, mas eu preciso ir ajudar um amigo agora — ralho determinada, mas é impossível sair por ela— Não faz assim, Ruby! Venha aqui, querida! — Ele insiste, porém, vou em busca de algo que me ajude a abrir a maldita porta.Uma estatueta. Penso determinada, encarando o objeto e vou até a porta, batendo insistentemente na maçaneta. — Me diga, o que você está fazendo? — Collin ralha, segurando na minha cintura e logo a sua boca está deixando alguns beijos nas minhas costas.— Escute, Collin, você precisa voltar para aquela cama e descansar um pouco…&mdas
EllenComo uma covarde que sou saio imediatamente dali, deixando os dois homens para trás. Oh Deus, sinto que vou enlouquecer com tantas cobranças e com tudo acontecendo ao mesmo tempo na minha vida. No entanto, assim que chego do outro lado do jardim, perto de uma varanda na lateral do casarão, sinto o toque suave de Daniel no meu braço e tensa, procuro os seus olhos.— Não vai me dizer onde você estava esse tempo todo? — Apenas engulo em seco.O que eu devo dizer, que estava trancada dentro de um quarto com o meu cunhado drogado? Talvez seja melhor falar o quanto estava gostoso rolar na grama com ele. Reviro os olhos encarando o céu noturno.Que inferno, parece que a coisa só piora à medida que os dias vão se passando!O fato é que eu sei que não posso contar-lhe dizer nesse momento. Portanto, resolvo contornar essa sua curiosidade com os meus cuidados
Collin— Obrigada! Obrigada por me salvar, querido! — Ellen fala, envolvendo a minha cintura e com esse gesto abraça-me apertado. Contudo, os meus olhos estão fixos na minha esposa, que nesse exato momento está do lado de um dos garçons da festa. Trinco rudemente meu maxilar para a maneira como ela cuida, olha e fala com ele. Tenho vontade de me livrar da garota apenas para ir ter com eles e descobrir o que porra está acontecendo. — Se não fosse você, eu… — Ellen continua a falar. No entanto, a faço se afastar de mim e sem tirar os meus olhos daquela cena ridícula segurando um rugido.— É melhor você ir para casa agora, Ruby — rosno sem olhá-la de fato.— É que… e não entendo por que o Julian veio até aqui. — Ela insiste nessa conversa absurda e sou obrigado a olhá-la nos olhos.&
CollinO observo olhar-me com determinação e fechar as suas mãos em punho, preparando-se para o seu primeiro ataque. Contudo, o garçom dá um passo rápido e tenta me acertar. Um movimento rápido meu e ele passa direto, quase se desequilibrando.— Que droga, parem com isso! — Minha esposa implora, porém, estou atento a mais um movimento do rapaz, que outra vez tenta me acertar, mas sou rápido demais e ele passa por mim feito um idiota que é. — Daniel? — Ela interpele preocupada e isso me deixa irritado. Portanto fecho as minhas mãos em punho e quando ele se prepara para mais um ataque, acerto o seu nariz, deixando-o desnorteado. Ruby solta um grito agudo e leva as mãos a boca.— Eu disse para não se envolver nisso, garoto! — rosno enraivecido, o empurrando com violência para longe, fazendo-o se desequilibrar e cair no gramado. Aprove
Daniel— Oh meu Deus, Dani, você está bem? — Ellen pergunta nitidamente nervosa e desesperada ela leva as suas mãos delicadas para os machucados no meu rosto. Contudo, me afasto dela, deixando-a receosa.Eu tenho perguntas, muitas delas, mas não sei se ela me dará as respostas de que preciso. E pensar que tudo poderia ter sido evitado se ela simplesmente tivesse esclarecido esse maldito mal-entendido.— Dani, por favor me deixe ajudá-lo! — Ela interpele baixinho, porém, cautelosa.É impossível não perceber o quanto o seu corpo está trêmulo agora, inclusive a sua voz também. Por fim ela se livra da sua maldita máscara. Deus sabe a vontade que estou de gritar com ela agora, de questionar por que não se revelou para o Barão, por que simplesmente não se livrou de toda essa confusão? Entretando, eu mal abro a minha
Ellen— Senhor Axel! — O Barão fala com seu habitual tom firme e sério para o meu pai assim que entramos na mansão Luxemburgo e ambos apertam as mãos firmemente. — Senhora Axel! — Ele diz olhando firme para a minha mãe em seguida.— Collin querido! — Ela praticamente cantarola a sua gentileza, abrindo o seu sorriso de socialite. Por fim, paramos um de frente para o outro e é inevitável que os nossos olhos se encontrem.— Barão! — sibilo baixo demais, porém, o seu olhar sempre intenso e rígido continua sobre o meu.— Senhorita Axel! — Collin faz um gesto sutil com a cabeça para mim e por algum motivo, o seu olhar se suaviza. Contudo, Collin limpa a sua garganta e se afasta de mim para fitar os seus convidados.— Mamãe, papai! — Ruby surge lindamente elegante no topo da escadaria, abrindo um sorri
Ellen— Viu o que você fez, garota estúpida? — Ela rosna entre dentes assim que adentramos a sala de visitas da mansão Axel. — Por que tinha que meter com o filho do jardineiro, hã? Você tem a cabeça oca por acaso? Não parou para pensar nas consequências dos seus atos?— Eu não tive culpa… — Tento me defender, mas logo sinto uma bofetada estralar na lateral do meu rosto. Trêmula, levo uma mão ao local da dor.— A culpa é sua sim! — Ruby grita furiosa. — Eu não entendo como você pode ser tão idiota? — Ela sorri mesmo sem vontade. — Sempre tão sonsa, não é? — Toda metida a esperta, mas no fundo, só faz merda! — Ela desvia os seus olhos dos meus para encarar o nosso pai. — Alguém tem que pagar por isso.— Ruby, fique calma, filha. &mdas
Ellen Alguns dias depois... — Está pronta? — Ruby pergunta entrando repentina no meu quarto. Então ela sorri para a minha imagem quase irreconhecível diante do espelho. O reflexo de uma mulher linda, sexy e fatal em uma roupa exuberante e sensual, mas sem vulgarizar, além de um belo par de saltos altos. Suspiro em resposta. — Não se esqueça de sorrir, Ellen. Ah, e dizer as palavras certas também, querida. Eu sei que o Collin é perdidamente apaixonado por mim e ele não vai resistir a esse espetáculo de mulher em pé na frente dele. Eu sou a sua fraqueza e eu tenho certeza que ele vai ceder aos meus encantos. Aos seus encantos? Quem está indo fazer o papel sujo? Ralho mentalmente. — Agora vamos, levante-se porque não temos tempo a perder! Faço o que me pede e logo me vejo entrando em um carro que não hesita em ganhar movimento no asfalto molhado. Durante a viagem de poucos minutos penso em uma estratégia para envolver o