Bastou uma pergunta para que o don erguesse um muro sobre eles. O homem se levantou da cama e ajeitou a postura para algo além do formal. – Giulia, não faça perguntas difíceis... Ela o encarou com sinceridade, esperando que o homem revelasse a verdade, embora soubesse que ele nunca faria aquilo. Leoni Messina sempre fora um homem de segredos, e naquele momento, a pobre jovem Rossi acreditou que ele havia se limpado por ter matado uma pessoa. – Desculpa. Eu só achei que você quisesse conversar. Ele ergueu uma sobrancelha. – Nós não somos esse tipo de casal.– E de que tipo nós somos? – Isso é tudo diversão, amor. Você tem que entender que eu não sou um homem que você deva esperar se casar. Giulia já podia sentir o gosto das lágrimas dentro dos lábios pequenos que estavam contidos para o interior da boca. – Você sempre tem que estragar tudo, não é? Ele andou em direção a cozinha e serviu-se de uma dose de alguma bebida. – Você precisa entender isso logo. Não quero que sof
– Quem é a garota linda que acompanha você essa noite, Don? – Um homem de terno perguntou, em iminência de beijar a mão jovem da mulher ao lado. Leoni Messina direcionou-lhe um dos olhares mais mortais que a pobre garota já vira na vida. Ela tinha certeza que mais alguém perderia a mão se continuasse a arriscar-se daquela forma. Ele a segurou pela cintura e a puxou para si como o mais possessivo dos homens. O aperto mal a permitia respirar com tranquilidade, mas ele ainda não a libertou. Ele nunca a libertaria. Ele não queria. A música lenta ao fundo tocava num piado bem localizado no final do salão em tons beges. Uma gargantilha que não foi o suficiente para esconder as marcas de um sexo violento e bastante prazeroso horas antes. Ela ainda andava tentando disfarçar a dor entre as pernas pela punição que havia recebido por usar uma fantasia estranha e inadequada... – Essas rotas estão uma merda. Quem fez isso? – Leoni Messina encarou o irmão que parecia desconfortável naquela sala
Os olhos brilhavam com tanta intensidade que seriam capazes de incendiar as cortinas vermelhas do salão. Leoni Messina apontou a arma com precisão na direção do homem que segurava a sua propriedade e preparou-se para o golpe final que ceifaria a vida de todo o desgraçado que tentasse rouba-la. – Eu espero que você tenha um bom motivo para estar tocando na minha mulher. O rapaz a soltou, expondo as mãos vazias para cima no instante em que notou o erro que havia cometido. – Mil perdões, meu don. Eu não fazia ideia de que ela estava com o senhor. Leoni Messina balançou a cabeça com cada palavra dita por aquele homem como se já as esperasse. Então, o homem ergueu o canto dos lábios de maneira sádica e desceu a arma das mãos, a colocando de volta ao seu lugar seguro dentro da roupa. As mãos fortes se aproximando fizeram o pobre rapaz atrevido tremer tanto que o ódio da Giulia Rossi rapidamente transformou-se em pena. – Tudo bem... eu entendo. Ela é estupidamente linda. – Ela é...
– Merda... – ele fitou os olhos tristes face a face com os dele. – Por que eu não consigo te machucar, garota? Giulia não conseguiu entender por que ele perguntara aquilo. Ela não podia entender sequer por que aquele homem agia de formas sempre tão diferentes como um louco descontrolado sempre que estava diante dela. – Eu acho que não faço bem a você. – Giulia Rossi o acariciou no rosto. Leoni Messina ainda estava dentro dela quando voltou a beija-la com ternura, embora ainda fosse bastante firme. Não precisava de muito para que ela se entregasse a ele por completo, mesmo que sentisse que havia algo de errado que ele deliberadamente ocultava. Os beijos estalados passaram a percorrer toda a extensão do pescoço e desceram até um dos seios pequenos, e tudo que Giulia Rossi conseguia fazer se resumia em fechar os olhos para evitar a paranoia de ver alguém os observando e encarar as investidas profundas que aquele homem a golpeava como um castigo. Por alguma razão, ela sentiu o
Ele a fez liberar a própria nudez ao soltar o vestido vermelho rasgado das mãos que o seguravam com força. Ela estava completamente nua quando ele a colocou suavemente sobre a cama e abaixou-se logo a frente, arrancando-lhe os sapatos de salto fino. Os beijos nos pés subiram como uma promessa de caricias ainda mais intimas, e Giulia Rossi passou a língua, instintivamente contra os lábios, ansiando por aquela momento.Ele podia ser tão delicado quanto era intenso, e definitivamente aquilo a deixava inundada de conflitos internos. Talvez fosse exatamente o que ele pretendia ao deixa-la tão vulnerável e completamente dependente dele.Ela estava completamente entregue quando sentiu as costas encostarem na cama macia. E então, subitamente ele se afastou, deixando apenas com aquele maldito beijo na testa. Por que? Por que ele a estava cobrindo como se aquilo fosse uma despedida de pai e filha? Era tão estranho a forma como ele parecia cuidar dela. O copo com água logo ao lado fora s
As madrugadas quentes não foram capazes de apaziguar um coração despedaçado que parecia resfriar-se cada dia mais. Talvez Leoni Messina estivesse finalmente se cansando dela. Ou talvez ele apenas percebeu que não podia controla-la. De qualquer maneira, eles pareciam distantes em cima de uma cama que a presenciou dois corpos travando uma batalha de amor e sexo. Giulia Rossi virou em direção ao criado mudo, cujo os pertences do homem que amava estavam cuidadosamente dispensados na gaveta de cima. Ela abriu cuidadosamente, ainda sem roupas que pudessem cobri-la da própria nudez. Os olhos alcançaram o rosto calmo com cuidado, esperando que ele não pudesse acordar para flagra-la fazendo algo que efetivamente condenaria. O problema estava nas malditas mãos pequenas que logo tocaram no celular de um chefe da máfia italiana como se o objeto pertencesse a um homem qualquer. Não havia nada de errado na tela bloqueada, mas ela sabia que não teria qualquer chance em descobrir uma senha, por
Ele a viu levantar-se e deslizar a roupa por cima dos braços. A ideia de arrancar-lhe todas as peças parecia uma ideia verdadeiramente tentadora, mas ele apenas contentou-se em apreciar a vista perfeita.Se ele pudesse ficar só com ela, o faria, mas homens como ele não nasceram para a monogamia. Mafiosos como o Leoni Messina não se permitiam amar ou entregar-se tanto quanto ele o fizera naquela manhã. O homem se levantou da cama e caminhou em direção ao closet, onde Giulia Rossi ainda se olhava no espelho. – Aonde você quer ir? – Eu vou dançar um pouco. – Vai dançar? Você não vai a uma festa sem mim. Giulia Rossi o encarou com olhos de julgamento. Como ele ainda podia exigir-lhe algo depois de tudo que fizera para ela? Depois do que estava prestes a fazer. Mesmo assim, ela estampou um sorriso no rosto. – Eu vou ao estúdio de dança. Preciso treinar um pouco ou vou acabar ficando fora de forma. Ele a beijou com um selinho rápido, como de costume e então passou a vestir-se
Giulia Rossi sentiu o coração acelerando pouco a pouco, a medida em que caminhava lentamente pelo longo corredor do hotel luxuoso. Os homens de preto parados na porta como perfeitos seguranças a alertaram a se esconder, mas também fizeram com a Giulia Rossi tivesse a certeza de onde aquele homem estava. A notificação da reserva de um lugar luxuoso como aquele não poderia ter sido feito com um outro intuito além de impressionar uma mulher. Um dos homens passou a andar na direção em que Giulia Rossi se escondeu, e ela abriu a porta de um quarto, torcendo para que estivesse destrancado. Ele se abriu no mesmo momento em que o segurança passou por ela, e a pouco não a flagrou. Giulia já podia até imaginar como teria sido ser capturada pelos soldados do namorado. Ele ficaria tão bravo ao ser pego naquele lugar. E se não houvesse nada de errado? Se ele não estivesse com outra mulher, a senhorita Rossi teria cometido o pior erro da vida. Era tarde para voltar atrás, mas ela ainda pre