8 anos depois
– Corre, mãe!
– Violet, não faça isso com Alex.
– Mãe, socorro!
– Alexander, largue os cabelos da Mariã. – Três filhos… E um quarto à caminho, Raoul nunca mentira que seus desejos sexuais eram mais que exorbitantes. Ele sempre estava disposto a saciar seus desejos pela casa ou mesmo fora dela. Era como se o desejo dele nunca fosse acabar. – Raoul, des&c
Rafaela olhava a irmã partir sem se dar conta do peso que seria não tê-la em casa. Ranielle nunca foi uma loba comum, sempre atrás de aprender tudo o que poderia, e, no alto de seus doze anos a irmã caçula já sentia a necessidade de ser parecida com a irmã mais velha, tanto em suas práticas diárias quanto na destreza.Os olhos dela não tinham o brilho do alfa, mas, também não eram comuns. Cinzentos, o que só poderia significar uma coisa, era uma Atalaia com tendências peregrinas. A cor dos olhos queria dizer muito em seu mundo e ter olhos vermelhos como os da irmã eram ao mesmo tempo uma bênção e maldição.Depois que o carro partiu, ela se sentiu vazia, como se as cores tivessem sido roubadas de sua infância
Corria atrás do pestinha, enquanto era observada por Ran, esse tempo de evolução desde que chegaram à Beirão a fizera bem, seus reflexos e sua postura melhoraram significativamente depois de seus treinamentos. Sua mira com o arco era perfeita, lidava já bem com armas de fogo e gostava particularmente de pequenas lâminas, mais fáceis de esconder nos cabelos.Raoul estava por ali, sondando sua irmã. Se ela não conhecesse a ligação entre eles, poderia jurar que ele vivia por cortejá-la. Mas, não era bem o caso. A intensidade com que ele olhava para tudo era muito perturbadora. Ela se sentia desconfortável com aquilo.Depois de alguns minutos ainda observando seus exercícios com o pequeno Louis, se retiraram para se armar e seguir para a reuniã
O final de semana chegou e sem muitas despedidas partiram para o continente asiático. Como era uma missão, foram com documentos falsos, que não poderiam ser localizados nem mesmo se as polícias humanas decidissem. Óbvio que tinham alguns membros do alto calão sabendo de suas incursões, mas, era tão secreto que até mesmo generais e comandantes não sabiam da existência de outras raças, que dirá as missões que eram realizadas.Rafaela não desceu do quarto antes da partida da comitiva, estava com o estômago revirando de ansiedade pelo resultado da conferência da irmã e Fernando que tomou lugar naquela manhã. Uma batida em sua porta chamou sua atenção e indo abrir topou com a cabeleira loiro escura cacheada de Louis.–
Não mais se falaram pelos próximos dias, o clima volátil se estendeu à casa que dividiam com a família e onde uma entrava a outra saía na sequência. Marieta e José nunca tinham presenciado uma briga tão feia entre os irmãos Ferreira antes. O treinamento ficava cada vez mais intenso e Rafaela apesar de não pensar em desistir se questionava se estava trilhando o caminho para o sucesso.Seu primeiro exame foi ligeiramente fácil, o que ainda não a habilitava ao cargo de guarda, porém era um degrau a mais. Seus esforços foram reconhecidos pelos colegas que estavam juntos tentando uma vaga também. Lobos e não-mortos lutando por uma causa comum, era normal 100 anos atrás, e, está voltando a ser agora que a Alfa e o Rei da região estavam de acordo com as regras que deveriam ser
Raoul havia arrumado rapidamente uma mala pequena. Com a mesma desculpa de Rafaela, de que iriam apenas realizar um resgate, mal sabia ela que se ele precisasse de uma arma ou de toda a guarda para mantê-los à salvo era questão de assobiar. Possuía contatos em todo o mundo e não seria difícil conseguir ajuda se realmente precisassem dela.Inconsciente desse fato, a jovem loba não tinha ideia de que havia enrolado um rei, suas vontades e um reino inteiro sobre seu dedo mindinho.Assim que partiram, a animosidade já tomou conta dela, que estava a passos de distância de realizar um ataque em direção à ele. Sua vontade maior era de ter ido sozinha, ainda não entendia a escolha de parceiro para uma missão de resgate, Raoul nem mesmo conhecia seu irmão. Porque dever
Paquistão, finalmente. Encontrariam-se com Kwan ali, para posteriormente prosseguir para a China em direção à Coreia do Sul. Estava ansiosa por ver novamente o famoso guarda número um de Hyuna e tinha o pressentimento de que seria muito melhor viajar com alguém que não tinha tanta bagagem com sua família.– Devemos avistá-lo a qualquer momento.– Sim, vai ser uma honra encontrar com o lupino que você chutou a bunda.– Cale-se, Raoul, ele nem mesmo deve se lembrar de nós.– Oh, querida… Um homem jamais se esquece
Um estrondo foi ouvido do lado de fora da porta, Rafaela e Raoul se levantaram com as armas apontadas para a porta e apesar de terem dormido na mesma cama ainda se olhavam com suspeitas. Era incomum para ela dormir acompanhada e para ele dormir acompanhado sem liberar toda a libido de seu corpo.Com os olhos furiosos ouviram do outro lado da porta “Parada de Chung-Ze”, sem nem mesmo se moverem passaram alguns momentos se encarando enquanto uma centelha de reconhecimento enchia seus olhos.– Que horas serão?– Não sei… – Os olhos cinzentos da lupina denunciavam ansiedade. Enquanto os azuis do não-mort
Desmantelar uma quadrilha em sua mente era a parte fácil, difícil mesmo seria lidar com a recusa de Raoul e Kwan que a encaravam como se fosse louca. Hyuna e Ranielle estavam se descabelando à sua maneira, com as duas alfas o assunto era um pouco mais complexo, já que um incidente internacional dessa magnitude seria como uma terceira guerra mundial velada entre espécies.Apesar dos olhares duros, não passou despercebido para os integrantes da sala que Raoul estava encarando a lupina com um desejo nada saudável. Parecia estar disposto a atravessar um rio a nado, para poder tocar na pele pálida dela à mostra. Suas pupilas estavam novamente volteadas com o brilho vermelho que indicava fome ou um desejo incontrolável dele por algo que naquele momento jamais seria seu. Kwan não ficava muito atrás, praticamente babando pelas curv