Os dias eram cinzentos, frios e estéreis. Uma merda de vida para um imortal apaixonado se querem saber. Se há algo que Raoul aprendeu nesses 400 anos de vida, é que o amor é mais destrutivo que qualquer outro sentimento que se possa ter. Era como acordar sem vontade, era uma depressão velada num sentimento bonito, era se perder e encontrar uma casca vazia, eram tantas coisas ruins que Gaia deveria abençoar os imortais com a incapacidade de amar. Porém, caridosa como sempre, ela permitia que amassem intensamente como qualquer humano, mas curar as feridas desse amor, parecia a cada dia uma tarefa mais árdua.

A janela era um atrativo muito interessante quando ele estava nesse humor, encarando o vidro seus olhos encontraram um ponto se movimentando veloz na paisagem do lado de fora do castelo, um cavalo negro sendo montado por uma jovem de cabelos encarac