Danilo BukeiterEle olhava pela parede de vidro de seu novo apartamento. Adorava a vista daquela cidade e entendia porque o pai se apaixonou por ela! Com 25 anos, Danilo podia ser considerado o maior empresário da atualidade. Fez sua fortuna a partir de um dinheiro maldito, se formou, era um enólogo perfeito e tinha um plano traçado para se vingar do que viveu.Ele foi criado em Berkeley. Vinha de uma família humilde mas feliz. Era filho único de Samantha e Joseph Bukaiter, os dois profissionais de um hotel praieiro de grande porte. Em Berkeley, o turismo gerava a economia da cidade, principalmente para conhecer as praias. Danilo era criado desde muito pequeno, passando de mão em mão pelos funcionários do hotel onde a mãe era recepcionista noturna e o pai, maître no restaurante. Eles viviam em um chalé atrás do hotel, faziam suas refeições no restaurante do hotel com os funcionários dos dois turnos. A vida era humilde mas confortável e o pai deixava a mãe no serviço e ia pra universid
Maya Maya ainda não estava acreditando que aceitou aquela palhaçada! Porque ela deixou a mãe e a irmã a convencerem de que deixar Hanna planejar uma despedida de solteira mascarada seria uma boa idéia? Mas Hanna estava se divertindo, então Maya deixou. Ela disse que não iria mover uma palha, apenas estaria por lá! Agora estava vestida de coelhinha e com uma máscara com orelhas e tudo! Pelo menos, a máscara cobria seu rosto e ninguém a reconheceria. Quando chegou no hotel de luxo que a irmã reservou para a festividade, não acreditou! Era um dos lugares mais caros da cidade! Maya entendeu porque o pai estava com dificuldades financeiras! Hanna gastava sem se preocupar com o amanhã… Mas enfim, notou que a área VIP reservada era de muito bom tom e tinha várias amigas dela lá, todas fantasiadas e de máscaras. A única que reconheceu, mesmo mascarada, foi Letícia. Ainda assim porque é a única ruiva em meio as amigas barulhentas de Hanna. Quase se arrependeu e voltou para trás quand
Danilo acordou sentindo o corpo quente de uma mulher loira adormecida ao seu lado. Se sentou na cama e pensou: puta que pariu! Levantou, checou suas coisas e estava tudo no lugar. Viu as roupas partidas e começou ter flashes do acontecido. Foi uma noite bem quente e impressionante, como nunca ele se lembrava de ter tido antes. Resolveu que ia tomar um banho e depois acordar a moça, saber quem ela era e como parou na cama dele. Sabia que ali viriam problemas, mas quando entrou no chuveiro e sentiu a ardência dos arranhões nas costas e se lembrou do momento que foram feitos, sorriu pensando que pagaria o preço feliz, pois foi uma noite memorável.Tomou um banho bem demorado, muitas vezes parando tentando se lembrar da noite. Tinha flashes com a pele macia dela, o bico dos seios de mamilos rosados. Não eram nem grandes, nem pequenos, exatamente como ele gostava. Não viu o rosto dela e nenhum flash de memória o levava pra ele. Apenas ela mordendo o lábio inferior e só de se lembrar disso
Quando John Lee saiu, Maya virou para Jenny, chorando.— Mamãe, você não pode evitar isso?— Até poderia, se quisesse, Maya. Mas não faria sentido nenhum eu armar o flagrante todo pra depois voltar atrás. E eu não sou sua mãe, querida.— O que?— Seu pai foi um tolo com seus ideais de negócios. Não acompanhou a evolução do mercado. Com esse amor idiota que nutriu pela defunta a vida toda, queria manter o estilo de fazer negócios dela, a tradição. Quase quebramos, mas dei a idéia de ele casar a Hanna com o Denny, se associar a cooperativa e tudo se resolver. O idiota sentimental mais uma vez fez tudo errado e resolveu casar você com o Denny.— Hanna? Mas eu namoro com Denny há três anos! — Mas quem faz sexo com ele todo esse tempo é Hanna!— Hanna… — Maya se virou para a irmã que estava de cabeça baixa o tempo todo. Quando chamada, levantou o queixo e a encarou:— Desculpe, Maya. Sou apaixonada por Denny desde sempre. Um dia, há mais ou menos um ano, o encontrei depois de sair daqui f
DEZ ANOS DEPOISMaya estava em sua adega climatizada, na Union Square, catalogando alguns vinhos mais caros de safras especiais. Segurou em suas mãos a garrafa mais cara que tinha ali. Era um doze anos de um enólogo relativamente novo no mercado, mas muito citado durante a faculdade por muitos professores! Simplesmente porque aquele pequeno geniozinho, tinha uma fórmula secreta para produção de vinhos raros de forma artesanal. Maya se lembrava de ter visto uma entrevista de Danilo Bukaiter há alguns anos, antes de abrir sua própria adega. Ela detestava o dito cujo, mas não perdia nada que era falado sobre ele nas mídias. Porque? Ela era uma Sommelier de sucesso, precisava conhecer tudo relacionado ao mundo dos vinhos, e Bukaiter era arrogante e mulherengo, mas era inteligente. Não, era brilhante! Na entrevista, ele disse que seu pai desenvolveu a fórmula, mas não conseguiu vender. Depois da morte do pai, quando ele era apenas um menino, ele se esforçou para estudar e descobrir o que
Danilo estava em seu jato particular recebendo um sexo oral de sua assistente, sem prestar muito atenção naquilo. Estava viajando pra São Francisco, estressado!Desde que dormiu com aquela desconhecida, dez anos atrás, nunca mais bebeu nada de lugar nenhum. Seguro morreu de velho e seu pai e ele já tinham sido enganados.Ele sabia que tinha dormido com alguém naquela noite, pois além dos flashes de memória, tinha arranhões nas costas para provar. Mas não iria falar isso para seus subalternos. E depois de dias que se tornaram semanas, Danilo se convenceu de que foi só uma noite casual pra moça também e não fazia parte de nenhum plano. Chegou a pensar que devia ser filha de algum figurão da cidade, pras câmeras de segurança serem apagadas tão rápido! Mas depois descobriu que estava com defeito e não gravou nada. Em paz com esse assunto, voltou a pensar nos Dawson. Sabia exatamente o que queria com Jenny e John Lee, mas as duas meninas, não sabia. Não podia simplesmente deixar Hanna co
— Senhor Bukaiter, me desculpe o incomodar. Meu nome é Maya Dawson, eu preciso voltar pra Napa imediatamente, mas só tem voo para lá de madrugada. Soube que o senhor está com seu jato quase pronto em retorno pra Napa Valley, se puder me dar uma carona...— Maya Dawson? Filha de John Lee Dawson? — Sim , senhor...— Espere o próximo vôo, meu jato não é comercial — Senhor Bukaiter, eu entendo que seu jato não seja comercial, mas é uma emergência. Meu pai infartou e está em coma. É possível que se eu esperar um voo comercial, não o encontre mais com vida quando chegar lá! — Não tenho nada a ver com isso, senhora. Vou procurar quem te deu a informação que tem um jato à sua disposição...— Senhor Bukaiter, eu entendo que o senhor não goste de ser incomodado. Quem me passou a informação foi uma pessoa que teve empatia pelo desespero do próximo. Nao vai lhe custar nada me levar para Napa, o senhor já está indo pra lá! — Sim, vai me custar muito colocar uma desconhecida e um catarrento em
Maya lamentava que a primeira viagem de avião de Justin fosse daquela forma! As pressas e de carona! Mas quando entrou na aeronave, o orientou a se comportar e nunca viu o filho tão calado! Justin tinha 9 anos, era loiro um pouco mais escuro que ela, o que a levava a imaginar que talvez o pai fosse castanho claro. Sua pele era branca e os lábios cheios, assim como os dela. Os olhos verdes, uma característica escurecida dos azuis dela também. De resto, ele era muito parecido com ela e tinha alguns traços de John Lee. Ela o criou como parceria, mesmo porque sempre foram os dois contra o mundo. Eram amigos, conversavam. Depois que ela ganhou o concurso e começou a se estabilizar, Samuel e Steve começaram a planejar a própria vida. Só então ela descobriu que Samuel recebeu uma proposta irrecusável de trabalho na Inglaterra e os dois queriam se mudar e adotar uma criança. Embora sentisse uma falta absurda dos amigos, não poderia pedir que eles continuassem parando suas vidas pra acompan