Danilo acordou sentindo o corpo quente de uma mulher loira adormecida ao seu lado. Se sentou na cama e pensou: puta que pariu! Levantou, checou suas coisas e estava tudo no lugar. Viu as roupas partidas e começou ter flashes do acontecido. Foi uma noite bem quente e impressionante, como nunca ele se lembrava de ter tido antes. Resolveu que ia tomar um banho e depois acordar a moça, saber quem ela era e como parou na cama dele. Sabia que ali viriam problemas, mas quando entrou no chuveiro e sentiu a ardência dos arranhões nas costas e se lembrou do momento que foram feitos, sorriu pensando que pagaria o preço feliz, pois foi uma noite memorável.Tomou um banho bem demorado, muitas vezes parando tentando se lembrar da noite. Tinha flashes com a pele macia dela, o bico dos seios de mamilos rosados. Não eram nem grandes, nem pequenos, exatamente como ele gostava. Não viu o rosto dela e nenhum flash de memória o levava pra ele. Apenas ela mordendo o lábio inferior e só de se lembrar disso
Quando John Lee saiu, Maya virou para Jenny, chorando.— Mamãe, você não pode evitar isso?— Até poderia, se quisesse, Maya. Mas não faria sentido nenhum eu armar o flagrante todo pra depois voltar atrás. E eu não sou sua mãe, querida.— O que?— Seu pai foi um tolo com seus ideais de negócios. Não acompanhou a evolução do mercado. Com esse amor idiota que nutriu pela defunta a vida toda, queria manter o estilo de fazer negócios dela, a tradição. Quase quebramos, mas dei a idéia de ele casar a Hanna com o Denny, se associar a cooperativa e tudo se resolver. O idiota sentimental mais uma vez fez tudo errado e resolveu casar você com o Denny.— Hanna? Mas eu namoro com Denny há três anos! — Mas quem faz sexo com ele todo esse tempo é Hanna!— Hanna… — Maya se virou para a irmã que estava de cabeça baixa o tempo todo. Quando chamada, levantou o queixo e a encarou:— Desculpe, Maya. Sou apaixonada por Denny desde sempre. Um dia, há mais ou menos um ano, o encontrei depois de sair daqui f
DEZ ANOS DEPOISMaya estava em sua adega climatizada, na Union Square, catalogando alguns vinhos mais caros de safras especiais. Segurou em suas mãos a garrafa mais cara que tinha ali. Era um doze anos de um enólogo relativamente novo no mercado, mas muito citado durante a faculdade por muitos professores! Simplesmente porque aquele pequeno geniozinho, tinha uma fórmula secreta para produção de vinhos raros de forma artesanal. Maya se lembrava de ter visto uma entrevista de Danilo Bukaiter há alguns anos, antes de abrir sua própria adega. Ela detestava o dito cujo, mas não perdia nada que era falado sobre ele nas mídias. Porque? Ela era uma Sommelier de sucesso, precisava conhecer tudo relacionado ao mundo dos vinhos, e Bukaiter era arrogante e mulherengo, mas era inteligente. Não, era brilhante! Na entrevista, ele disse que seu pai desenvolveu a fórmula, mas não conseguiu vender. Depois da morte do pai, quando ele era apenas um menino, ele se esforçou para estudar e descobrir o que
Danilo estava em seu jato particular recebendo um sexo oral de sua assistente, sem prestar muito atenção naquilo. Estava viajando pra São Francisco, estressado!Desde que dormiu com aquela desconhecida, dez anos atrás, nunca mais bebeu nada de lugar nenhum. Seguro morreu de velho e seu pai e ele já tinham sido enganados.Ele sabia que tinha dormido com alguém naquela noite, pois além dos flashes de memória, tinha arranhões nas costas para provar. Mas não iria falar isso para seus subalternos. E depois de dias que se tornaram semanas, Danilo se convenceu de que foi só uma noite casual pra moça também e não fazia parte de nenhum plano. Chegou a pensar que devia ser filha de algum figurão da cidade, pras câmeras de segurança serem apagadas tão rápido! Mas depois descobriu que estava com defeito e não gravou nada. Em paz com esse assunto, voltou a pensar nos Dawson. Sabia exatamente o que queria com Jenny e John Lee, mas as duas meninas, não sabia. Não podia simplesmente deixar Hanna co
— Senhor Bukaiter, me desculpe o incomodar. Meu nome é Maya Dawson, eu preciso voltar pra Napa imediatamente, mas só tem voo para lá de madrugada. Soube que o senhor está com seu jato quase pronto em retorno pra Napa Valley, se puder me dar uma carona...— Maya Dawson? Filha de John Lee Dawson? — Sim , senhor...— Espere o próximo vôo, meu jato não é comercial — Senhor Bukaiter, eu entendo que seu jato não seja comercial, mas é uma emergência. Meu pai infartou e está em coma. É possível que se eu esperar um voo comercial, não o encontre mais com vida quando chegar lá! — Não tenho nada a ver com isso, senhora. Vou procurar quem te deu a informação que tem um jato à sua disposição...— Senhor Bukaiter, eu entendo que o senhor não goste de ser incomodado. Quem me passou a informação foi uma pessoa que teve empatia pelo desespero do próximo. Nao vai lhe custar nada me levar para Napa, o senhor já está indo pra lá! — Sim, vai me custar muito colocar uma desconhecida e um catarrento em
Maya lamentava que a primeira viagem de avião de Justin fosse daquela forma! As pressas e de carona! Mas quando entrou na aeronave, o orientou a se comportar e nunca viu o filho tão calado! Justin tinha 9 anos, era loiro um pouco mais escuro que ela, o que a levava a imaginar que talvez o pai fosse castanho claro. Sua pele era branca e os lábios cheios, assim como os dela. Os olhos verdes, uma característica escurecida dos azuis dela também. De resto, ele era muito parecido com ela e tinha alguns traços de John Lee. Ela o criou como parceria, mesmo porque sempre foram os dois contra o mundo. Eram amigos, conversavam. Depois que ela ganhou o concurso e começou a se estabilizar, Samuel e Steve começaram a planejar a própria vida. Só então ela descobriu que Samuel recebeu uma proposta irrecusável de trabalho na Inglaterra e os dois queriam se mudar e adotar uma criança. Embora sentisse uma falta absurda dos amigos, não poderia pedir que eles continuassem parando suas vidas pra acompan
Quando chegaram no aeroporto de Napa, quase duas horas depois, Danilo se ofereceu para levá-la em casa.— Não vou pra casa, obrigada! — Não pode ir direto para o hospital. Minha assistente disse que estão monitorando seu pai. Realmente ele está em coma, mas não corre risco de morte. — Como é? A secretária dele disse pra eu vir às pressas, o mais rápido que pudesse, ou não o encontraria com vida. — Algum exagero desesperado. Vou ligar pra minha assistente e você ouve. - Danilo fez a chamada e colocou no viva voz. — Srta Franklin, qual é a situação do Dawson? — Te informei há dois minutos, senhor Bukaiter. — Foi o que eu perguntei, Srta Franklin?— Não, senhor. Desculpe. O senhor Dawson teve um infarto na noite de ontem. Foi levado ao hospital, atendido na emergência e colocado em coma induzido até o seguro saúde dele ser aprovado.— Como assim o seguro saúde ser aprovado?— Está suspenso por falta de pagamento, senhorita...— Dawson, sou a filha dele. Manda fazer a cirurgia, eu vo
Quando chegou no hospital, já eram quase 9 horas da noite. Maya procurou a administração na recepção, pra resolver a situação financeira do atendimento, e foi informada de que o pai estava em cirurgia e tinha uma sala de espera, que já tinha gente da família lá aguardando.Quando entrou na sala de espera, Maya viu Jenny, Hannah e Denny sentados juntos, tensos. Quando a viu, Hanna se levantou: — O que você está fazendo aqui? — É meu pai também, e vocês quem me chamaram!— Chamamos pra resolver sobre o dinheiro, mas nem pra isso você serviu! Sempre foi mole demais, até para uma emergência, chegou atrasada! — Hanna, pare com isso! Sente-se Maya e aguarde conosco. — Denny não a encarava, e por um momento, Maya imaginou se ele ainda tinha algum sentimento por ela. Estranhamente, ela não teve nenhum quando o viu. Antigamente ela costumava pensar que a única vítima do que fez naquela noite, foi Denny. Mas um dia Samuel, com aquele jeitinho de gay enfezado, logo pegou ela de jeito:— Se vo