Danilo estava em seu jato particular recebendo um sexo oral de sua assistente, sem prestar muito atenção naquilo. Estava viajando pra São Francisco, estressado!Desde que dormiu com aquela desconhecida, dez anos atrás, nunca mais bebeu nada de lugar nenhum. Seguro morreu de velho e seu pai e ele já tinham sido enganados.Ele sabia que tinha dormido com alguém naquela noite, pois além dos flashes de memória, tinha arranhões nas costas para provar. Mas não iria falar isso para seus subalternos. E depois de dias que se tornaram semanas, Danilo se convenceu de que foi só uma noite casual pra moça também e não fazia parte de nenhum plano. Chegou a pensar que devia ser filha de algum figurão da cidade, pras câmeras de segurança serem apagadas tão rápido! Mas depois descobriu que estava com defeito e não gravou nada. Em paz com esse assunto, voltou a pensar nos Dawson. Sabia exatamente o que queria com Jenny e John Lee, mas as duas meninas, não sabia. Não podia simplesmente deixar Hanna co
— Senhor Bukaiter, me desculpe o incomodar. Meu nome é Maya Dawson, eu preciso voltar pra Napa imediatamente, mas só tem voo para lá de madrugada. Soube que o senhor está com seu jato quase pronto em retorno pra Napa Valley, se puder me dar uma carona...— Maya Dawson? Filha de John Lee Dawson? — Sim , senhor...— Espere o próximo vôo, meu jato não é comercial — Senhor Bukaiter, eu entendo que seu jato não seja comercial, mas é uma emergência. Meu pai infartou e está em coma. É possível que se eu esperar um voo comercial, não o encontre mais com vida quando chegar lá! — Não tenho nada a ver com isso, senhora. Vou procurar quem te deu a informação que tem um jato à sua disposição...— Senhor Bukaiter, eu entendo que o senhor não goste de ser incomodado. Quem me passou a informação foi uma pessoa que teve empatia pelo desespero do próximo. Nao vai lhe custar nada me levar para Napa, o senhor já está indo pra lá! — Sim, vai me custar muito colocar uma desconhecida e um catarrento em
Maya lamentava que a primeira viagem de avião de Justin fosse daquela forma! As pressas e de carona! Mas quando entrou na aeronave, o orientou a se comportar e nunca viu o filho tão calado! Justin tinha 9 anos, era loiro um pouco mais escuro que ela, o que a levava a imaginar que talvez o pai fosse castanho claro. Sua pele era branca e os lábios cheios, assim como os dela. Os olhos verdes, uma característica escurecida dos azuis dela também. De resto, ele era muito parecido com ela e tinha alguns traços de John Lee. Ela o criou como parceria, mesmo porque sempre foram os dois contra o mundo. Eram amigos, conversavam. Depois que ela ganhou o concurso e começou a se estabilizar, Samuel e Steve começaram a planejar a própria vida. Só então ela descobriu que Samuel recebeu uma proposta irrecusável de trabalho na Inglaterra e os dois queriam se mudar e adotar uma criança. Embora sentisse uma falta absurda dos amigos, não poderia pedir que eles continuassem parando suas vidas pra acompan
Quando chegaram no aeroporto de Napa, quase duas horas depois, Danilo se ofereceu para levá-la em casa.— Não vou pra casa, obrigada! — Não pode ir direto para o hospital. Minha assistente disse que estão monitorando seu pai. Realmente ele está em coma, mas não corre risco de morte. — Como é? A secretária dele disse pra eu vir às pressas, o mais rápido que pudesse, ou não o encontraria com vida. — Algum exagero desesperado. Vou ligar pra minha assistente e você ouve. - Danilo fez a chamada e colocou no viva voz. — Srta Franklin, qual é a situação do Dawson? — Te informei há dois minutos, senhor Bukaiter. — Foi o que eu perguntei, Srta Franklin?— Não, senhor. Desculpe. O senhor Dawson teve um infarto na noite de ontem. Foi levado ao hospital, atendido na emergência e colocado em coma induzido até o seguro saúde dele ser aprovado.— Como assim o seguro saúde ser aprovado?— Está suspenso por falta de pagamento, senhorita...— Dawson, sou a filha dele. Manda fazer a cirurgia, eu vo
Quando chegou no hospital, já eram quase 9 horas da noite. Maya procurou a administração na recepção, pra resolver a situação financeira do atendimento, e foi informada de que o pai estava em cirurgia e tinha uma sala de espera, que já tinha gente da família lá aguardando.Quando entrou na sala de espera, Maya viu Jenny, Hannah e Denny sentados juntos, tensos. Quando a viu, Hanna se levantou: — O que você está fazendo aqui? — É meu pai também, e vocês quem me chamaram!— Chamamos pra resolver sobre o dinheiro, mas nem pra isso você serviu! Sempre foi mole demais, até para uma emergência, chegou atrasada! — Hanna, pare com isso! Sente-se Maya e aguarde conosco. — Denny não a encarava, e por um momento, Maya imaginou se ele ainda tinha algum sentimento por ela. Estranhamente, ela não teve nenhum quando o viu. Antigamente ela costumava pensar que a única vítima do que fez naquela noite, foi Denny. Mas um dia Samuel, com aquele jeitinho de gay enfezado, logo pegou ela de jeito:— Se vo
Maya chegou em casa muito tarde, com a cabeça explodindo. Não sentiu tanto medo quando foi avisada, quanto sentiu quando o médico apareceu com pouco mais de uma hora de cirurgia. Foram informados de que John Lee estava com o coração muito fraco, e não resistiria se eles continuassem com o procedimento. — Então ele vai ficar aberto na mesa com o coração exposto?— O paciente foi colocado no bypass. Vamos deixar o coração dele descansar por 24 horas e avaliar novamente depois desse período.— O que é bypass? Maya olhou com desgosto para a irmã. Ela não era mais uma criança. Já estava com 26 anos e recebeu educação nos melhores colégios que o dinheiro poderia pagar. Porque era tão ignorante? — É um desvio, Hanna. O aparelho vai bombear o sangue para o corpo dele até que o coração esteja forte pra ser operado e poder bombear por si mesmo. — Sim, é isso mesmo. Não há mais nada que se possa fazer aqui, então sugiro que vocês vão pra casa descansar. Depois que o médico saiu, Maya virou
Maya acordou com o cheiro de café. Deu um pulo da cama , preocupada que tivesse perdido a hora. Olhou no celular pra ver se tinha mensagem do hospital ou chamada, e viu que ainda eram 6:25 da manhã. Não perdeu a hora. Poderia descer, tomar café, se arrumar e depois ir até a sede da Coop para conversar com Bukaiter. Precisava entender toda a dívida do pai e qual o problema ele tinha com os Dawson para essa perseguição!Quando chegou na cozinha, com a cara ainda amassada, atrás daquele café cheiroso, encontrou Justin e a avó rindo.— Já acordado tão cedo, menino? — Mamãe, no interior se acorda cedo! E eu estou acostumado a acordar cedo para a escola. — Mas é justamente sobre isso, Justin. Você tirou uma licença da escola e apesar de ser uma cidade pequena, Napa Village não é interior, mas seria ótimo você usar para descansar! — Está brincando? Aqui tenho vinhedos para conhecer! Posso pisar na terra, não é tudo concreto! Não vou desperdiçar meu tempo dormindo! — Está bem, você pode s
Danilo chegou ao serviço na manhã seguinte com seu habitual mau humor. Ele aprendeu desde cedo que ninguém respeita quem é bonzinho ou trata bem as pessoas. Seu pai era um poço de gentileza, e o que ganhou em troca? Mas essa máscara de menino mau não o agradava. Ele não queria ter falado daquele jeito ao telefone com Sabrina no dia anterior. Sua assistente era sua melhor amiga, embora nem ela soubesse disso! Quando chegou na cidade, precisava de alguém de confiança para se estabelecer. Testou várias assistentes, profissionais gabaritadas. Ninguém o agradava. Na verdade, nada o agradava no quadro de funcionários da Cooperativa. — Filho, você precisa de uma mulher jovem, forte e inteligente. Com quem não faça sexo. Procure uma mãe solo, de preferência que não tenha oportunidades na vida! — Uma moça sem experiência, mãe? Vai me atrapalhar! — Uma moça sem nenhuma experiência ou malícia, pode ser sua salvação. Você molda ela de acordo com o que você precisa. Lembre-se que você tem temp