Gente, desculpa a demora. Tive problemas com meu laptop. Obrigada por lerem minhas histórias. Fique a vontade para deixar seu comentário e estrela. Beijos e até o próximo capitulo.
MickailLiguei diversas vezes para o número de Roman e nenhum retorno obtive dele. Se for um aviso, lamento, mas nada funciona sem ser do meu jeito.Eu sei que as coisas parecem não estar muito favoráveis para o meu monstro. Sei que o luto na vida de alguém é difícil. Já tive muitas perdas que foram lastimáveis, outras que agradeci e sorri no final. ´O luto é apenas um estado. A morte -um ciclo comum da natureza de qualquer ser humano que atingirá todos nós algum dia. Mas para mim, ela é muito mais que isso.E foi assim que eu encontrei Roman atrás das longas grades que separavam ele de sua liberdade, seu mundinho pequeno e debilitado —Morto.Morto nas esperanças, nas atitudes, na capacidade de tomar decisões, lamentando seus passos, sentindo- se vulnerável, triste e acreditando que Deus poderia salvá-lo.Quanta idiotice!Tantos sentimentos, tantos anseios tolos que de nada serviam, a não ser separá-lo de um vislumbre de estar livre e ter sua dignidade de volta.E do que mesmo ia ser
LOS ANGELESCaminhei com a bolsa a tiracolo suspirando com as pernas cansadas. Há mais de semanas busco trabalho nas movimentadas ruas de Los Angeles. Estou formada em enfermagem e depois de terminar o estágio e viver boa parte voltada a minha mãe que faleceu há um ano, sinto agora mais do que nunca que devo seguir a profissão.Venho de uma família simples criada no interior do Texas e sou a filha mais nova de quatro irmãos. Três homens que seguiram seu destino. Dois casaram e um, chamado Donald preferiu colocar uma mochila nas costas e viajar o mundo.Eu gostaria de ser como eles ás vezes. Não ter medo de nada, não se apegar e viver uma vida longe da civilização, em lugares distintos, ás vezes perigosos com o único propósito de encontrar heranças perdidas, fósseis e o que mais ele puder contribuir a arqueologia.No entanto, sobrou para mim a difícil missão de ficar ao lado de mamãe, e com essa tarefa me senti impulsionada a seguir o caminho da enfermagem. Posso dizer, que dei esse or
Mas o que mesmo acabou de acontecer? Me pergunto sentindo o choque de seu apertão forte no braço. O mesmo lateja dando-me a certeza que ficará a marca e que não devia sequer pensado em ter vindo a este lugar, como cometer a asneira de espioná-lo.Me comovi com a dor de Roman, e poderia ficar com ódio pela atitude grosseira dele e ao contrário, lágrimas querem pular de meus olhos.Girei os calcanhares, tomando o corredor, sem esperar que alguém me guiasse. Avistei a porta aberta e um último olhar para a obra do anjo caído me fez engasgar. Desci as escadas de dois em dois e a passos rápidos, ganhei a calçada. Caminhei uns minutos até ouvir:—Senhorita, senhorita Angelina!!Continuei a andar rápido e a voz insistiu. Quando virei o rosto, me deparei com Joanne.—Perdoe-me, a senhorita precisa voltar. —suplica. —Senhor Roman, quer que volte.—Só se eu estiver louca! —Declaro incomodada seguindo caminho.—Não, senhorita. Ele precisa de seu trabalho, por favor volte e fale com ele.—Sinto mu
Roman me analisa de cima a baixo. Droga! Eu estou com um pijama cor de rosa com estampa de coelho, sem nada nos pés e os cabelos bagunçados. Mas que merda! Digo a mim mesma.Reparo como seu olhar desliza sobre meus ombros, que estão expostos pela vestimenta grande. Vejo levemente seus lábios entre abrirem-se, assim como os meus que se movem sem sair o som.O cheiro de sua colônia, algo como couro e madeira inunda o ar e fico paralisada sem saber quem de nós está mais surpreso. Não, eu não posso me deixar ludibriar. Esse Roman que está na minha frente, é longe de ser o que eu conheci. Eu deveria dizer alguma coisa, uma palavra qualquer e nesses segundos que transitam entre nós, não consigo sair de seus olhos brilhantes, frios, hipnotizados e firmes em minha direção.— Oh, senhor Mikhailovitch Bom dia. —ouço meu pai atrás de mim. —Como vai? Está é minha filha.Na tentativa de entender de onde meu pai conhece Roman, não consigo sorrir e dizer nada.—Como vai? —ele pergunta, com o canto d
—Ah, não .... —arregalei os olhos em choque— O senhor não fez...—Qual o problema? Você está sem trabalho. Ele tem uma boa vida, pode pagar o salário que merece.—Eu não acredito que estou ouvindo isso...— Mas o que há de errado? —questionou sem entender—Vocês se conhecem?—É claro que não! -minto alterada vendo ele me olhar confuso. —Droga, pai você não podia ter feito isso sem me consultar! —e de tão nervosa queimei o dedo ao mexer na forma.—Mas...—Isso não pode estar acontecendo...— abro a torneira inconformada e deixo a água cair sobre a queimadura.—Angelina, —sua voz muda o tom—se ele ligar, ouça o que tem a dizer. Não se atreva a me fazer passar pela vergonha de um mentiroso. Eu recém iniciei esse
A porta fechou com um estrondo tão violento, que jurei os vidros da janela tremerem. Roman está mais forte da última vez que o vi, parece um sniper cheio de músculos por anabolizante; em compensação seu cérebro deve ter diminuído. E a dor de cabeça pela pancada se juntou as lágrimas que comecei derramar sem controle. Depois de uns segundos tentei me concentrar em alguma ideia, plano, qualquer coisa que fizesse eu me livrar de Roman, porém estaria sendo burra em ousar contrariá-lo. Eu conhecia uma parte dele, e poderia usá-la a meu favor, no entanto a fúria como fui tratada nublam as possibilidades, tornando qualquer atitude imprecisa e perigosa, tirando de mim todas as esperanças. Levantei da cama com cuidado e pude ver a vista pela janela aberta com grades. Haviam residências longínquas cercadas por vegetação, no mesmo padrão moderno a que me encontro. Há cheiro de móveis recentes no quarto com cama de casal, banheiro e um armário. Creio que estou em Mulholand Drive, e se estiver c
Ergui-me da cadeira seguindo com ele, buscando ocultar a onda de medo que se apossou de mim. Não, eu não queria demonstrar fraqueza. Seria notório para alimentar sua brutalidade, ódio ou qualquer sentimento que pudesse haver dentro de seu coração. Cogitar essa ideia seria até mesmo insano. Roman devia ter seu coração oco.Ele abriu a porta do mesmo quarto ao qual estive antes, fechou-a e quando parou diante de mim, deu um berro:—O que pensa que está fazendo sua imbecil?Lágrimas escorreram por minha bochecha. Como pude ter o azar de dormir? Estava ali para cumprir a missão que me foi confiada. Óbvio, anoiteceu e foi normal o corpo reclamar de sono. Eu devia me atentar para esse fato. Fiquei exausta, não pude me alimentar, sair dali para nada, tampouco fazer a higiene. Pelo horário era ainda muito cedo. O Sol nem mesmo havia aparecido. Olhei para ele com lábios trêmulos e a garganta seca, meus olhos foram em direção a um objeto em sua cintura, uma arma e meu pulso acelerou.—Eu...sint
RomanHá algo errado. Muito errado nisso tudo. Posso jurar que essa garota tem semelhança com alguém, ou a vi antes. É possível que ela tenha estado comigo em uma de minhas noites promíscuas. Porém esse cheiro vindo de seus cabelos misturados a sua pele é o cheiro da perdição. O rosto levemente rosado e os lábios de boneca, atiçam desejo em meus pensamentos. Os seios redondos macios como as pinturas pré-rafaelitas à espera de lábios. Toda ela exala sexo, feminilidade e fico parado, ouvindo seu choro que causa-me um aperto no peito inexplicável.Que porra é essa?Tiro meus braços dela, vendo seu rosto virar para o lado abalada e triste. Eu não me sinto bem com isso. Aliás, ergo-me com rapidez ouvindo seus soluços. Se eu já estava com remorso, agora tudo piorou.—Pare de chorar! —peço com autoridade, vendo ela estirada no chão. Me aproximo encontrando seus olhos hesitante—Escute bem garota, não se atreva a fazer outro escândalo. Estamos entendidos? —Ela acenou com a cabeça —Levanta. Voc