Assim que pisou os pés na praça da vila, Beto sorriu, vendo as luzes amareladas e a grande fogueira no centro. Fazia muito tempo que não participava do São João da comunidade, não desde que terminou o colégio e saiu dali para cursar contabilidade na cidade grande. Seu pai era implacável e, para o senhor Joaquin Santana, o melhor era mandar o filho cursar uma boa faculdade antes que ele tomasse a posse das fazendas da família. De fato, a faculdade o havia ajudado, mas ele odiava a cidade grande. No fim, nada se comparava ao cheiro gostoso do campo, aos cavalos e a acordar de manhã bem cedo e ordenhar o leite que tomaria logo em seguida. Por isso ele estava encantado com a festa, com o clima, com a música, aquele era seu lugar. O homem caminhou tranquilamente por entre as pessoas, os moradores não o conheciam ou ao menos não se lembraram dele, mas não havia como julgá-los, afinal, ele havia mudado muito. O menino franzino de 19 anos que saiu dali agora era um homem e seis anos fizer
Se dona Norma soubesse que ele estava ali, ela certamente teria um infarto. O ponto é que Beto não é mais um menino, deseja honrar o desejo de seu pai, mas jamais vai jurar amor a uma mulher que não o atrai de forma alguma, e Lucia sabia disso desde o começo. — Eu conheço essa cara — falou Leo, interrompendo os pensamentos do irmão e mudando a direção da caminhada. — Vamos, tem um lugar que eu sei que vai te deixar animado. — Que lugar? — Beto perguntou, seguindo o outro enquanto olhava ao redor, decidindo o que faria primeiro. — Fecha o olho — Leo falou e, instantes depois, os olhos de Beto foram vendados e ele ouviu risinhos femininos. Naquele momento ele soube exatamente onde estava. Suas experiências com a barraca do beijo de São João eram as melhores que um homem poderia ter, foi num lugar assim onde deu seu primeiro beijo e não pensava em forma melhor de começar a noite, por isso, não resistiu nem um pouco quando foi empurrado e posicionado onde deveria estar. O beijo
Parecia que a noite tinha realmente começado ali e, com conversas e risadas, Cida dançou durante muito tempo. A cada nova música, mais gargalhadas ecoavam e a moça se sentiu exatamente como chegou na festa, viva! Beto era apenas um estranho e ela não sabia o porquê da conexão entre eles ser tão forte, mas decidiu que também não seria naquele momento que iria descobrir. Curtiria a noite como nenhuma outra e dançaria até que seus pés não aguentassem mais, pois, logo estaria casada com alguém que sequer a amava e não estava pronta para esse tormento.O som da banda enchia o local de alegria e as barracas de comida enchiam cada vez mais. O cheiro dos ximangos recém assados preencheu o local, misturado a pólvora das bombinhas que as crianças soltavam. As moças ao redor não entendiam o que Cida tinha, que despertava tanto desejo nos homens e muito menos de onde era o rapaz charmoso que ela tinha arranjado para dançar. Então, começaram a invejar ainda mais a menina.— Como é que pode um tre
A casa não estava tão distante do portão e, em questão de minutos, ele empurra a porta e entra com a moça, direto para o quarto. Cida, ao entrar, repara na casa simples que está e imagina que Beto seria apenas algum capataz da fazenda, isso explicaria o fato dele não ser conhecido, pois provavelmente vivia a maior parte do tempo trabalhando ou ajudando seu patrão em alguma viagem.Mas ela não pensou muito sobre aquilo e logo se deixou levar pelo momento, sentindo os braços fortes de Beto a apertarem cada vez mais. Ele então entrou num quartinho simples, com uma cama de casal forrada com um lençol que, mesmo parecendo velho, estava limpo e cheiroso. No lado esquerdo, uma janela de madeira estava fechada apenas com um pedaço da própria tábua que a construiu, uma mesinha e um guarda-roupa estavam no canto do cômodo, fazendo apenas volume e, na parede, uma abertura deixava com que a luz da lua entrasse, iluminando boa parte do lugar. Os rojões e bombas, que eram altos, estavam apenas ap
O que eram apenas gemidos baixos, se tornaram sussurros roucos e cheios de desejo: — Cida, Cida.. Porra, que gostoso… — Beto comevou a gemer mais alto o nome da moça, que intensificou ainda mais os movimentos, sentindo seu corpo vibrar diante da voz dele. Não demorou muito para que ela o levasse ao paraíso, fazendo o corpo de Beto tencionar e seu pau pulsar nos lábios macios da moça, gozando na boca dela, soltando urros enquanto segurava o lençol com força. Não satisfeito, ele trocou novamente as posições, voltando a deixar Cida por baixo, deitando-a na cama. Beto puxou a calcinha com toda a delicadeza possível, deslizando o tecido macio pelas pernas dela, enquanto a via limpar com o dedo indicador uma gota esbranquiçada que escorreu levemente pelo canto de seus lábios. Então, se posicionando entre as pernas dela, Beto aproximou os lábios, olhando para a boceta levemente rosada de Cida que corou ao percebê-lo encará-la com tanto desejo. A garota sentiu a respiração quente de Be
Novamente, Cida foi tomada pelo prazer quase desesperador, numa intensidade que a deixou desorientada, então, sem que esperasse, um líquido sem cor saiu de sua bocheta enquanto ela gemia, agora com a vagina expulsando o membro dentro dela. Sem forças, ela apenas empurrou o rapaz para o lado e olhou preocupada para o líquido que molhou suas pernas e um pouco das pernas de Beto, o que a deixou um pouco preocupada e completamente envergonhada — Será que eu me machuquei? Isso nunca aconteceu antes — ela sussurrou, sem olhar para ele, com as bochechas vermelhas. — Não se preocupe, só significa que você gostou muito, pode acontecer com algumas mulheres às vezes — Beto disse, surpreso em como uma moça poderia ser realmente tão pura e inocente para desconhecer coisas sobre o proprio corpo na hora do sexo, ao mesmo tempo em que o havia feito gemer de tanto prazer. Além disso, também sentiu seu ego massageado ao saber que a levou a um nivel de prazer que jamais havia experimentado. Cida su
Era por volta das dez horas da manhã quando Cida avistou sua casa. Nessa época do ano, mesmo sendo inverno no Brasil, a região onde ela morava ainda ficava quente em horários mais específicos e o frio aparecia apenas mais no final do dia, por conta do rio que passava próximo ao pequeno povoado. Normalmente não havia vento, nem mesmo a brisa fresca os alcançava naquela hora da manhã. O suor em sua testa escorria e, misturado ao cansaço de tanto andar, ela só pensava em cair na cama e dormir o restante do dia. A vila estava vazia, pois provavelmente a maioria das pessoas curtiu até o amanhecer, com a explosão dos fogos e o cessar do fogo que queimava a madeira. As bandeirolas ainda estavam lá, mas nem se moviam, pois o vento parecia não querer fazer visita ao local, o deixando ainda mais abafado. Ao longe, nuvens indicavam que provavelmente choveria, mas nada certo, já que geralmente as nuvens sempre se esvaziavam antes.Cida entrou em casa indo direto para seu quarto sem nem ao menos c
— Tudo bem. Cida, minha querida, ajeitamo a data pra ocê se casar com Zé daqui um mês. Já vamo começar a ver as coisas pra deixar tudo pronto.Cida não respondeu de imediato. Um gosto amargo tomou conta de sua boca, suas pernas tremeram e parecia que o cansaço havia dobrado, pois seu corpo estava ainda mais pesado. Ela não imaginou que o ‘depois do São João’ seria rápido assim.— Oh de casa! — de repente, alguém gritou na porta. Cida aproveitou o momento para ir atender, mas Zé a segurou. — Oh seu Antônio, teria como o senhor ir ver quem é? Queria ficar um tempo a sós com Cidinha pra gente prosear um pouco e ir se conhecendo melhor até pro dia do casamento num é? Palmas ardidas soavam casa adentro e a pessoa que chamava parecia estar apressada. — Oh Cidinha! Seu antônio? Bora levantar que a festança acabou. Cês tão tendo peixe aí? O senhor, ao ouvir que seria uma venda, correu pra porta, deixando o casal a sós.Cida, depois de esperar o pai sair, puxou o braço que Zé segurava, sa