2| Capítulo

Afrodite Ribeiro

Me aconchego feliz da vida na cama vendo o melhor filme de todos, crepúsculo. O filme da minha adolescência que eu amo e posso vê um milhão de vezes que sempre vou sentir a mesma coisa.

Após chegar em casa fui direto para o banho, relaxei na banheira por uma hora e agora estou feliz da vida bem aqui no meu cantinho, eu amo ficar em casa. Eu entendo que a Kiara tem essa mania de viver na rua, por causa do seu passado.

Pois ela tem pavor de ficar muito tempo dentro de casa e eu me lembro que isso no nosso intercâmbio foi bem complicado para ela. Mas meu Deus, ela praticamente passa mais da metade do dia fora de casa e isso é demais para mim. Meu sono é essencial para meu humor.

Meu celular vibra, pego ele e vejo uma mensagem da Kiara falando que ela vai ficar o dia fora e só irá voltar de madrugada, falando que eu não preciso me preocupar com absolutamente nada. Nego totalmente desacreditada que ela realmente vai fazer isso.

Mas como ela já é grandinha e sabe o que faz, não irei me responsabilizar pela sua falta de organização, pois nem a mala a bonita fez ainda.

Se ela não voltar para casa, eu irei para Itália e a deixarei aqui sozinha.

*****

Me olho no espelho do elevador e sai assim que a porta abre, saí do hall do hotel e atravesso a rua entrando no restaurante a frente, inspiro sentindo o cheiro de pizza.

A daqui dos EUA é boa, mas a brasileira é mil vezes melhor. Não existe nem comparação.

— AMIGAAA ? — Kiara?

Me viro a tempo de ver Kiara e Aurora descerem de um carro luxuoso branco que facilmente custaria dois rim meu, mas o que me deixou com uma pulga de desconfiança foi ver o brutamontes que veio logo atrás delas.

Eles são tão ricos ao ponto de ter tanta segurança?

— Kiara, você não ia chegar de madrugada?— Questiono.

— Sim. Mas eu descobri que ela tem um jatinho particular e eles vão embora amanhã, Aurora nos convidou para irmos juntas e nós vamos! — Fala com um sorriso gigante.

— Vamos?— Questionei e ela assentiu e na mesma hora, então me lembrei de algo. — Você desmarcou, as passagens?

— O dinheiro graças a Deus já caiu novamente na conta! — Respirei fundo, sentindo a raiva subir pelas minhas veias e a vontade de xingar ela de todos os nomes possíveis veio, fechei meus olhos e respirei fundo.

— Juro que não vou vender os seus órgãos— Aurora fala tentando descontrair. — E nem colocar vocês em bordel.

Suspiro, olho para a Karina vendo o quanto aquela última noite é importante para ela, ela quer curtir até o final.

— Vou tomar banho! — Falo e as duas dão pulinho de felicidade, aponto para Kiara — Você vai arrumar as suas malas e escolher uma roupa para mim.

— Ok! — Kiara fala fazendo continência, nego rindo.

— Agora você, Aurora, vai me ajudar no cabelo.— Digo e ela pula batendo palmas super feliz, parece uma criança.

Olho para o brutamontes atrás da Aurora, que olha para todos os lados como se estivesse esperando algo ruim acontecer a qualquer momento.

— Você tem segurança particular?— Pergunto e vejo um sorriso nervoso brotando em seus lábios.

— Bom, o que eu posso dizer? Meu marido é um homem de negócios, mas vamos lá, temos muita coisa para fazer!

Suspirei aceitando a minha derrota e sai andando na frente delas escutando as duas logo atrás de mim, falarem o quanto minha bunda é linda e ficaria bonita em um vestido que elas viram.

**************

Arrumo meu vestido ao descer do carro e sorri super feliz me sentindo uma baita gostosa. Estou vestindo um vestido preto de cetim, ele é longo mas bem grudado no meu corpo com uma fenda que deixa pouco para a imaginação.

— Meninas, essa boate é do meu marido, vamos ficar na parte privada. — Ela fala nos puxando para a porta.

Quando os seguranças nos vê abaixam a cabeça nos deixando passar e ninguém dá fila ousa falar uma palavra, geralmente as pessoas ficam bem bravas e xingam.

Assim que entrei no local fiquei chocada em como a boate é linda com uma temática bem ousada, muitas mulheres estão de lingerie no pole dance enquanto uns homens a observam dançar e mais para frente tem várias mulheres e homens dançando, a musica do local faz o meu corpo esquentar.

Eu não gosto de sair, mas quando eu saio eu aproveito o máximo. É que nem aquele ditado, quem está na chuva é para se molhar

— Vem, vamos lá pra cima. — Aurora fala gritando pois o som é bem alto.

Andamos até uma porta e quando passamos por ela vejo um elevador, entramos e eu logo fui me vendo no espelho, arrumando cabelo e retocando o gloss, peguei meu celular e apontei para o espelho.

— Vamos tirar fotos. — Falo puxando elas para perto.

Tiro várias fotos e quando resolvo tirar uma foto minha a porta do elevador se abre, me viro e me surpreendo ao ver que enquanto lá embaixo está super animado tocando várias músicas aqui só toca uma música ambiente, super xoxa e capenga.

Os três homens estão lá e a parte de cima está em completo silêncio com uma música ambiente tocando diferente da música agitada de fundo, Aurora corre para os braços do marido e quando eu ainda penso em sair do elevador Kiara está fazendo o mesmo com o Vittório, abro e fecho a minha boca chocada com a informação, puta merda.

Todos me olham e eu me sinto completamente fora da casinha, respiro fundo e saio do elevador com a postura firme, sorrio para os rapazes.

— Tá lindona cunhada. — Vittorio fala, coloco a mão na minha cintura e jogo meu cabelo para trás.

— Como que é? Cunhada?— Falo fazendo Aurora rir.

— Foi encontro de almas! — Alessandro fala.

— Dois loucos. — Aurora diz gargalhando.

— Já não bastava a Kiara, agora duas Kiara não dá! — Falo e ele ri negando e beija a testa da minha amiga todo carinhoso.

Me sento ao lado da Aurora que coloca a mão na minha perna fazendo questão de me manter na conversa.

— Afrodite, qualquer coisa que você quiser pode pedir nesse tablet que vão trazer. — Aurora fala apontando para o Tablet que está na mesinha na nossa frente

— Afrodite?— Alessandro questiona.

— Sim, mamãe e papai se conheceram na Grécia! — Falo fazendo Vittorio rir.

— Deusa do amor e da sedução...— Vittorio fala.

— Que no amor é um desastre ambulante— Falo negando.

— Para amiga, tem aquele americano doido por você. — Kiara fala.

— Hum, ele é bonito?— Aurora questiona.

— Esquece aquele homem, pelo amor de Deus! — Digo e ela gargalha.

— Que foi, o cara era ruim de cama? — Vittorio pergunta me fazendo rir, em pouco tempo de conversa eu já percebi que Vittorio é o brincalhão, Alessandro o sério porém nem tanto e o outro? Bom, o outro nem abre a boca.

Desde que eu cheguei ele não abriu a boca para falar com ninguém, se manteve quieto bebendo sua bebida. Esse homem tem um ar de mistério, intrigante.

— Vamos dizer que o meu chaveirinho corre do amor. — Kiara fala e eu nego.

— Eu corro de casamento, bem diferente! — Falo e pego o tablete, preciso de uma bebida.

— Amiga, casar é tão bom, tem as brigas mas nada que um bom sexo não resolva. — Aurora fala e olha para o marido, juro que só pelo olhar deles deu para perceber que se não estivessemos aqui eles iriam se atracar.

— Cadê o DJ e a animação? — Falo — Música clássica em uma boate é triste.

— Gostamos de privacidade. — Alessandro fala.

Olho para as meninas.

— Vamos descer lá pra baixo?—

— Não. — Me arrepiou da cabeça aos pés quando escuto sua voz rouca e séria, olho para o lado vendo o homem me encarar bem sério. Porque ele resolveu falar só agora?

— Porque não? — Questiono olhando nos seus olhos me sentindo uma criança quando pede para brincar na rua com os amigos e o pai não deixa.

Os três se olham e Vittorio passa a mão no cabelo o bagunçando.

— Não gostamos de nos misturar e não gostaríamos que vocês ficassem lá embaixo. — Alessandro fala.

— Eu não vou ficar aqui vendo todos vocês se pegando ao som de música ambiente e whisky. — Falo me levanto arrumando meu vestido. — Foi pra isso que vocês me tiraram de uma noite de pizza e filme?

— Você está certa! — Aurora fala e olha para o marido que nega — Amor, deixa... por favor?

— Kiara?— A chamo.

— Nem pensar, deixa a bunda da minha mulher aqui? — Fico chocada com as palavras de Vittorio.

Ele está chamando ela de minha mulher?

— Ai meu Deus, eu devia ter ficado em casa— Exclamo incrédula.

Me viro e ando até o elevador, entro e aperto o botão para o térreo, pelo espelho vejo Kiara quase engolindo Vittorio e Aurora emburrada com o Alessandro.

Inconscientemente meus olhos vão para o irmão misterioso que está olhando para a minha bunda descaradamente, como se sentisse que está sendo observado ele ergue os olhos e pelo espelho nossos olhos se conectam.

Ergo minha sobrancelha e ele mantém o olhar sobre o meu, a porta começa a se fechar, mantenho meu olhar sobre o dele e antes que a porta se feche consigo vê o canto dos seus lábios se erguendo.

Droga, minha calcinha ficou molhada.

Quando a porta do abre, saio passando pela porta e sorri ao sentir a música fazer meu corpo vibrar. Ando até o primeiro bar que vejo, peço uma bebida e logo ela está na minha mão, me enfio na pista e começo a dançar ao som da deusa riri.

Rebolo, fecho meus olhos, olho para cima e jogo meus cabelos, sinto uma mão na minha cintura e imediatamente abro meus olhos vendo um moreno lindo, maravilhoso parecendo um Deus grego, sorrio e deixo ele grudar meu corpo no dele.

— Qual o seu nome?— Ele grita no meu ouvido pra mim conseguir escutar a sua voz.

— Afrodite. — Grito pra ele conseguir escutar, o homem rir.

— Tudo bem se não quiser falar o nome, mas esse apelido combina com você, minha Deusa.

Reviro meus olhos, não é a primeira vez que isso acontece, eu realmente prefiro assim, dou uma rodadinha ficando de frente pro cara, nossos lábios ficam bem pertinho, sorrio sentindo passar a mão pela minha cintura descendo até a bunda e então me puxa com mais força a apertando, lambo meus lábios.

Antes que ele tente me beijar me viro novamente e ele leva a mão até o meu pescoço o apertando, enquanto eu danço contra ele, sorrio e quando abro meus olhos, dou de cara com um par de olhos negros me encarado.

Ele está ali, imponente com sua postura séria e olhar desafiador me encarando bem sério, ele leva o copo até a boca e vira o líquido cor âmbar na boca sem desviar os olhos de mim me deixando quente, rebolo contra o moreno atrás de mim e quando ele me puxa mais ainda contra ele sorrio e juro que vejo ele trinca a mandíbula.

De repente sou virada para frente e o moreno já está atacando a minha boca, entrelaço meus braços no pescoço dele.

O beijo loucamente sentindo ele apertar a minha bunda como se fosse a primeira vez que ele toca em uma bunda, do nada ele se afasta, quando olho vejo que é um segurança que está falando com ele.

O segurança começa a falar sobre e eu só entendo quando ele fala algo sobre dívida. Eita será que ele já saiu alguma vez sem pagar e agora estão cobrando ele?

Me viro saindo de fininho antes que sobre pra mim, dou uns três passos passando pelas pessoas que mal escutam quando eu peço licença.

— AMIGAA? — Me viro e vejo Aurora com um sorriso gigante, junto com ela está Kiara que já rebola loucamente com as mãos pra cima.

— Menina, que rebolado é esse?— Aurora pergunta olhando para Kiara.

— Vem! — Falo a virando e coloco a mão em sua cintura a movendo no ritmo da música.

Enquanto a guio não paro de dançar, jogo meu cabelo de um lado para o outro ajudando ela rebolar, em minutos ela está dançando loucamente, tiro minha mão dá sua cintura e Kiara fica na frente da Aurora. Logo estamos rebolando, jogando cabelo e rindo feito loucas.

Aos poucos as pessoas à nossa volta foram diminuindo, mas nós continuamos dançando curtindo o momento, olho para o lado e então encostado na parede próximo a nós eu vi três homens nos olhando, viro meu corpo e vejo mais uns três do outro lado, olho para o andar de cima a mesma coisa, engulo em seco e olho para a Aurora que está dançando e acho que nem percebeu.

— Amiga? — Grito para ela consegui escutar, pois o som está bem alto.

— Oii? — Ela grita ainda dançando.

— O que esses caras estão fazendo parado olhando para nós?— Aurora para de dançar, então olha para todos os lados e assim que percebe seu olhar de decepção é grande, ela xinga em italiano.

Eu me sinto orgulhosa de ver que assistir série em italiano serve pra algo, pois eu entendo pelo menos o palavrão.

Na mesma hora um dos seguranças vem na nossa direção, Aurora grita, berra e xinga em italiano, ela fala tão rápido que eu só entendo o palavrão.

Quando ela me olhar eu entendo que seu tempo aqui acabou, então eu lhe dou a mãos e chamamos a Kiara que com um olhar entende o que está acontecendo

Seguimos andando e quando entramos no elevador o clima é tenso, a porta se abre e lá está Alessandro com um olhar de animal enjaulado olhando para Aurora.

— Tu figlio di puttana, bugiardo e senza parola— Ela sai gritando sem se importar que agora o espaço está cheio de mulheres e homens, o pessoal para o que está fazendo para olhar. ( Tradução´ Seu filho de uma puta, mentiroso e sem palavra´

— Nessuno scandalo, a casa abbiamo parlato! — Fala tentando chegar perto dela. ( Tradução ́ Sem escândalo, em casa conversamos ́)

— Non toccarmi, andrò al terzo piano e se mi seguirai, ti ucciderò— ( Tradução ` Não me toque, eu vou para o terceiro andar e se você me seguir, eu vou te matar`)

Desvio a atenção do casal e olho para o lado vendo Kiara olhar para Vittorio seria, sigo o seu olhar e vejo que a situação não tá legal, ele está com uma mulher praticamente em seu colo, ela dança na frente dele quase esfregando a bunda em sua cara.

Kiara sai andando pela porta que eu não tinha visto que estava lá e quando eu procuro Aurora vejo ela já dentro do elevador de cara fechada enquanto Alessandro está no sofá virando uma garrafa de whisky na boca.

Suspiro e me viro, ando até o bar e peço um cosmopolitan para o barman, o homem rapidamente começa a fazer o drink, suspiro e me sento no banco em sua frente, olho para frente e pelo espelho consigo ver todo o sofá.

Uma mulher está dançando em sua frente, ele a olhando dançando enquanto fuma um charuto, ele olha bem fixo pra ela fazendo a mulher dançar com uma sensualidade até exagerada, mas eu juro que seu olhar é distante e não parece que ele está concentrado na dança.

Aproveito para fazer uma análise completa, olhos negros uma barba bem desenhada e super bem feita, uma boca linda bem carnuda e super beijavel, olhar inigmatico e distante. Esse homem esbanja prepotência, arrogância e seriedade só pela sua postura.

— Aqui está o seu drink. — O moço fala colocando o copo na minha frente, sorri.

— Muito obrigado— Respondo o inglês.

Tomo meu drink calmamente e quando estou terminando escuto barulhos repetitivos, as pessoas começam a gritar correndo em direção ao elevador e escadas, quando eu penso em me levantar sinto uma mão na minhas costas.

— Vem comigo! — Me viro assustada ao escutar a sua voz e tremo quando vejo que é ele.

— O que está acontecendo? — Questiono já levantando da cadeira.

— Tiros. — Ele fala calmamente enquanto me guia para a porta.

— TIROS??? — Grito, ele me olha como se eu fosse louca.

— Vem! — Ele fala outra vez com uma calma fodida.

Ele coloca as duas mãos na minha cintura me mantendo na sua frente, impedindo que eu seja puxada com a multidão e me guia para as escadas, quando ele abre a porta grito assustada ao vê vários homens armados.

— Calma, são da famiglia. — Eu só entendo a parte da família. — Due vanno davanti, due vanno dietro e uno su ciascun lato, lei è la priorità, non voglio che abbia uno stallone— ( Tradução `Dois vão na frente, dois vão atrás e um de cada lado, ela é a prioridade, não quero que ela tenha um aranhão`)

Então os seguranças se formam, dois ficam na nossa frente, dois atrás e um de cada lado nosso, descemos as escadas comigo sempre abaixada e ele a todo momento com as mãos em mim me mantendo bem perto dele.

— A Kiara? — Falo baixinho sabendo que ele vai escutar.

— Está em segurança, vou te levar para encontrar ela. — Assinto.

Eu me tremo da cabeça aos pés, desço as escadas tropeçando e se não fosse por ele me segurando, eu juro que já tinha rolado escadas a baixo, então um dos seguranças abrem a porta de ferro e saímos em um beco, mesmo quando já estamos no lado de fora ele não me solta, seguimos andando e ele me guia para um carro e eu entro sem nem questionar.

Entro, ele fecha a porta e pela janela eu observo ele dando ordens para o seguranças bem sério, a veia em seu pescoço está saltando pra fora, ele está com muita raiva de algo, quando ele termina de falar os homens assentem e sai correndo em direção a boate.

Então ele dá a volta no carro e se senta do meu lado, assim que ele fecha a porta o motorista dá partida, pego meu celular e mando uma mensagem para Kiara, mas ela não responde então olho para ele.

— Os assaltantes feriram alguém? — Questiono.

— Assaltantes? — Ele fala com um olhar irônico.

— Sim. Os tiros foram de alguém que tentou assaltar? — Falo

— Sim. — Ele diz cortante e eu entendo que ele não quer papo.

Fico em silêncio, pego o celular dá minha bolsa e vejo que tem várias ligações da minha mãe, várias mesmo, quando desbloqueio celular ela liga novamente, eu atendo sem pensar duas vezes.

— Oii mamãe. — Falo e consigo ouvir seu suspiro de alívio.

— Graças a Deus— Ela grita — ACHEI QUE VOCE ESTAVA MORTA PORRA!

Reviro meus olhos, sorri negando.

— Você e o papai, estão bem? — Pergunto

— SIM— Ela grita me fazendo rir — Eu só estava com saudades da minha bebe, só isso— Fala agora mais calma.

— Hum, acredito— Falo rindo.

— Deixa de ser boba, é só que quando você não atendeu a ligação eu fiquei preocupada.

— Mamãe, eu juro pra você que eu estou bem, só estava em uma baladinha me despedindo daqui pois daqui a pouco vamos para a Itália. — Explico.

— Mas vocês não vão mudar de país amanhã? Coisa da Kiara, né?

— Sim mamãe, mas está sendo super legal e ela tem razão de aproveitar até o último momento. — Falo e ele suspira — Tenho que desligar, beijos!

— Ok minha princesa, até amanhã! Te amo.— Ele fala e manda um beijo.

Desligo o celular com um sorriso no rosto, coloco o celular no bolso e bem na hora o carro para, ele abre a porta e sai, faço o mesmo, o motorista que já estava saindo me olha meio chocado, acho que ele estava saindo para abrir a porta pra mim, então dou um sorriso para ele e fecho a porta.

Me viro e fico chocada ao perceber que estamos em uma mansão gigante, ele sai andando na frente e eu ando ficando atrás dele. A porta se abre e assim que eu vejo a Kiara andando de um lado para o outro corro desesperada até ela.

— AMIGAA? — Ela grita e corre se jogando nos meus braços a agarro com força.

— Me diz no que você nos meteu, sua filha dá puta. — Falo em seu ouvido e ela sorri.

— Pelo menos vai ter história para contar pros seus filhos. — Ela fala.

— Meninas? — Me viro vendo a Aurora nos olhar com um olhar bem cansado e culpado.

— Oii?— Falamos juntas.

— Que tal aproveitar o resto do tempo que temos, fazer chocolate quente e uma torta para comermos vendo filme? — Sorrio, olho para a Kiara que assente.

— Aceitamos, muito obrigado— Ela assentiu parecendo aliviada.

Desvio meu olhar vendo o homem que me trouxe subir as escadas afrouxando a gravata e os outros ir atrás, eles estão de cara fechada. Acho que o acontecido rendeu muito prejuízo pra eles.

— Amiga— Olho para Aurora — Vamos começar?

— Bora— Falo e ela sorri.

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