Foi uma transa lenta e silenciosa. Com exceção de alguns poucos gemidos e do mais que silencioso lamento da Ellen com meu nome nos lábios ao gozar pela segunda vez, nós não fizemos muitos ruídos.Passamos uma boa meia hora deitados no tapete, completamente nus, calados e abraçados. Por um instante eu penso que estou no paraíso. Pareceu surreal o momento que vivemos aqui. Mas o calor do seu corpo e a sua respiração constante no meu peito me mostram o quão real isso foi.— Acho que deveríamos vestir a roupa. — Ellen me diz, alisando o meu peito com a ponta dos dedos.— Eu acho que estamos muito bem assim.— Mas alguém pode aparecer.— Eu não costumo receber visitas.— Então vamos ficar pelados aqui a noite toda?— Não vejo nenhum problema nisso. — sorrio — Na verdade, eu acho uma ideia bastante agradável. Obrigado por compartilhá-la.— Eei, eu não disse que queria isso. — ela fala dando um soco de leve no meu peito. Eu sorrio mais.— Eu sei.Nos calamos por mais alguns minutos. Eu a abr
— Sério? E quanto a você?— Eu o quê?— Eu vou ter que usar um cinto de castidade exceto com você, e você vai ficar livre e solto por aí? — ela pergunta com o cenho franzido, com o quê? Ciúme?— Não, Ellen. — sorrio ao perceber sua demonstração de possessividade — Eu também estou proibido a outras mulheres.— Ah bom. — ela suspira — Agora isso soa como namoro.— Namoro?— É. — ela diz um pouco tensa — Não está me pedindo em namoro está?— Eu... — não faço ideia do que responder. Ela quer que seja namoro? Pela cara dela, acho que ela não quer que seja namoro. Mas eu gosto da ideia. Eu gosto dela. Estou apaixonado na verdade, e acho que pela primeira vez desde o que aconteceu com a Ada, eu quero uma namorada. Mas acho que não é o que ela quer.— Não me leve a mal Nick, mas se é isso que você está propondo, eu acho que deveríamos esperar um pouco porque eu não acho que deveríamos misturar amizade e prazer com... com sentimentos. Eu não quero acabar me apaixonando por você e ficar como as
— Obrigada. — ela se inclina na minha direção e me dá um beijo na bochecha. De nada Ellen. Vamos deixar isso para lá. Por enquanto, amor. — Agora sobre o meu trabalho...— Não se preocupe com isso. Eu tenho o emprego perfeito pra você.— Oi?— Eu conheço um cara que pode te dar o emprego dos seus sonhos. Você poderá passar o dia fazendo aquilo que mais gosta.— Sério? Acho difícil.— Nunca duvide de mim.Ela sorri. Que bom! Acho que voltamos ao período pré-conversa. Em um clima mais agradável, nós acabamos de jantar.— Não estou duvidando. É que meu emprego dos sonhos seria poder cavalgar o Tyler como eu fazia antes do meu padrasto vendê-lo. Eu sou cavaleira.— Quer dizer profissionalmente? — pergunto totalmente interessado. Achei que ela só cavalgava como lazer de uma garota que cresceu em uma fazenda.— Isso aí. Lembra que eu falei que meu professor me incentivou a montar e participar de competições? — concordo — Então, um dia um olheiro da Federação Equestre me viu em uma dos campe
Assim como da última vez que nos vimos, Ada anda até mim com passos confiantes. O terrível é que agora ela está na minha casa. Eu jurei pra mim mesmo que ela nunca colocaria os pés novamente em um lugar que fosse meu. E aqui está ela. Dentro da porra da minha sala.— Você tem um belo lugar aqui Nick. — ela diz olhando ao redor — Quase tão belo quanto o nosso apartamento na Quinta Avenida.Olho para ela soltando fogo pelos olhos. Eu não acredito que ela está mencionando a porra daquele lugar. Deus me ajude aqui, por favor.Fecho os olhos e os punhos com tanta força que na certa, os nós dos meus dedos devem estar brancos. Não tenho nada para ela senão raiva. Eu não tenho nenhum controle dos meus sentimentos quando ela está por perto. Mas eu tenho que me controlar por causa da Ellen. Ellen? Onde ela está? Abro os olhos e procuro por ela. Encontro-a com o olhar, parada na porta da sala olhando para nós. Provavelmente a infeliz da Ada passou por ela sem nem ao menos se apresentar e isso de
— Como achou minha casa? — pergunto durante a minha contagem. Considerando que eu nunca lhe disse o endereço, é curioso que ela tenha me achado. A menos que ela esteja me seguindo como fez outro dia.— O Julian me contou.— São amiguinhos agora? — Porra pai.— Nicholas seu pai e eu sempre fomos. Você sabe disso.— Você tem um minuto para sair pela mesma porta que entrou, Ada.— Não me ameace Nick. Você sabe que isso não funciona comigo. Não desde o que você fez com o Eric.Porra. Porque ela tinha que falar do Eric? Eric é a razão de toda a minha culpa. Foi por causa dele que eu desmoronei.[...] — Filho, o que você fez? — perguntou o meu pai quando entrei da delegacia algemado.— Pai, eu... eu sinto muito. Por favor, diga a ela que eu sinto muito.— Você não tem ideia da loucura que fez? — Pai, eu não sabia. Eu não fazia ideia. [...]— Você não pode fazer isso. Você não... — digo com os olhos fechados e a cabeça baixa. —Você não tem o direito Ada.— Eu tenho todo o direito e você sab
Com raiva, pego uma das garrafas de Bourbon e a encaro por um tempo antes de ter um impulso violento de quebrar tudo e todos que aparecerem na minha frente.— Porra. — jogo a garrafa com força na parede estilhaçando-a. O cheiro de álcool levanta e invade minhas narinas. — Porra.Saio da adega com outra garrafa na mão e nem ao menos pego um copo para beber. Abro e dou um longo gole no gargalo mesmo. Não sei de quem eu tenho mais raiva. Dela por estar de volta ou de mim por ser tão fraco.— Porra. Porra. Porra. — dou um soco com toda a força que eu tenho na parede da cozinha, o que produz um som bem alto.Não me admiro nem um pouco quando vejo Ellen em pé e ofegante olhando para mim da entrada da cozinha quando me viro.— Nick, o que houve? — ela pergunta se aproximando. Eu levanto uma mão para que ela fique longe, mas ela não atende e vem mesmo assim.— Ellen, não. — digo fechando os olhos. Ela toca o meu peito com as mãos espalmadas e acaricia com a ponta dos dedos — Porra Ellen, eu d
É inacreditável a audácia dessa mulher.— Eu tentei assimilar quem era ela porque você nunca me falou a respeito e...— E o quê?— Percebi que deveria ser a ela a mulher responsável por tudo. Foi ela quem acabou com você não foi?Tinham várias respostas para essa pergunta, mas optei pela mais simples.— Sim.— Desculpe ter te beijado na frente dela, eu não consegui me controlar. Fiquei com raiva pelo que ela disse.— Não se preocupe Ellen. — sorrio pra ela — Eu gostei do que você fez. Ada precisava saber que não significa mais nada pra mim.— Mas não era eu a pessoa a mostrar isso a ela. Tinha que ser você. — ela se deita de novo olhando para o teto. E o contato entre nós se foi. Ela agora está com os braços cruzados sobre os seios e de alguma forma, distante.— Eu disse a ela, Ellen.— Sei. — ela não está acreditando.— Não acredita em mim?— Fica difícil de acreditar já que você a beijou.— Como você sabe disso? Estava espionando?— Claro que não. Não seja ridículo. — ela fala meio
— Tá bom. Não é tão pequeno. — sorrio — Não é como se eu já tivesse visto muitos disso aí por aí, mas o seu na certa deve ganhar de todos os outros. — ela sorri.— Sabe Ellen, eu acho que você está bastante esquecida do tamanho. Você o viu hoje de manhã e já precisa que eu te lembre? — encosto-a na parede e olho ao redor para ver se tem alguém por perto. Não tem. Ótimo. — Acho que devo te dar uma demonstração novamente. Talvez eu tenha que te fazer senti-lo até que você nunca mais se esqueça do seu tamanho. — beijo seu pescoço — E nem do que ele faz.— Nick, estamos no seu trabalho. — mordo sua orelha e ela geme baixinho — Você tem aula para dar.— Tenho outras coisas para dar. Tipo prazer, eu sou ótimo nisso. — ela visivelmente engole — E além do mais, eu ainda tenho quinze minutos até a próxima aula. Dá para te fazer gozar pelo menos duas vezes.— Nick...— E aí? — lambo os lábios sob o olhar desejoso dela — Topa?Ela me encara por alguns segundos, lambendo os lábios e com os olhos