[...] — Eu confiei em você. Você é um filho da puta, Mike. [...]Outro soco.[...] — Como você pôde tocar nela? Você a acha gostosa é isso? Então eu vou arrancar seus olhos para que eles não possam mais olhar para ela. [...]Um soco mais forte agora. O sangue jorra da sua cara. Vejo meu presente se assemelhando a um passado nebuloso do qual eu não me orgulho nem um pouco. Penso em parar, mas nem é preciso, porque outro braço me força a sair de cima dele. Viro-me com os punhos cerrados e um olhar assassino para ver que quem evita que eu cometa um crime grave é Ellen.— Nick... — ela parece cautelosa e se afasta alguns centímetros quando nota a raiva no meu rosto. Ela parece assustada por um minuto, mas logo se recupera e se põe entre mim e o porco imundo.— Ellen, me desculpe por me ver fazendo isso, eu... — olho perturbado para o chão onde o cara parece estar inconsciente e depois para ela pedindo desculpas com o olhar.— Calado Nicholas. — ela me lança um olhar frio. Opto por fazer o
Encaramo-nos por vários minutos.— O que houve com você?— O que quer dizer? — enrugo a testa e balanço a cabeça não entendendo sua pergunta.— No domingo á noite quando eu conversei com o Robert depois que você saiu daqui, eu perguntei algumas coisas sobre você, — arregalo os olhos e ela percebe — mas não se preocupe, ele não falou muito. Tudo o que ele disse foi que você precisa de mim. Por quê?Porque eu preciso dela? Acho que devo mostrar por que eu preciso dela. Ficarei feliz em fazer isso. Levanto-me da cadeira na sala onde estamos, mas não tiro os meus olhos dos dela. Com a intensidade do meu olhar, ela vacila e dá dois passos para trás. Eu dou os mesmos passos para frente mantendo a mesma distância de antes. Repetimos isso até que ela não tem mais para onde ir. Aos poucos entramos na cozinha e suas costas ficam contra a porta da adega. Ela ofega quando nossos rostos ficam a meio centímetro um do outro.— Quer saber por que eu preciso de você? — ela não fala, apenas me observa
Foi uma transa lenta e silenciosa. Com exceção de alguns poucos gemidos e do mais que silencioso lamento da Ellen com meu nome nos lábios ao gozar pela segunda vez, nós não fizemos muitos ruídos.Passamos uma boa meia hora deitados no tapete, completamente nus, calados e abraçados. Por um instante eu penso que estou no paraíso. Pareceu surreal o momento que vivemos aqui. Mas o calor do seu corpo e a sua respiração constante no meu peito me mostram o quão real isso foi.— Acho que deveríamos vestir a roupa. — Ellen me diz, alisando o meu peito com a ponta dos dedos.— Eu acho que estamos muito bem assim.— Mas alguém pode aparecer.— Eu não costumo receber visitas.— Então vamos ficar pelados aqui a noite toda?— Não vejo nenhum problema nisso. — sorrio — Na verdade, eu acho uma ideia bastante agradável. Obrigado por compartilhá-la.— Eei, eu não disse que queria isso. — ela fala dando um soco de leve no meu peito. Eu sorrio mais.— Eu sei.Nos calamos por mais alguns minutos. Eu a abr
— Sério? E quanto a você?— Eu o quê?— Eu vou ter que usar um cinto de castidade exceto com você, e você vai ficar livre e solto por aí? — ela pergunta com o cenho franzido, com o quê? Ciúme?— Não, Ellen. — sorrio ao perceber sua demonstração de possessividade — Eu também estou proibido a outras mulheres.— Ah bom. — ela suspira — Agora isso soa como namoro.— Namoro?— É. — ela diz um pouco tensa — Não está me pedindo em namoro está?— Eu... — não faço ideia do que responder. Ela quer que seja namoro? Pela cara dela, acho que ela não quer que seja namoro. Mas eu gosto da ideia. Eu gosto dela. Estou apaixonado na verdade, e acho que pela primeira vez desde o que aconteceu com a Ada, eu quero uma namorada. Mas acho que não é o que ela quer.— Não me leve a mal Nick, mas se é isso que você está propondo, eu acho que deveríamos esperar um pouco porque eu não acho que deveríamos misturar amizade e prazer com... com sentimentos. Eu não quero acabar me apaixonando por você e ficar como as
— Obrigada. — ela se inclina na minha direção e me dá um beijo na bochecha. De nada Ellen. Vamos deixar isso para lá. Por enquanto, amor. — Agora sobre o meu trabalho...— Não se preocupe com isso. Eu tenho o emprego perfeito pra você.— Oi?— Eu conheço um cara que pode te dar o emprego dos seus sonhos. Você poderá passar o dia fazendo aquilo que mais gosta.— Sério? Acho difícil.— Nunca duvide de mim.Ela sorri. Que bom! Acho que voltamos ao período pré-conversa. Em um clima mais agradável, nós acabamos de jantar.— Não estou duvidando. É que meu emprego dos sonhos seria poder cavalgar o Tyler como eu fazia antes do meu padrasto vendê-lo. Eu sou cavaleira.— Quer dizer profissionalmente? — pergunto totalmente interessado. Achei que ela só cavalgava como lazer de uma garota que cresceu em uma fazenda.— Isso aí. Lembra que eu falei que meu professor me incentivou a montar e participar de competições? — concordo — Então, um dia um olheiro da Federação Equestre me viu em uma dos campe
Assim como da última vez que nos vimos, Ada anda até mim com passos confiantes. O terrível é que agora ela está na minha casa. Eu jurei pra mim mesmo que ela nunca colocaria os pés novamente em um lugar que fosse meu. E aqui está ela. Dentro da porra da minha sala.— Você tem um belo lugar aqui Nick. — ela diz olhando ao redor — Quase tão belo quanto o nosso apartamento na Quinta Avenida.Olho para ela soltando fogo pelos olhos. Eu não acredito que ela está mencionando a porra daquele lugar. Deus me ajude aqui, por favor.Fecho os olhos e os punhos com tanta força que na certa, os nós dos meus dedos devem estar brancos. Não tenho nada para ela senão raiva. Eu não tenho nenhum controle dos meus sentimentos quando ela está por perto. Mas eu tenho que me controlar por causa da Ellen. Ellen? Onde ela está? Abro os olhos e procuro por ela. Encontro-a com o olhar, parada na porta da sala olhando para nós. Provavelmente a infeliz da Ada passou por ela sem nem ao menos se apresentar e isso de
— Como achou minha casa? — pergunto durante a minha contagem. Considerando que eu nunca lhe disse o endereço, é curioso que ela tenha me achado. A menos que ela esteja me seguindo como fez outro dia.— O Julian me contou.— São amiguinhos agora? — Porra pai.— Nicholas seu pai e eu sempre fomos. Você sabe disso.— Você tem um minuto para sair pela mesma porta que entrou, Ada.— Não me ameace Nick. Você sabe que isso não funciona comigo. Não desde o que você fez com o Eric.Porra. Porque ela tinha que falar do Eric? Eric é a razão de toda a minha culpa. Foi por causa dele que eu desmoronei.[...] — Filho, o que você fez? — perguntou o meu pai quando entrei da delegacia algemado.— Pai, eu... eu sinto muito. Por favor, diga a ela que eu sinto muito.— Você não tem ideia da loucura que fez? — Pai, eu não sabia. Eu não fazia ideia. [...]— Você não pode fazer isso. Você não... — digo com os olhos fechados e a cabeça baixa. —Você não tem o direito Ada.— Eu tenho todo o direito e você sab
Com raiva, pego uma das garrafas de Bourbon e a encaro por um tempo antes de ter um impulso violento de quebrar tudo e todos que aparecerem na minha frente.— Porra. — jogo a garrafa com força na parede estilhaçando-a. O cheiro de álcool levanta e invade minhas narinas. — Porra.Saio da adega com outra garrafa na mão e nem ao menos pego um copo para beber. Abro e dou um longo gole no gargalo mesmo. Não sei de quem eu tenho mais raiva. Dela por estar de volta ou de mim por ser tão fraco.— Porra. Porra. Porra. — dou um soco com toda a força que eu tenho na parede da cozinha, o que produz um som bem alto.Não me admiro nem um pouco quando vejo Ellen em pé e ofegante olhando para mim da entrada da cozinha quando me viro.— Nick, o que houve? — ela pergunta se aproximando. Eu levanto uma mão para que ela fique longe, mas ela não atende e vem mesmo assim.— Ellen, não. — digo fechando os olhos. Ela toca o meu peito com as mãos espalmadas e acaricia com a ponta dos dedos — Porra Ellen, eu d