Testando limites 2

Rafael

O som do corpo de Beatriz atingindo o tatame me faz franzir a testa. Ela caiu de lado, sem nem tentar amortecer o impacto com as mãos. Por um segundo, penso que é uma estratégia, que está fingindo, tentando pegar Priscila de surpresa. Mas a imobilidade dela logo denuncia que algo está errado.

— Beatriz? — chamo, a minha voz dura, mas com uma ponta de dúvida. Ela não se mexe.

Priscila se aproxima rapidamente, largando a postura de combate.

— Bia? Ei, acorda! — diz ela, ajoelhando-se ao lado da amiga.

Meu coração acelera. Uma sensação estranha, como se o ar tivesse sido arrancado da sala, toma conta de mim. Não é comum eu me desesperar, mas o silêncio dela é ensurdecedor.

— Priscila, se afasta. — Minha voz sai mais firme do que me sinto. Ajoelho ao lado de Beatriz e encosto os dedos no pescoço dela, procurando o pulso. Ele está lá, mas é fraco. E sua pele... gelada.

Priscila me olha, o rosto pálido.

— Ela está... ela está bem? — pergunta, a voz tremendo.

— Está, mas algo está er
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